Madeira, Manuel
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Manuel Madeira
Nasceu em S. Bartolomeu de Messines, Silves, 21.08.1924 - ?, 28.05.2016
Viveu em Faro, Olhão e Lisboa.
Foi poeta e resistente antifascista e um dos impulsionadores do encontro do MUD juvenil em Bela Mandil, Olhão.
- Biografia
Manuel Madeira nasceu em São Bartolomeu de Messines, a 21 de Agosto de 1924, mas muito cedo foi levado para Faro, com a família, depois para Olhão, onde viveu até aos vinte cinco anos de idade, altura em que se deslocou para Lisboa e aí permaneceu durante mais de quarenta anos trabalhar, escrever e lutar contra a ditadura.. Manteve uma luta continuada e determinada contra a ditadura, tendo sido um dos impulsionadores do encontro do MUD Juvenil em Bela Mandil. Data dessa altura a amizade profunda que sempre o uniu ao Poeta António Ramos Rosa.
Em 1991, já reformado, voltou a Olhão, onde reside. Ao longo da sua vida colaborou com poesia e ensaios em publicações clandestinas de divulgação cultural e foi co-fundador do jornal de Olhão «Clamor». Muitos dos seus trabalhos literários foram cortados pela Censura.
O autor tem poemas publicados na Antologia Portuguesa do Pós-Guerra, está representado na Antologia 100 Anos – Frederico Garcia Lorca, e participou na homenagem «Neruda 100 Anos Depois» e tem vários livros editados, com particular destaque para a compilação de poemas escritos entre 1949 e 2004: «No Encalço do Real Inalcançável». O seu último livro foi publicado em 2013 e chama-se «Universo Aberto com Trancas à Porta», editada pela 4Águas.
In: https://algarveinformativo.blogs.sapo.pt/poeta-manuel-madeira-em-destaque-na-340207
- Pode saber mais sobre Manuel Madeira nos seguintes links:
https://algarveinformativo.blogs.sapo.pt/poeta-manuel-madeira-em-destaque-na-340207 - 2015 - notícia sobre uma exposição no átrio da Biblioteca Municipal de Olhão sobre a vida e obra do poeta Manuel Madeira, que contou com a presença do próprio e com a presença de Natércia Madeira, filha do autor e também de Teodomiro Neto e Idalécio Soares, entre outros convidados, com a projeção do filme “Testemunho” de Adão Contreiras, leitura de poemas por Paulo Moreira e diversas intervenções sobre a vida e obra do poeta, a cargo de Fernando Esteves Pinto, Adão Contreiras e da Profª Doutora Adriana Nogueira.
http://www.rua.pt/ha-luz-na-leitura-e-homenagem-poeta-manuel-madeira-abrem-o-ano-da-biblioteca-municipal-de-faro/ - 2015 -A Biblioteca Municipal de Faro apresentou uma homenagem ao poeta Manuel Madeira,inserida no projeto Há Luz na Leitura que tem como objetivo identificar a importância de implementar estratégias de mudança pessoal com recurso à leitura de livros.Dinamizado por Cláudia Matos e Rui Silva, em cada sessão procurava-se estabelecer um paralelo entre um texto literário e aspetos relacionados com a própria vida, do ponto de vista da temática do desenvolvimento pessoal, para além de uma reflexão sobre o papel que desempenhamos e como consciencializamos as nossas potencialidades, condicionalismos e melhorias a adotar à nossa vida.
https://www.sulinformacao.pt/2012/04/livro-algarve-12-poetas-a-sul-do-seculo-xxi%E2%80%9Dapresentado-em-tavira/ -2012 - Apresentação do livro “Algarve – 12 poetas a Sul do Século XXI” na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, em Tavira a cargo de Dália Paulo e Vítor Cardeira, seguida de uma leitura de poemas por Gisela Ramos Rosa. Este trabalho, realizado por Fernando Esteves Pinto e Tiago Nené, é uma antologia que contempla doze vozes muito diferentes da poesia atual. São eles: António Ramos Rosa, Casimiro de Brito, Fernando Esteves Pinto, Gastão Cruz, José Carlos Barros, Manuel Madeira, Miguel Godinho, Nuno Júdice, Pedro Afonso, Rui Dias Simão, Tiago Nené, Vítor Gil Cardeira. Além de dez poemas por autor e respetiva biografia, o livro inclui ainda um ensaio crítico sobre cada poeta, escrito por outro poeta.
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https://www.algarveprimeiro.com/d/v-bienal-de-poesia-concelho-de-silves-decorre-no-dia-25-de-setembro-/9952-1 - inseridas na TEIA - V Bienal de Poesia Concelho de Silves a Casa-Museu João de Deus dinamizou entre outras iniciativas uma homenagem ao poeta Manuel Madeira, com a projeção de um filme sobre este autor, realizado por Adão Contreiras. e leitura de poemas por Adília César e a presença e análise do tema “O poeta da Palavra Infinita” por Carminda Fiadeiro, Lisete Martins, Maria Luísa Francisco, Fernando Esteves Pinto e Adão Contreiras.
https://www.youtube.com/watch?v=zsiQtMkgJFo - Panorâmica fílmica de apresentação sobre o filme de Manuel Madeira a apresentar em data e local a anunciar brevemente.
Poeta comprometido com a resistência ao Salazarismo
Manuel Madeira um poeta comprometido com a resistência ao regime salazarista
Manuel Madeira autor do mês de julho na Biblioteca Municipal de Olhão
Na Biblioteca Municipal José Mariano Gago, todos os meses são dedicados a um autor em especial. Julho não é exceção, sendo Manuel Madeira o escritor em destaque.
Manuel Madeira nasceu em S. Bartolomeu de Messines, em 1924, mas muito cedo foi viver para Faro com a família, depois para Olhão, onde permaneceu até aos 25 anos, altura em que se deslocou para Lisboa e aí viveu durante mais de 40 anos.
Regressou a Olhão, onde faleceu recentemente, a 28 de maio de 2016.
Foi empregado no comércio e funcionário público, tendo sido demitido por motivos políticos. Foi preso e torturado pela PIDE várias vezes.
Reuniu em livro parte da sua poesia, de 1949 a 2004, sob o título No Encalço do Real Inalcançável. Em 2007, publicou Um Pouco de Infinito em Toda a Parte; em 2008, Cartas Poéticas entre António Ramos Rosa e Manuel Madeira; em 2009, o livro À Descoberta das Causas no Sortilégio dos Efeitos; em 2010, Simbiose Telúrica de Fragmentos do Ser, Reflexos e Reflexões Poéticas e, em 2012, o seu último título de poesia, Universo com Trancas à Porta.
Toda a bibliografia do autor existente na Biblioteca pode ser consultada através do catálogo online.
Por CM Olhão https://www.avozdoalgarve.pt/detalhe.php?id=17354 - Manuel Madeira autor do mês de julho na Biblioteca Municipal de Olhão
POESIA DE MANUEL MADEIRA
Por João Brito Sousa
MM é um grande amigo e um grande poeta. Diria dos maiores de hoje em dia. Não é natural de Olhão mas muito da sua vida está ligado à cidade e mora mesmo á saída, virando-se à direita onde está assinalado o local de uma estação de serviço.
Se trago aqui para esta crónica a pessoa de Manuel Madeira, deriva do facto de ter dado à estampa, o seu último livro de poesia, “Simbiose Telúrica de Fragmentos do Ser”, uma obra literária de enorme valor cultural, diria mesmo, científico, porque a poesia de Manuel Madeira é um trabalho de longo alcance e de grande fôlego e exige do leitor uma boa dose de dedicação e entrega, para se compreender a mensagem do autor, que não é um autor qualquer, mas sim um poeta de mérito, modernista, pois a poesia acompanha-o desde os verdes anos.
Além de um talento natural, o autor foi evoluindo com o estudo continuado e intenso daquilo que lhe interessava para chegar ao seu porto de desembarque. E ainda hoje lê obras tidas como de grande qualidade, daquelas que nos ensinam a compreender o mundo e simultaneamente o Homem, porque é preciso que haja uma certa evolução da natureza humana, para que possamos compreender, o que é que, afinal, andamos cá fazer, como perguntou Saramago.
As obras de Manuel Madeira são bastante carregadas de humanismo e colocam-nos o seu braço nos nossos ombros e tratam-nos por amigo. Na sua origem, o poema confunde-se com a origem da vida, diz o poeta no seu primeiro verso. Efectivamente, concluímos que a vida é poesia e nasceu com a poesia e é assim que a grande tarefa de viver a vida, se torna mais melódica e mais fácil de chegar ao destino.
A poesia de Manuel Madeira é uma poesia que encanta, é para os amigos e é uma poesia amiga, que aconselha e sugere, que indica as saídas das situações mais difíceis, através do conhecimento que cada um possui.
O seu poema “Evocação de António Simões Júnior” traduz e contem a amizade, respeito e consideração, por uma juventude distante que foi muito forte, porque a poesia não só fascina mas também une as pessoas e permite que um amigo olhe para dentro do coração do outro. Quando o poeta diz, nessa evocação ao amigo, “Os seus olhos negros de ameixa reluzentes” está a querer bem tanto, ao amigo, como à própria vida. Porque a vida são os amigos e esta amizade que unia os dois poetas era bem profunda e continha laços de solidariedade total, cantada nas canções heróicas acompanhada com a música da esperança tocada em pífaros de cana.
São assim os poetas, esses que não dormem na incessante procura dos supremos valores que norteiam e elevam a condição do ser humano, porque os poetas pretendem que o potencial que cada um de nós conte seja utilizado numa fraternidade contínua. Como Manuel Madeira quer. Porque é poeta. E porque traz sempre consigo um sorriso.
E uma rosa vermelha também. Com pétalas para todos.
Jbritosousa@sapo.pt
Também de esquerda Espaço destinado a reflexões (geralmente) inspiradas na actualidade e na Literatura.
« anteriorinícioseguinte » PARA A DECIFRAÇÃO DO CAOS, de MANUEL MADEIRA
tambemdeesquerda 03.02.16
Para a decifração do caos.jpg
Exercício arriscado, o de comentar o último livro de poesia de um poeta de 91 anos sem ter lido nenhum dos anteriores. Vou, ainda assim, correr o risco de chegar a conclusões que, eventualmente, o conhecimento da sua anterior produção poderá invalidar, atendo-me ao que estes dezoito poemas de Manuel Madeira me sugerem ou indiciam quanto a um percurso que, de tão longo, dificilmente terá escapado aos mais variados incidentes e que tem certamente muito mais facetas do que aquelas a que me vou cingir.
Creio que há, em Decifração do Caos, editado pela Lua de Marfim em Janeiro último, duas linhas de sentido que se "actualizam" (no sentido de concretização no plano do discurso que a linguística dá ao termo) ora em poemas distintos, ora no mesmo poema. A primeira destas isotopias, ou conjuntos de redundâncias internas, enforma os poemas que se debruçam sobre o processo da criação poética e a relação do poeta com a palavra; a segunda é a da sua circunstância histórica (sua, do poeta).
O processo de criação poética e a relação do poeta com a palavra Esta reflexão acontece nos seis primeiros poemas e no décimo primeiro. Assim, em "Sentimentos calcinados", poema de abertura, o poeta como que lamenta a incomunicabilidade entre a realidade extralinguística e o signo não-motivado – "símbolo de nada", pois "entre as palavras e as coisas / existe um abismo que nunca se preenche" –, ao mesmo tempo que exalta a "ternura do insólito", ingrediente de eleição na feitura do poema. A demanda da génese da poesia está patente em "Ao encontro das causas das coisas", que esclarece o leitor sobre o aturado trabalho de rebusca da consciência e dos "sentimentos soterrados na mente", que o poeta desenterra "como o cavador [...] esperando que a memória e o tempo multipliquem os grãos / constituídos de emoções e de palavras / conteúdo e continente onde guardo a produção". "Para a decifração do caos", poema que dá o título ao livro, é também o poema em que o poeta, cartesiano, enuncia "o princípio da negação do que se afirma [...] para dar sentido à dúvida, sempre mais real que a afirmação". Infelizmente, e salvo melhor interpretação, a primeira estrofe ficou truncada e ao predicado inicial ("Começo por pôr em causa...") falta o complemento directo que lhe daria a plenitude de sentido e que apenas podemos presumir, sendo certo que as nossas hipóteses se revelam impotentes para aspirar à capacidade metaforizante do autor. Em qualquer caso, subsiste, como moral do poema, a afirmação de que a dúvida e a "perscrutação do silêncio" desvendam "abismos como os da alma humana". "Como se faz um ninho", classifica-o o poeta como "poema concreto" construído com "as emoções telúricas, [...] matéria prima abstrata". Trata-se de um poema que justapõe alegoricamente a "hercúlea experiência" das aves construtoras de ninhos ao labor do poeta "a construir sílaba a sílaba uma nova estrutura / da raiz ao topo destes versos insólitos". Vem, depois, o "Ensaio sobre a linguagem", poema verdadeiramente ensaístico que historia os alvores da linguagem humana: "Antes da palavra, só o gesto e o grito habitavam / as galáxias do ser que palpitavam mudas [...]". O registo metafórico, que impregna parte do poema e profusamente ilustra o engenho de Manuel Madeira, é preterido na última estrofe, a favor do discurso objectivo e didáctico. Esta disposição para o didactismo é especialmente notória no último poema desta série, "Negação da negação ou a obra inacabada", que é uma lição sobre a arte de poetar: "Reconstruimos o real que absorvemos pelos sentidos / como matéria prima indispensável à obra idealizada / que depois de trabalhada nos estaleiros da mente / onde sofre golpes e torções na forja e na bigorna / para adquirir formas revestidas de certezas, / surge extravagante e às vezes tão diferente do previsto / que a não reconhecemos como sendo desejada [...] // Escrevo por exemplo a palavra pedra / que junto à revelia da lógica com a palavra amor / para com elas formar um conjunto original / depois de aglutinar estas duas matérias, / que tanto poderá significar uma pedra de amor / como pelo contrário um amor de pedra, ou ser apenas uma síntese impenetrável / de amor empedernido como a eternidade / que só a ausência de convenções concebe. // [...]". Finalmente, "Aventura das palavras" é um poema que exalta a epifania da palavra, palavra que, no "minuto seguinte ao caos inicial" dá ao poeta "o contorno do invisível".
O poeta e a sua circunstância Conforme referi na introdução, há, depois, a isotopia da circunstância histórica, presente desde o primeiro poema, que tem um fecho marcado pelo desencanto, o que, aliás, vinha já sendo anunciado desde o título, com a metáfora da consumição da esperança pelo fogo de um tempo que não cumpriu as promessas da presumível idade de ouro que terá sido a da Revolução de Abril, leitura que suponho autorizada pelo conhecimento do percurso político do poeta, ainda durante o fascismo: "Sei que este é o tempo das ideias cilindradas / amassadas pela lama que já foi aurífera / que as palavras repetiam com alvoroço e fé. // Sonhamos é certo com as ilusões / que eram douradas e hoje são de chumbo / com as mãos acenando ao passado morto / tamborilando agora nas borlas do destino". Seguidamente, o poema "Só tu me acompanhas poesia", que nos traz à memória a "Ode à Poesia", de Pablo Neruda (" E tu, Poesia, / tão infeliz e tímida antigamente, / foste à frente / deles. E / todos se habituaram / ao teu fato / de estrelas quotidianas, / porque se algum relâmpago / denunciou / a tua ascendência, / tu cumpriste a / tua missão, / e o teu caminho, entre os caminhos dos / homens")[1]. No entanto, se Neruda exalta a combatividade de uma poesia empenhada na transformação social, Madeira lamenta a ausência de um projecto, e a sua alusão final a Jacob e ao Anjo induz outra referência literária, se não de sinal contrário, pelo menos de sinal diverso, a de Régio. Aliás, o poema seguinte, "Durante toda a noite", parece fazer eco aos célebres versos "Não sei por onde vou, / Não sei para onde vou / Sei que não vou por aí!"[2]. Com efeito, ele abre com os versos "Durante toda a noite / procurei uma saída para o labirinto / em que muito cedo me perdi". São três versos que replicam um após outro a disforia da noite, como metáfora do desencanto, a angustiosa dificuldade do labirinto, como metáfora da escolha, e a confissão não metafórica da ausência de rumo. A sua terceira e última estrofe confirma e clarifica a mensagem gravada pela primeira: "Nenhuma luz me guia nenhuma mão me prende / nenhum olhar derrama sobre mim a fé / de encontrar saída de onde / à míngua de rumor perdi o pé". A "míngua de rumor" exprime, mais metonímica do que metaforicamente, o isolamento, o não engajamento num projecto colectivo que, longe de propiciar ao sujeito poético o sentimento da liberdade, antes o leva, como diz, a "cair de borco no abismo do sonho / onde me agito e sofro em suas malhas preso". O poema seguinte, de modo muito mais enigmático e profundamente matizado pelo sentimento da dissolução no cosmos, parece reincidir nesta problemática, desde o título "Solidário / solitário", que contém os dois pólos opostos entre os quais o sujeito poético parece oscilar.
Há, enfim, três poemas que constituem notas algo dissonantes no conjunto, pela forma da expressão, pois se trata de sonetos, e pela substância do conteúdo, pois são transparentes e, por isso mesmo, não carecem de "decifração", estando, aliás, longe do "caos" de que outros participam. São eles "Morte em flor", "Garrett no Limoeiro" e "Drama do poeta Gomes Leal". Quanto a estes três sonetos, diremos apenas que cumprem aquilo que se espera desta forma fixa, isto é, desenvolvem harmoniosamente um raciocínio e fecham com chave de ouro: no primeiro caso, com a bem-humorada expressão do receio de que "o coração, / a sete palmos de profundidade, / não deixe adormecer a vizinhança"; no segundo caso, com a exortação ao poeta para que cante a "liberdade eterna"; no terceiro, com a expressão antinómica da condição do poeta: "brilhar no espaço com um fulgor d'astros, / andando aos trambolhões pela sarjeta!"
O último soneto recenseado sugere-me fortemente o poema "L'albatros", em que Baudelaire compara o poeta a este gigante dos céus. Pousado no convés do navio, o albatroz, ou alcatraz, perde a majestade do voo e vê-se reduzido à condição de desajeitada e infeliz ave: "Le Poète est semblable au prince des nuées / Qui hante la tempête et se rit de l'archer; / Exilé sur le sol au milieu des huées, / Ses ailes de géant l'empêchent de marcher."[3]
Se a condição do poeta é também, de certo modo, a condição humana nos dois extremos do trajecto existencial, o facto é que, com os seus 91 anos e este livro, Manuel Madeira mostra que as suas asas de gigante não o impedem de andar. https://tambemdeesquerda.blogs.sapo.pt/para-a-decifracao-do-caos-de-manuel-61328 https://florpereira1000.wordpress.com/2011/05/17/poesia-de-manuel-madeira/
https://www.youtube.com/watch?v=79QU2sShh_k - 2020 - Poema "Fotografia 1950", de Manuel Madeira lido por Adriana Nogueira, gravado a convite do Teatro Lethes.