Difference between revisions of "Fraqueza, Maria José"
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− | Poetisa. Professora. Dramaturga. | + | Poetisa. Professora. Dramaturga. Escritora. Pintora. Foi aluna nas [[:Category:Agr. Tomás Cabreira, em Faro | Escola Serpa Pinto e Industrial e Comercial de Faro (Escola Secundária de Tomás Cabreira)]] na primeira metade dos anos 50 do século XX e alguns anos depois, nos finais dos anos 60 do século XX, foi professora da mesma escola. Foi também professora nas escolas secundárias de Almada, [[:Category:Agr. Vila Real de Santo António | Vila Real de Santo António]] e [[:Category:Agr. Francisco Fernandes Lopes, em Olhão | Olhão]] |
− | Foi aluna nas [[:Category:Agr. Tomás Cabreira, em Faro | Escola Serpa Pinto e Industrial e Comercial de Faro (Escola Secundária de Tomás Cabreira)]] na primeira metade dos anos 50 do século XX e alguns anos depois, nos finais dos anos 60 do século XX, foi professora da mesma escola. Foi também professora nas escolas secundárias de Almada, [[:Category:Agr. Vila Real de Santo António | Vila Real de Santo António]] e [[:Category:Agr. Francisco Fernandes Lopes, em Olhão | Olhão]] | ||
'''Maria José Fraqueza''' nasceu na Fuzeta em 8 de Maio de 1936. Professora [aposentada] de Secretariado, na Escola C + S Dr. João Lúcio — Olhão. Passou por diversas escolas, onde desenvolveu núcleos de teatro amador, poesia, canto, etc., nomeadamente em: Almada, Estremoz, Faro [foi professora da Escola Industrial e Comercial de Faro nos finais dos anos 60 do século XX] Vila Real de Santo António e Olhão. Praticamente, toda a sua vida tem sido centrada nos seus alunos e na sua actividade profissional, dedicando parte da sua obra poética a estes, vivendo apenas na "poesia" para o seu "pequeno-grande Mundo" —as escolas, por onde passou, onde revelou sempre a sua "espontaneidade de poetisa repentista" — disso, constatam alunos e colegas que lidaram com a poetisa de perto.<br />Em 1985, começou a concorrer a Jogos Florais, tendo, a partir daquela data, obtido alguns prémios, que a tornaram mais conhecida. Mas, foi precisamente através da Rádio Lagoa e graças a Edmundo Falé, que passou a ser conhecida de "um público mais numeroso" e a desenterrar a "poesia adormecida na gaveta".<br />A poesia sentimento centrada no amor à sua terra, aos seus amigos e familiares, é um lado apaixonante da poetisa. Gosta, sobretudo, de transmitir alegria ou conforto aos outros, daí a razão de ser, dos seus versos, da sua poesia realista, por vezes, "picante", com extraordinário sentido de "humor" variado o seu "estilo de versejar". Contudo, a poesia narrativa é uma característica dominante e original do seu trabalho.<br />Daí, a razão de ser da sua opção.<br />Adaptação da contracapa do livro Histórias da Minha Terra publicado em janeiro de 1989 | '''Maria José Fraqueza''' nasceu na Fuzeta em 8 de Maio de 1936. Professora [aposentada] de Secretariado, na Escola C + S Dr. João Lúcio — Olhão. Passou por diversas escolas, onde desenvolveu núcleos de teatro amador, poesia, canto, etc., nomeadamente em: Almada, Estremoz, Faro [foi professora da Escola Industrial e Comercial de Faro nos finais dos anos 60 do século XX] Vila Real de Santo António e Olhão. Praticamente, toda a sua vida tem sido centrada nos seus alunos e na sua actividade profissional, dedicando parte da sua obra poética a estes, vivendo apenas na "poesia" para o seu "pequeno-grande Mundo" —as escolas, por onde passou, onde revelou sempre a sua "espontaneidade de poetisa repentista" — disso, constatam alunos e colegas que lidaram com a poetisa de perto.<br />Em 1985, começou a concorrer a Jogos Florais, tendo, a partir daquela data, obtido alguns prémios, que a tornaram mais conhecida. Mas, foi precisamente através da Rádio Lagoa e graças a Edmundo Falé, que passou a ser conhecida de "um público mais numeroso" e a desenterrar a "poesia adormecida na gaveta".<br />A poesia sentimento centrada no amor à sua terra, aos seus amigos e familiares, é um lado apaixonante da poetisa. Gosta, sobretudo, de transmitir alegria ou conforto aos outros, daí a razão de ser, dos seus versos, da sua poesia realista, por vezes, "picante", com extraordinário sentido de "humor" variado o seu "estilo de versejar". Contudo, a poesia narrativa é uma característica dominante e original do seu trabalho.<br />Daí, a razão de ser da sua opção.<br />Adaptação da contracapa do livro Histórias da Minha Terra publicado em janeiro de 1989 |
Revision as of 10:39, 27 October 2021
- Maria José Viegas da Conceição Fraqueza
Fuzeta, Olhão, 08/05/1936.
- Destaque Biográfico
Poetisa. Professora. Dramaturga. Escritora. Pintora. Foi aluna nas Escola Serpa Pinto e Industrial e Comercial de Faro (Escola Secundária de Tomás Cabreira) na primeira metade dos anos 50 do século XX e alguns anos depois, nos finais dos anos 60 do século XX, foi professora da mesma escola. Foi também professora nas escolas secundárias de Almada, Vila Real de Santo António e Olhão
Maria José Fraqueza nasceu na Fuzeta em 8 de Maio de 1936. Professora [aposentada] de Secretariado, na Escola C + S Dr. João Lúcio — Olhão. Passou por diversas escolas, onde desenvolveu núcleos de teatro amador, poesia, canto, etc., nomeadamente em: Almada, Estremoz, Faro [foi professora da Escola Industrial e Comercial de Faro nos finais dos anos 60 do século XX] Vila Real de Santo António e Olhão. Praticamente, toda a sua vida tem sido centrada nos seus alunos e na sua actividade profissional, dedicando parte da sua obra poética a estes, vivendo apenas na "poesia" para o seu "pequeno-grande Mundo" —as escolas, por onde passou, onde revelou sempre a sua "espontaneidade de poetisa repentista" — disso, constatam alunos e colegas que lidaram com a poetisa de perto.
Em 1985, começou a concorrer a Jogos Florais, tendo, a partir daquela data, obtido alguns prémios, que a tornaram mais conhecida. Mas, foi precisamente através da Rádio Lagoa e graças a Edmundo Falé, que passou a ser conhecida de "um público mais numeroso" e a desenterrar a "poesia adormecida na gaveta".
A poesia sentimento centrada no amor à sua terra, aos seus amigos e familiares, é um lado apaixonante da poetisa. Gosta, sobretudo, de transmitir alegria ou conforto aos outros, daí a razão de ser, dos seus versos, da sua poesia realista, por vezes, "picante", com extraordinário sentido de "humor" variado o seu "estilo de versejar". Contudo, a poesia narrativa é uma característica dominante e original do seu trabalho.
Daí, a razão de ser da sua opção.
Adaptação da contracapa do livro Histórias da Minha Terra publicado em janeiro de 1989
- Saudades de Minha Terra
Do alto da tua torre
Como é lindo o mar que se espraia
Na praia!...
Fuzeta! Meu Rio Oeta!
Saudades da tua foz!
Nas águas mansas do teu rio
Cantaram sereias ao desafio
Nas águas do teu Olheiro
Que iam nossas avós
É um sonhar de ilusões!
Passaram tantas gerações!
Na página do teu diário
Decorrido um centenário
Escrevo-te esta missiva
Fazendo uma retrospectiva
De minhas recordações
Soaram teus "carrilhões"
Carpindo a tua sina
Fuzeta velhinha!
Igreja menina!
Como eram belos os pregões
Da Tia Estina
Oh! que saudade!
Fuzetenses bem
Recordai a mocidade!
Recordai o "Pai Andrade"
Com suas belas cantigas
Que cantava às raparigas
No seu jeito de versar
À sua noiva do mar!
Para aliviar a mágoa,
Recordai o "Zé da Água"
Que levava a água aos "altares"
Água das águas dos mares
Maresia de água benta
Água de poços e abismos
Água benta dos baptismos
Minha Fuzeta Velhinha!
Tu tiveste teus heróis
Na pesca e seus anzóis
Como o Chico Larencinha
Ali, pertinho de ti,
Oh! Minha igreja branquinha!
Estão glórias do passado
Naquele lugar sagrado
Tu és o maior monumento
Escrito na palavra sentimento
És o mais belo mosteiro!
Cabe nele, o meu amor verdadeiro.
(Menção honrosa nos Jogos Florais de N. S. do Carmo Fuzeta — 1986) in Histórias da Minha Terra páginas 93 e 94
- AS ESCADAS DA VIDA
Pelos degraus de pedra dessa escada
Subindo... eu vou descendo pela vida
A vida que é para nós tão complicada
Que já me custa muito essa subida!
Subindo... por amor vou... tão carregada
Levando pesos a menos na descida...
Porque nessa escalada tão comprida
Na descida fatal... eu serei um nada!
Ao ver-me num fugaz, num breve instante
Na escada de sonhos, escada rolante...
Escadas de tantas vidas... a rolar...
Como é que poderei eu chegar ao sol?
Se me vejo nessa escada em caracol
Que sobe quem tem asas para Voar!
- Bibliografia (a completar)
POESIA
História da Minha Terra (1989)
Murmúrios do Mar' (1990)
Vendavais da Alma'' (1994)
PROSA
'No tempo da Mana Anica -Conto- (1995)
Os meus Contos de Natal (2006)
Pragas Algarvias (2006)
TEATRO
Lenga-lenga de Surdos'
Auto dos Casamentos à moda da Fuzeta
Ruas da Minha Aldeia
- Veja mais sobre Maria José Fraqueza nos seguintes links:
- 2020 - No blogue Cont'Arte
- 2008 - Blogue (antigo) de Maria José Fraqueza
- 2006 - Algumas poesias de Maria José Fraqueza
- 2006 - Autobiografia sumária de Maria José Fraqueza
- 2006 - Texto de homenagem a Maria José Fraqueza
- 2007 - Letras de Marchas populares por Maria José Fraqueza
- 2008 - Notícia sobre a inauguração da Casa-Museu Maria José Fraqueza
-2008 - Texto de homenagem a Maria José Fraqueza
- 2008 - Alguns poemas de Maria José Fraqueza sobre a sua família
- 2009 - Poema de Maria José Fraqueza sobre o Elos Clube de Faro
- 2010 - Poesia Arco-Íris da Alma
- 2010 - Alguns poemas de Maria José Fraqueza sobre o Algarve
- 2010 - Notícia do lançamento do livro "Alma Algarvia" e alguns poemas
- 2011 - Poesia "Hei-de"
- 2011 - Notícia do lançamento do livro "Teatro popular da Minha Terra"
- 2012 - Notícia da presença de Maria José Fraqueza na BESTC
- 2013 - Notícia sobre a presença de Maria José Fraqueza na Escola Francisco Lopes
- 2017 - Biografia de Maria José Fraqueza.
- 2017 - Biografia de Maria José Fraqueza.