Barroso, Júlia

From Wikipédia de Autores Algarvios
Revision as of 11:50, 21 September 2021 by Admin (talk | contribs)

Jump to: navigation, search


Maria Júlia Conde Barroso Xara-Brasil
Lagos, 11.08.1930 - Lisboa, 23.12.1996.
Atriz, cantora e professora.
Foi também a Primeira das "Rainhas da Rádio" em Portugal.
Concluiu, em 1945, o curso da Escola Industrial Vitorino Damásio / Escola Industrial e Comercial de Lagos / Escola Secundária Gil Eanes.

Júlia Barroso Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Júlia Barroso Nome completo Maria Júlia Conde Barroso Xara-Brasil Nascimento 11 de agosto de 1930 Lagos Morte 23 de dezembro de 1996 (66 anos) Lisboa Nacionalidade Portuguesa Progenitores Mãe: Helena da Conceição Conde Barroso Pai: Joaquim Cabedo Barroso Parentesco José da Conceição Conde Cônjuge João José Pinho Xara-Brasil Ocupação Atriz, cantora e professora Principais trabalhos Os Maiores Sucessos de Júlia Barroso Prémios 2.º prémio no concurso "Melhor Artista" de 1950 Nomeação como "Rainha da Rádio" em 1951 Cargo Professora de Educação Doméstica e Trabalhos Manuais Carreira musical Período musical 1948-1958 Editora(s) EMI-Valentim de Carvalho, Movieplay Procurar imagens disponíveis Maria Júlia Conde Barroso Xara-Brasil, mais conhecida como Júlia Barroso (Lagos, Santa Maria, 11 de Agosto de 1930 — Lisboa, Lapa, 23 de Dezembro de 1996), foi uma actriz, cantora e professora portuguesa.



  • Biografia
Júlia Barroso nasceu no dia 11 de Agosto de 1930 na Travessa da Coroa, na Freguesia de Santa Maria do Concelho de Lagos, Distrito de Faro, sendo filha de Helena da Conceição Conde Barroso e de Joaquim Cabedo Barroso. Era, igualmente, neta de José da Conceição Conde.
Júlia Barroso recebeu a educação Primária e frequentou a Escola Industrial de Lagos.
Desde muito nova que se revelou a sua aptidão para o canto, tendo-se manifestado em público, aos 4 anos, num casamento, e, quando tinha 11 anos, cantou numa festa teatral do Clube Artístico Lacobrigense, por exortação do encenador Sebastião Murtinheira.
Com 15 anos de idade, muda-se para Lisboa, junto com os pais e os irmãos.Por incentivo da sua família, especialmente o seu irmão, entrou no Centro de Preparação de Artistas da Rádio; conseguiu ser escolhida em todas as provas, tornando-se, em 1948, numa artista da Emissora Nacional. Nesta altura, não cantava só em estúdios, participando nos Serões dos Trabalhadores, espectáculos produzidos em Lisboa e em cidades de província; foi num destes eventos, realizado em Setúbal, que foi convidada por Eugénio Salvador para entrar na revista Ela aí Está. A peça foi estreada no dia 9 de Dezembro de 1949, tendo a participação de Júlia Barroso sido muito bem recebida, especialmente a interpretação da canção "Adeus".
Em 1950, num concurso radiofónico organizado pela revista Flama, Júlia Barroso classifica-se em segundo lugar na categoria de melhor artista, atrás de Amália Rodrigues. No ano seguinte, numa iniciativa também da revista Flama, é eleita como a primeira Rainha da Rádio Portuguesa, tendo a cerimónia de coroação tido lugar no Pavilhão dos Desportos, em 16 de Junho.[1] Naquela qualidade, deslocou-se a Paris e a Londres, tendo sido entrevistada, na capital francesa, pela divisão portuguesa da Rádio Française; canta igualmente na televisão, e participa na Kermesse aux Etolles, onde interpreta a canção "Descendous aux Etoiles", que tinha sido escrita para este evento. Em Londres, cumpre num vasto programa cultural, que incluiu a sua entrevista pela BBC.
Realiza vários espectáculos em Lisboa e na província, que foram recebidas pelo público, e continua a cantar na rádio; rejeitou os convites para se deslocar aos Estados Unidos da América e a Brasil, mas faz uma digressão em Angola. Na Emissora Nacional, participava no programa Fados por Júlia Barroso.
Em 1954, voltou ao teatro, na revista Mãos ao Ar, no Teatro Apolo.
Celebrizou-se, igualmente, pela sua carreira no cinema, tendo participado, entre 1950 e 1951 nas filmagens da longa metragem O Comissário de Polícia, realizada por Constantino Esteves, e que se estreou em 1953.[1] Ainda em 1951, Júlia Barroso filma o documentário Canção de Embalar, realizado por Silva Brandão.[1] Também cantou no filme A Garça e a Serpente, de Artur Duarte, que estreou em 1952, e colaborou no documentário Mar Português, de João Mendes.
Vários artistas conceituados da época redigiram as letras para as suas canções, destacando-se os nomes de Sebastião Murtinheira, Jerónimo Bragança, e Hernâni Correia; Júlia Barroso também escreveu algumas das letras. Interpretou, igualmente, várias das músicas de compositores famosos, como Raul Ferrão, Anatólio Falé ou Tavares Belo.[1] Gravou, ainda, vários discos, que amontam a cerca de quarenta canções.
Após comunicar as suas intenções de abandonar a carreira artística em várias entrevistas, foi organizada uma cerimónia de despedida, ocorrida no Cinema Império de Lisboa, no dia 15 de Abril de 1958.
Casou-se na Igreja de São Sebastião da Pedreira, em 19 de Abril de 1958, com o médico João José Pinho Xara-Brasil (Lisboa, São Sebastião da Pedreira, 7 de Agosto de 1930), com o qual teve seis filhos e filhas.
Empregou-se, posteriormente, como professora do Ensino de Educação Doméstica na Escola Secundária do Cacém, e ensinou a disciplina de Trabalhos Manuais na Escola Preparatória Manuel da Maia, em Lisboa.
Júlia Barroso morreu com 66 anos, após doença prolongada, no dia 23 de Dezembro de 1996, em Lisboa. Foi enterrada três dias depois, no Cemitério de Benfica.
In Wikipedia
  • Discografia

Compilações 1992 - O Melhor de Júlia Barroso (CD, EMI-Valentim de Carvalho) 1995 - O Melhor dos Melhores n.º 56 (CD, Movieplay)




Placa toponímica da Rua Júlia Barroso, na cidade de Lagos. Homenagens O nome de Júlia Barroso foi colocado numa rua na cidade de Lagos.

Referências

FERRO, 2002:51-54
«Catálogo - Detalhes do registo de "O melhor de Júlia Barroso"». Fonoteca Municipal de Lisboa. Consultado em 22 de março de 2016
«Catálogo - Detalhes do registo de "Júlia Barroso & Maria Fernanda Soares; O melhor dos melhores; 55"». Fonoteca Municipal de Lisboa. Consultado em 22 de março de 2016
«Freguesia de Santa Maria» (PDF). Câmara Municipal de Lagos. Consultado em 18 de Dezembro de 2018. Arquivado do original (PDF) em 22 de Fevereiro de 2014

Bibliografia FERRO, Silvestre Marchão (2002). Vultos na Toponímia de Lagos. Lagos: Câmara Municipal de Lagos. 358 páginas. ISBN 972-8773-00-5 MARREIROS, Glória Maria (2001). Quem Foi Quem? 200 Algarvios do Século XX 2ª ed. Lisboa: Edições Colibri. 510 páginas. ISBN 9789727721924 Ligações externas Júlia Barroso (em inglês) no IMDb «Discografia de Júlia Barroso» (em inglês). no Discogs

Portal da música portuguesa  Portal do teatro  Portal do cinema  Portal de biografias

Ícone de esboço Este artigo sobre uma cantora é um esboço relacionado ao Projeto Música. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.