Difference between revisions of "César, Adília"

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*Poema do Livro '''''GELO''''' divulgado no [https://www.facebook.com/adilia.cesar.9/posts/1572388989632111 Facebook da autora].<br />
 
*Poema do Livro '''''GELO''''' divulgado no [https://www.facebook.com/adilia.cesar.9/posts/1572388989632111 Facebook da autora].<br />

Revision as of 10:40, 20 May 2021

César, Adília.jpg

  • Adília César

Lagos, 1959.
Reside em Faro.
Poeta. Cronista. Educadora de infância. Formadora de Expressões Artísticas.
Foi aluna da Universidade do Algarve

Sensação harmónica no tempo de uma inspiração
Todos os sentidos em uníssono e separados.
Hino da alegria no despertar universal.

Depois, o maestro dirige o silencio da escuta.
Motivo exibido na partitura escrita pelo encenador

Agora quero estar aqui e em toda a parte.
Corpo-mundo. Instrumento da emoção.
É isso que eu sou: lugar infinito de felicidade.

0 resto guardarei para depois.

Pág.35

Gelo-Adilia-Cesar.jpg

Como invejar as asas dos outros
essas cinzas de lugares comuns
ladainhas nos conventos de portas abertas
onde as carpideiras rasgam vestes de veludo e de erros.

Como vestir os olhos de brilho
matéria confiante em suprema combustão
vislumbre de um nítido e fundente relâmpago a céu aberto.

Como evitar as balas as lâminas os venenos
os súbitos de febre e as demências racionais
sem morrer de uma vez por todas.

Como atravessar caminhos por entre as silvas
se a doce passagem da luz então aprisionada
é a palavra rigorosa numa consentida poexistência.

  • Outras Exclamações


acendiam-se nos recantos da primavera:
amores-perfeitos nascidos entre lugares e palavras
onde anteriormente se imaginariam
caudais de pétalas e poemas bonitos.

O tempo acumulado nas margens
era fluente e sensível.

As pedras soltas faziam lembrar
curtas biografias de figuras prestativas
sereias sem domicílio acabadas de chegar
visões surreais de figuras de estilo.

E o longe é igual ao perto, dizes: apenas um ponto.
A redundância da criação é zumbido de beija-flor.

in https://palavracomum.com/10-poemas-de-adilia-cesar/

  • Biografia
Adília César nasceu em Lagos, Portugal, a 23 de abril de 1959. É educadora de infância e formadora no âmbito da Didáctica das Expressões Artísticas, sendo Mestre em Educação Artística na área de especialização Teatro e Educação, pela Universidade do Algarve. Desenvolve um projecto de promoção da poesia da e para a infância com os grupos de crianças dos quais é docente titular – Versos Pequeninos. Tem colaborações dispersas em antologias e revistas literárias, entre as quais: Nova Águia; Eufeme; Piolho, Estupida, Enfermaria 6, Nervo, Caliban, Pa_lavra, Palavra Comum; Tlön, conVersos, Chicos e Revista Athena, além de ensaios e artigos de opinião. Publicou livros de poesia: O que se ergue do fogo (Lua de Marfim, 2016); Lugar-Corpo (Eufeme, 2017); O Tempo O Tempo (Eufeme, 2019); Uma agulha no coração (Urutau, 2020); Gelo (Busílis Poesia – Trinta Por Uma Linha, 2021). É co-fundadora do projecto literário LÓGOS – Biblioteca do Tempo.
Auto-biografia poética publicada no facebook da autora: Adília César nasceu no século passado, em Lagos, Portugal. Só tem uma ruga – a da linha de escrita. Se não se chamasse Adília César o seu nome seria Baudília ou Monadília, e depois de ter descoberto a Área Branca naturalmente chamar-se-ia Fiamadília. Adília é singular – o seu ser está na primeira pessoa. Tem uma voz parecida com os poemas que escreve e ama de olhos bem abertos. Nunca escreveu uma ode, nem quando está em viagem, mas é capaz de despertar a Europa num só verso. Adília é o "lugar-corpo" da poesia com "uma agulha no coração". Está bem acordada durante o dia e não toma Xanax; talvez por isso o seu lado negro esteja sempre à espreita. Detesta vermes e poluição sonora. Quando tropeça e cai, levanta-se muito rapidamente para ninguém ver: é "o que se ergue do fogo". Nunca recebeu postais de férias nem telegramas com notícias amargas. Adília podia ser uma Deusa: tem um discurso sonhador e escreve poemas contra "o tempo o tempo". Desde criança que ela deseja ser uma Sereia coberta de pérolas, mas a Ria Formosa ainda não lhe fez a vontade. Em seu redor, o "Gelo" vai derretendo. É fundadora da Sociedade dos Espaços Vazios Entre As Palavras.
  • Bibliografia:

- O que se ergue do fogo Lua de Marfim, 2016
- Lugar-Corpo Eufeme, 2017
- O Tempo O Tempo Eufeme, 2019
- Uma Agulha no Coração, Editora Urutau, 2020
- Gelo, Busílis Poesia – Trinta Por Uma Linha,2021
- É cofundadora do projeto literário LÓGOS – Biblioteca do Tempo

LivrosAdilia.JPG

  • Veja mais sobre Adília César nos seguintes links:

- 2017 - Artigo do jornal Região Sul sobre a III Mostra Bibliográfica de Autores do Algarve na biblioteca municipal de Faro, onde estiveram patentes as obras publicadas de Adília César, Luís Campião e Tiago Nené, bem como estudos e recensões críticas sobre a obra destes autores.
- 2018 - Leituras da poesia de Adília César num Ensaio de Adriana Freire Nogueira.
- 2021 - Artigo do Jornal Algarve Informativo sobre a publicação do novo livro de poesia de Adília César Gelo
- Facebook de Adília César da autora:[1]
- Facebook de LÓGOS - Biblioteca do Tempo da LÓGOS - Biblioteca do tempo:[2]
- Logos.jpg
- Revista LÓGOS - Biblioteca do Tempo (Lançamento)
- 2018 - José Antunes Ribeiro, editor e livreiro da Espaço Ulmeiro, numa conversa com Adília César e Fernando Esteves Pinto.

  • in https://arquivo.pt:

- 2017 - Adília César apresentou novo livro na Biblioteca Municipal de Faro
- 2018 - Catálogo do blog Lua de Papel
- 2019 - Texto A Poesia e a poeta Adília César no blog Vestígios de poesia.