César, Adília

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César, Adília.jpg

  • Adília César

Lagos, 1959.
Reside em Faro.
Poeta. Cronista. Educadora de infância. Formadora de Expressões Artísticas.
Foi aluna da Universidade do Algarve

Gelo-Adilia-Cesar.jpg

Como invejar as asas dos outros
essas cinzas de lugares comuns
ladainhas nos conventos de portas abertas
onde as carpideiras rasgam vestes de veludo e de erros.

Como vestir os olhos de brilho
matéria confiante em suprema combustão
vislumbre de um nítido e fundente relâmpago a céu aberto.

Como evitar as balas as lâminas os venenos
os súbitos de febre e as demências racionais
sem morrer de uma vez por todas.

Como atravessar caminhos por entre as silvas
se a doce passagem da luz então aprisionada
é a palavra rigorosa numa consentida poexistência.

  • Outras Exclamações


acendiam-se nos recantos da primavera:
amores-perfeitos nascidos entre lugares e palavras
onde anteriormente se imaginariam
caudais de pétalas e poemas bonitos.

O tempo acumulado nas margens
era fluente e sensível.

As pedras soltas faziam lembrar
curtas biografias de figuras prestativas
sereias sem domicílio acabadas de chegar
visões surreais de figuras de estilo.

E o longe é igual ao perto, dizes: apenas um ponto.
A redundância da criação é zumbido de beija-flor.

in https://palavracomum.com/10-poemas-de-adilia-cesar/

  • Biografia
Adília César nasceu em Lagos, Portugal, a 23 de abril de 1959. É educadora de infância e formadora no âmbito da Didáctica das Expressões Artísticas, sendo Mestre em Educação Artística na área de especialização Teatro e Educação, pela Universidade do Algarve. Desenvolve um projecto de promoção da poesia da e para a infância com os grupos de crianças dos quais é docente titular – Versos Pequeninos. Tem colaborações dispersas em antologias e revistas literárias, entre as quais: Nova Águia; Eufeme; Piolho, Estupida, Enfermaria 6, Nervo, Caliban, Pa_lavra, Palavra Comum; Tlön, conVersos, Chicos e Revista Athena, além de ensaios e artigos de opinião. Publicou livros de poesia: O que se ergue do fogo (Lua de Marfim, 2016); Lugar-Corpo (Eufeme, 2017); O Tempo O Tempo (Eufeme, 2019); Uma agulha no coração (Urutau, 2020); Gelo (Busílis Poesia – Trinta Por Uma Linha, 2021). É co-fundadora do projecto literário LÓGOS – Biblioteca do Tempo.
Auto-biografia poética publicada no facebook da autora: Adília César nasceu no século passado, em Lagos, Portugal. Só tem uma ruga – a da linha de escrita. Se não se chamasse Adília César o seu nome seria Baudília ou Monadília, e depois de ter descoberto a Área Branca naturalmente chamar-se-ia Fiamadília. Adília é singular – o seu ser está na primeira pessoa. Tem uma voz parecida com os poemas que escreve e ama de olhos bem abertos. Nunca escreveu uma ode, nem quando está em viagem, mas é capaz de despertar a Europa num só verso. Adília é o "lugar-corpo" da poesia com "uma agulha no coração". Está bem acordada durante o dia e não toma Xanax; talvez por isso o seu lado negro esteja sempre à espreita. Detesta vermes e poluição sonora. Quando tropeça e cai, levanta-se muito rapidamente para ninguém ver: é "o que se ergue do fogo". Nunca recebeu postais de férias nem telegramas com notícias amargas. Adília podia ser uma Deusa: tem um discurso sonhador e escreve poemas contra "o tempo o tempo". Desde criança que ela deseja ser uma Sereia coberta de pérolas, mas a Ria Formosa ainda não lhe fez a vontade. Em seu redor, o "Gelo" vai derretendo. É fundadora da Sociedade dos Espaços Vazios Entre As Palavras.
  • Bibliografia:

- O que se ergue do fogo Lua de Marfim, 2016
- Lugar-Corpo Eufeme, 2017
- O Tempo O Tempo Eufeme, 2019
- Uma Agulha no Coração, Editora Urutau, 2020
- Gelo, Busílis Poesia – Trinta Por Uma Linha,2021
- É cofundadora do projeto literário LÓGOS – Biblioteca do Tempo

  • Veja mais sobre Adília César nos seguintes links:

- 2017 - Notícia sobre a III Mostra Bibliográfica de Autores do Algarve na biblioteca municipal de Faro, onde estiveram patentes as obras publicadas de Adília César, Luís Campião e Tiago Nené, bem como estudos e recensões críticas sobre a obra destes autores.
- 2018 - Leituras da poesia de Adília César num Ensaio de Adriana Freire Nogueira.
- 2021 - Notícia sobre a publicação do novo livro de poesia de Adília César Gelo

  • in Facebook de Adília César da autora:[1]
  • in Facebook de LÓGOS - Biblioteca do Tempo da LÓGOS - Biblioteca do tempo:[2]

Logos.jpg
Revista LÓGOS - Biblioteca do Tempo (Lançamento) - 2018 - José Antunes Ribeiro, editor e livreiro da Espaço Ulmeiro, numa conversa com Adília César e Fernando Esteves Pinto.


  • in https://arquivo.pt:

- 2017 - Adília César apresentou novo livro na Biblioteca Municipal de Faro
- 2018 - Catálogo do blog Lua de Papel
- 2019 - Texto A Poesia e a poeta Adília César no blog Vestígios de poesia.
https://arquivo.pt/wayback/20190928183548/https://vestigiosdepoesia.blogspot.com/2019/07/a-poesia-e-algo-de-intrigante-e-de.html