Difference between revisions of "Haussmann, Adolf"

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'''Adolf Hausmann'''<br />
 
'''Adolf Hausmann'''<br />
  
Nasceu em 1858 em Viena de Áustria e faleceu em 1929.<br />
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Viena de Áustria, 1858 - 1929.<br />
Artista.<br />
 
Professor de Desenho Ornamental na escola de Desenho Técnico de Pedro Nunes, em Faro, atual Escola Secundária Tomás Cabreira, desde 1897 até 1916.<br />
 
  
*'''Biografia'''<br />
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Artista. Professor de Desenho Ornamental na escola de Desenho Técnico de Pedro Nunes, em Faro, atual Escola Secundária Tomás Cabreira, desde 1897 até 1916.
  
Tendo iniciado a sua carreira docente em Torres Novas, ao fim de cinco anos foi transferido para Tomar e, em 1897 acabou por se radicar em Faro,cidade em que permaneceu até 1916.<br />Nesse ano, em resultado da declaração de guerra da Alemanha a Portugal, Adolf Hausmann foi expulso fixando residência em Madrid.<br />Após o armistício, Hausmann tentou infrutiferamente recuperar o seu antigo lugar,como docente em Faro, acabando por regressar à sua cidade natal, onde viria a falecer num hospício.<br />Espírito marcadamente introvertido, este artista acabaria por dedicar a sua vida ao ensino do desenho, direcionando a sua obra para essa atividade. Desenhador esmerado e meticuloso, durante a sua passagem por Portugal foi registando em desenho variadíssimas vistas da nossa paisagem natural e urbana, bem como aspectos gerais, parciais e mesmo pormenores de alguns dos principais edifícios e monumentos das cidades por onde passou. Paralelamente legou-nos dezenas de desenhos, representando cenas do quotidiano. No seu conjunto, as centenas de desenhos inéditos agora estudados, e pertencentes a uma coleção privada, podem ser considerados preciosos para a reconstituição histórica do nosso património material e imaterial.<br />O estudo de desenhos exige o seu manuseamento pelo que, é sempre pertinente a análise do seu estado de conservação e medidas de conservação preventiva. Gustav Klimt, hoje considerado um dos pintores europeus mais importantes da Arte Nova, conviveu durante sete anos com Adolf Hausmann, na Escola de Artes Decorativas de Viena. Fruto desse relacionamento Hausmann guardou três desenhos realizados pelo seu condiscípulo, que agora são estudados e apresentados pela primeira vez.<br />In:https://repositorio.ul.pt/handle/10451/8418 - 2013 - Título: Adolf Hausmann: Ruckersdorf, 1858-Friedland, 1929  o desenho e a atividade em Portugal de um artista austríaco<br />Autor: Franco, Luís Lyster, 1960-<br />
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[[File:ObeliscoHaussman.JPG|191px]]<br />
  
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*'''Notas Biográficas'''<br />
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Tendo iniciado a sua carreira docente em Torres Novas, ao fim de cinco anos foi transferido para Tomar e, em 1897 acabou por se radicar em Faro, cidade em que permaneceu até 1916.<br />Nesse ano, em resultado da declaração de guerra da Alemanha a Portugal, Adolf Hausmann foi expulso fixando residência em Madrid.<br />Após o armistício, Hausmann tentou infrutiferamente recuperar o seu antigo lugar, como docente em Faro, acabando por regressar à sua cidade natal, onde viria a falecer num hospício.<br />Espírito marcadamente introvertido, este artista acabaria por dedicar a sua vida ao ensino do desenho, direcionando a sua obra para essa atividade. Desenhador esmerado e meticuloso, durante a sua passagem por Portugal foi registando em desenho variadíssimas vistas da nossa paisagem natural e urbana, bem como aspectos gerais, parciais e mesmo pormenores de alguns dos principais edifícios e monumentos das cidades por onde passou. Paralelamente legou-nos dezenas de desenhos, representando cenas do quotidiano. No seu conjunto, as centenas de desenhos inéditos agora estudados, e pertencentes a uma coleção privada, podem ser considerados preciosos para a reconstituição histórica do nosso património material e imaterial.<br />O estudo de desenhos exige o seu manuseamento pelo que, é sempre pertinente a análise do seu estado de conservação e medidas de conservação preventiva. Gustav Klimt, hoje considerado um dos pintores europeus mais importantes da Arte Nova, conviveu durante sete anos com Adolf Hausmann, na Escola de Artes Decorativas de Viena. Fruto desse relacionamento Hausmann guardou três desenhos realizados pelo seu condiscípulo, que agora são estudados e apresentados pela primeira vez.<br />In:https://repositorio.ul.pt/handle/10451/8418 - 2013 - Título: Adolf Hausmann: Ruckersdorf, 1858-Friedland, 1929  o desenho e a atividade em Portugal de um artista austríaco<br />Autor: Franco, Luís Lyster, 1960-<br />
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Adolf Haussman surge citado no jornal de Faro, O Algarve, no número de 17 de Maio de 1908, na página 2, num artigo a propósito da exposição de quadros de Lyster Franco (1879-1959), realizada nas salas do Museu Marítimo, sendo louvado o trabalho de Ezequiel Pereira (1868-1943), como diretor que abriu as portas da Escola Industrial para dar a conhecer à população os trabalhos dos professores “... Hausmann a quem se deve o desenho do monumento que se está elevando à memória de José Bento Ferreira de Almeida”.<br />
  
As primeiras vezes que Hausmann aparece citado, são no, Relatório sobre as
 
Escolas Industriais e de Desenho Industrial da Circunscrição do Sul (1889-1890),
 
realizado por Francisco da Fonseca Benevides (1836-1911) e publicado em Lisboa, pela
 
Imprensa Nacional, em 1890, e no do ano seguinte, aparecendo integrado no corpo
 
docente da Escola de Desenho Industrial “Victorino Damásio”, em Torres Novas. Em
 
1900, a propósito da “Delegação Portuguesa” à Exposição Universal de Paris, Carlos
 
Adolfo Marques Leitão (1855-1938) na sua obra Les Écoles Industrielles et de Dessin
 
Industriel de la Circonscription du Sud, refere Adolf Hausmann como Professor
 
austríaco. As citações seguintes surgem no jornal de Faro, O Algarve, onde Adolf
 
Hausmann é referido: no número de 17 de Maio de 1908, na página 2, num artigo a
 
propósito da exposição de quadros de Lyster Franco (1879-1959), realizada nas salas do
 
Museu Marítimo, sendo louvado o trabalho de Ezequiel Pereira (1868-1943), como
 
diretor que abriu as portas da Escola Industrial para dar a conhecer à população os
 
trabalhos dos professores “... Hausmann a quem se deve o desenho do monumento que
 
se está elevando à memória de José Bento Ferreira de Almeida”; no número de 24 de
 
Outubro de 1909,, na página 3, aparece citado a propósito da exposição da Escola
 
Industrial Pedro Nunes, realizada em três salas do museu marítimo e cuja notícia será
 
desenvolvida na edição de 7 de Novembro de 1909; Em 7 de Novembro, a propósito da
 
citada exposição, o seu trabalho é louvado de parceria com o de Lyster Franco e do
 
pintor Ezequiel Pereira:
 
“Foi isto justamente o que, durante muitos anos, faltou à nossa
 
Escola Industrial,
 
  
 
[[Category:Autores]][[Category:Pintores]][[Category:Faro]][[Category:Áustria]][[Category:Agr.Tomás Cabreira, em Faro]]
 
[[Category:Autores]][[Category:Pintores]][[Category:Faro]][[Category:Áustria]][[Category:Agr.Tomás Cabreira, em Faro]]

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Haussmanautoretrato.JPG

Adolf Hausmann

Viena de Áustria, 1858 - 1929.

Artista. Professor de Desenho Ornamental na escola de Desenho Técnico de Pedro Nunes, em Faro, atual Escola Secundária Tomás Cabreira, desde 1897 até 1916.

ObeliscoHaussman.JPG

  • Notas Biográficas

Tendo iniciado a sua carreira docente em Torres Novas, ao fim de cinco anos foi transferido para Tomar e, em 1897 acabou por se radicar em Faro, cidade em que permaneceu até 1916.
Nesse ano, em resultado da declaração de guerra da Alemanha a Portugal, Adolf Hausmann foi expulso fixando residência em Madrid.
Após o armistício, Hausmann tentou infrutiferamente recuperar o seu antigo lugar, como docente em Faro, acabando por regressar à sua cidade natal, onde viria a falecer num hospício.
Espírito marcadamente introvertido, este artista acabaria por dedicar a sua vida ao ensino do desenho, direcionando a sua obra para essa atividade. Desenhador esmerado e meticuloso, durante a sua passagem por Portugal foi registando em desenho variadíssimas vistas da nossa paisagem natural e urbana, bem como aspectos gerais, parciais e mesmo pormenores de alguns dos principais edifícios e monumentos das cidades por onde passou. Paralelamente legou-nos dezenas de desenhos, representando cenas do quotidiano. No seu conjunto, as centenas de desenhos inéditos agora estudados, e pertencentes a uma coleção privada, podem ser considerados preciosos para a reconstituição histórica do nosso património material e imaterial.
O estudo de desenhos exige o seu manuseamento pelo que, é sempre pertinente a análise do seu estado de conservação e medidas de conservação preventiva. Gustav Klimt, hoje considerado um dos pintores europeus mais importantes da Arte Nova, conviveu durante sete anos com Adolf Hausmann, na Escola de Artes Decorativas de Viena. Fruto desse relacionamento Hausmann guardou três desenhos realizados pelo seu condiscípulo, que agora são estudados e apresentados pela primeira vez.
In:https://repositorio.ul.pt/handle/10451/8418 - 2013 - Título: Adolf Hausmann: Ruckersdorf, 1858-Friedland, 1929 o desenho e a atividade em Portugal de um artista austríaco
Autor: Franco, Luís Lyster, 1960-
Adolf Haussman surge citado no jornal de Faro, O Algarve, no número de 17 de Maio de 1908, na página 2, num artigo a propósito da exposição de quadros de Lyster Franco (1879-1959), realizada nas salas do Museu Marítimo, sendo louvado o trabalho de Ezequiel Pereira (1868-1943), como diretor que abriu as portas da Escola Industrial para dar a conhecer à população os trabalhos dos professores “... Hausmann a quem se deve o desenho do monumento que se está elevando à memória de José Bento Ferreira de Almeida”.