Teatro
O teatro de Camões
(...)
Camões escreveu peças de teatro que foram publicadas após a sua morte. Não há dúvidas quanto à autenticidade dos textos dramáticos, que sempre foram reconhecidos como autênticos.
Há, na verdade, em todos eles qualquer coisa que lhes imprime inconfundível caráter camoniano, ao compará-los com todo o teatro contemporâneo. (...)
Seu breve trabalho teatral limitou-se a três peças — o Auto dos Enfatriões, de reminiscência plautiana, O Auto d'El Rei Seleuco, próximo de uma tradição vicentina, e A Comédia de Filodemo, talvez, a peça mais renascentista (...)
O Auto dos Enfatriões e A Comédia de Filodemo foram publicados em 1587 e El Rei Seleuco, veio a lume em 1645, como parte da edição de 1644-45 das Rimas de Luís de Camões. Primeira Parte.
Havemos de ver que se não contentou Camões de imitar a Gil Vicente em aspetos de forma: ao lado das suas figuras de siso, encontramos, como no teatro do Mestre, o cómico das peças confiado aos criados ladinos e a um parvo; há canto e baile de terreiro entre pastores; há o verdor dum metaforismo popular intercalado entre exibições de delicado conceptualismo petrarquista; e há, (...) o libérrimo ultrapassar das regras clássicas, como se não conhecesse a Plauto (...).
Em todos os autos de Camões percebemos uma semelhança. Eles têm uma mesma temática/estrutura que é o amor.
Auto de El-Rei Seleuco.
Auto dos Anfitriões.
Auto de Filodemo.
In:
- https://ia800206.us.archive.org/8/items/autodeelreise00dant/autodeelreise00dant.pdf