Difference between revisions of "Cercas, José"
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+ | José Cercas estudou no Seminário de Faro, mas não chegou a ser ordenado padre. Frequentou a Escola de Belas Artes, em Lisboa e foi funcionário da Direcção Geral da Aeronáutica Civil.<br />Como pintor usava o pseudónimo Manuel Fontana ou siglas diversas ou nem sequer assinava o que dificulta a identificação das suas obras. Na arte da poesia publicou em 1936 um livro com o título '''Sonetos'''. | ||
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− | -[https://cm-aljezur.pt/pt/menu/248/casa-museu-pintor.aspx] | + | - [https://cm-aljezur.pt/pt/menu/248/casa-museu-pintor.aspx Casa-Museu Pintor José Cercas] |
− | -[https://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_Museu_Pintor_Jos%C3%A9_Cercas] | + | - [https://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_Museu_Pintor_Jos%C3%A9_Cercas Página da Wikipédia sobre a Casa Museu pintor '''José Cercas'''] |
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- José Rodrigues Cercas
Aljezur, 01/04/1914 - Lisboa 05/12/1992
Pintor. Poeta.
- Os Meus Sonetos
Os meus sonetos foram meditados,
Na catedral da minha fantasia.
São rubros prantos do morrer do dia,
São lágrimas de poentes torturados.
Neles pus a minha alma e os meus cuidados
E as ambições e mágoas que sentia;
Quis que tivessem garras e magia,
Que fosse versos-lobos esfaimados.
Não consegui o meu dourado fito,
Lutei num sonho sem saber vencer,
Não pude traduzir o infinito.
Silêncio e pó e cinza no meu ser:
Ante meus olhos, o que vejo escrito
É só a sombra do que eu quis dizer.
- Regresso
Minha querida terra, que saudade!
Maior ainda não senti talvez.
No dia em que parti para a cidade,
Um longo adeus o meu olhar te fez.
E tu parecias triste, na ansiedade
De quem ia ficar na viuvez;
Toldou-se no teu céu a claridade
E em mim toda a alegria se desfez.
Um dia hei-de voltar ao teu abrigo
E até essas velhinhas mais curvadas
Hão-de cantar e hão-de bailar comigo.
Reviverei as cenas já passadas:
O riso irónico dum aldeão amigo,
Um conto… e uma fogueira às gargalhadas.
- Esperança
Não sei por que má sorte amanheci,
Neste soturno anoitecer da vida.
Não sei que mão fatal me trouxe aqui,
A este imundo beco sem saída.
Não sei se estou na morte ou se nasci,
Se, além da dor, existe outra guarida.
A morte já a vi, já a senti
E a vida nunca foi por mim sentida.
Vale de lágrimas; nuvens desgrenhadas;
Céu sem luar; estrelas apagadas;
Fantásticas visões em torvelinho!
Incerto aguardo as horas misteriosas,
Sempre à espera que floresça em rosas
O grão que todos pisam no caminho…
- Exposições:
-XII Exposição de Arte Moderna, (1948).
-Salão Silva Porto (Porto 1952).
-Casino Estoril (1954).
-Galeria Arte Capitel (Leiria 1977).
- Notas Biográficas
José Cercas estudou no Seminário de Faro, mas não chegou a ser ordenado padre. Frequentou a Escola de Belas Artes, em Lisboa e foi funcionário da Direcção Geral da Aeronáutica Civil.
Como pintor usava o pseudónimo Manuel Fontana ou siglas diversas ou nem sequer assinava o que dificulta a identificação das suas obras. Na arte da poesia publicou em 1936 um livro com o título Sonetos.
- Bibliografia:
-Sonetos
- Veja mais sobre José Cercas nos seguintes links:
-2014- Exposição Comemorativa dos 100 anos do Nascimento do Pintor José Cercas
-2014- Poemas Inéditos de José Cercas
-2014- Capa do livro
-2020- Página do Facebook "Confraria dos Poetas Algarvios" com biografia e poemas do autor
-2013- Página sobre a "Casa Museu Pintor José Cercas".
- Página da Wikipédia sobre José Cercas.
-2014- Aljezur: Notícia sobre as comemorações do centenário do nascimento do pintor José Cercas