Quintinha, Julião

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Julião Quintinha
Silves, 19/12/1885 - Lisboa, 23/07/1968.

Escritor. Jornalista. Alfaiate. Maçon.


  • Notas Biográficas

Julião Quintinha começou a trabalhar jovem, em Silves, na sua terra natal, como operário, e mais tarde como alfaiate, com estabelecimento aberto até à implantação da República. Paralelamente, ainda jovem, iniciou as suas atividades jornalísticas a dirigir o jornal Alma Algarvia, conjuntamente com Henrique Martins, seu conterrâneo e, como correspondente de órgãos republicanos de Lisboa. Entre 1912 e 1914 foi administrador dos concelhos de Portimão e Silves e a partir dessa data até 1920, chefe de secretaria da Câmara Municipal de Silves, altura em que veio para Lisboa para se dedicar totalmente ao jornalismo. Nesta área foi editor da revista Seara Nova, subchefe de redação do jornal República, chefe de redação do Diário da Tarde, Diário da Noite, Jornal da Europa e ainda colaborou com as publicações Alma Nova, A Batalha, Contemporânea, O Diabo, Diário do Alentejo, Diário Liberal, Diário de Lisboa, Diário Popular, Mala da Europa, O Século e Voz do Sul, nomeadamente, com reportagens sobre África que foram muito aplaudidas. Simultaneamente foi também por várias vezes dirigente de associações de jornalistas. Como escritor escreveu contos, novelas, peças de teatro, estudos literários e ensaios, de que salientamos A Solução Monárquica do Sr. Alfredo Pimenta (1916), No Fim da Guerra. Comentário político (1917), o seu primeiro livro de ficção Vizinhos do Mar (1921), Terras de Fogo (1923) África Misteriosa – Crónicas de Viagem (1928), Ouro Africano – Crónicas de Viagem (1929), o esboço histórico A Derrocada do Império Vátua e Mouzinho de Albuquerque (1930), Terras do Sol e da Febre – Reportagem em Colónias Estrangeiras (1932), Novela Africana (1933) e os estudos literários Imagens de Actualidade (1933). Em Portimão foi iniciado na Maçonaria onde escolheu o nome simbólico de Danton. Durante o Estado Novo teve alguns problemas com a PIDE e apoiou as candidaturas goradas de Cunha Leal e de Ferreira de Castro, em 1958, antes de se confirmar a candidatura de Humberto Delgado. E na década de cinquenta do séc. XX era frequentador habitual da tertúlia da Pastelaria Veneza, em Lisboa, com Ferreira de Castro, Luís da Câmara Reis, Roberto Nobre e Augusto Casimiro. Integra a toponímia de Lisboa.