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Também li sobre '''Camões''' um artigo de '''Julião Quintinha''' intitulado ''“Camões no Algarve”'', publicado no «Correio do Sul» de 27-8-1922. A fonte do artigo era o escritor anti-semita '''Mário Saa''' que lhe terá confidenciado que Camões tinha no Algarve um tio chamado '''Pero Vaz de Camões''', na casa do qual aliás se refugiara quando em 1546 fugiu de Lisboa por causa dos amores com sua prima '''Isabel Tavares'''. '''O alcaide-mor de Silves e o alcaide-mor de Lagos''' eram seus parentes, presumindo-se que ele esteve refugiado no morgado de Boina, que era de um outro seu parente próximo, irmão do poeta '''Jorge da Silva''' ali refugiado também por essa altura, por via dos seus amores com uma infanta da Corte. O poeta partiu de Lisboa para o Algarve pouco antes de seguir para a Índia. Parece que o tio, '''Pero Vaz de Camões''', tinha sangue judeu, sendo talvez as origens de cristão-novo a causa das perseguições movidas pela Inquisição de Goa contra o poeta dos Lusíadas. | Também li sobre '''Camões''' um artigo de '''Julião Quintinha''' intitulado ''“Camões no Algarve”'', publicado no «Correio do Sul» de 27-8-1922. A fonte do artigo era o escritor anti-semita '''Mário Saa''' que lhe terá confidenciado que Camões tinha no Algarve um tio chamado '''Pero Vaz de Camões''', na casa do qual aliás se refugiara quando em 1546 fugiu de Lisboa por causa dos amores com sua prima '''Isabel Tavares'''. '''O alcaide-mor de Silves e o alcaide-mor de Lagos''' eram seus parentes, presumindo-se que ele esteve refugiado no morgado de Boina, que era de um outro seu parente próximo, irmão do poeta '''Jorge da Silva''' ali refugiado também por essa altura, por via dos seus amores com uma infanta da Corte. O poeta partiu de Lisboa para o Algarve pouco antes de seguir para a Índia. Parece que o tio, '''Pero Vaz de Camões''', tinha sangue judeu, sendo talvez as origens de cristão-novo a causa das perseguições movidas pela Inquisição de Goa contra o poeta dos Lusíadas. | ||
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Revision as of 13:48, 7 February 2025
Manuel Severim de Faria afirma que Antão Vaz de Camões, filho de João Vaz de Camões e de Inês Gomes da Silva, casou com Guiomar Vaz da Gama (descendente direto dos Gamas do Algarve, originários do Alentejo) que teve um filho chamado Simão Vaz de Camões, que casando com Ana de Macedo tiveram Luís Vaz de Camões, o poeta nacional e mentor da cultura lusíada.
Também li sobre Camões um artigo de Julião Quintinha intitulado “Camões no Algarve”, publicado no «Correio do Sul» de 27-8-1922. A fonte do artigo era o escritor anti-semita Mário Saa que lhe terá confidenciado que Camões tinha no Algarve um tio chamado Pero Vaz de Camões, na casa do qual aliás se refugiara quando em 1546 fugiu de Lisboa por causa dos amores com sua prima Isabel Tavares. O alcaide-mor de Silves e o alcaide-mor de Lagos eram seus parentes, presumindo-se que ele esteve refugiado no morgado de Boina, que era de um outro seu parente próximo, irmão do poeta Jorge da Silva ali refugiado também por essa altura, por via dos seus amores com uma infanta da Corte. O poeta partiu de Lisboa para o Algarve pouco antes de seguir para a Índia. Parece que o tio, Pero Vaz de Camões, tinha sangue judeu, sendo talvez as origens de cristão-novo a causa das perseguições movidas pela Inquisição de Goa contra o poeta dos Lusíadas.
Texto de Vilhena Mesquita In:
https://promontoriodamemoria.blogspot.com/2009/10/origens-algarvias-de-camoes.html