Difference between revisions of "Vedes, Lina"
Line 25: | Line 25: | ||
o frequentavam!"<br /> | o frequentavam!"<br /> | ||
+ | "A partir de 1947 comecei a frequentar a escola primária da Sé de Faro, situada na parte velha da cidade, na rua Rasquinho.<br /> | ||
+ | Todas as tardes, de bata branca (obrigatoriedade escolar) saía de casa, perto do Largo da Palmeira, carregando a pasta com o lanche, a sebenta, o livro único de leitura, uma caixa de | ||
[[Category:Autores]][[Category:Escritores]][[Category:Faro]][[Category:S. Brás de Alportel]][[Category:Agr. João de Deus, em Faro]][[Category:Escola do Magistério Primário de Faro]] | [[Category:Autores]][[Category:Escritores]][[Category:Faro]][[Category:S. Brás de Alportel]][[Category:Agr. João de Deus, em Faro]][[Category:Escola do Magistério Primário de Faro]] |
Revision as of 10:44, 12 October 2021
Página em elaboração.
Lina Correia Pinto Vedes nasceu em 1940, em S. Brás de Alportel,
vivendo em Faro desde os quatro anos de idade.
Faro torna-se a sua cidade de adoção e de coração, transformando-se
no objeto central da sua obra. É esta cidade e as suas gentes
que a sua memória nos convida a revisitar, o que constitui um legado para as
gerações futuras.
Frequentou a Escola Primária da Sé, o Liceu/Escola Secundária João de Deus e o Magistério Primário de Faro.
Foi professora, lecionando entre 1961 e 1995 em várias escolas do Algarve.
Em 2009, publica o seu 1.º livro, “Pedaços d’Ontem na Cidade de Faro”,
em 2010 “Faro – Retratos “à la minuta” e em 2017 “Gente de Faro”.
"Na véspera de Natal, depois da ceia, púnhamos o sapatinho à chaminé e íamos para a cama.
No dia seguinte, pela manhã, corríamos à cozinha para ver os presentes - umas cuecas ou uma combinação confeccionadas em casa, umas meias feitas pela avó com cinco agulhas, rebuçados e em ano de sorte, uma sombrinha de chocolate da Regina.
(...) Em casa faziam-se as empanadilhas com recheio de batata doce, as filhoses, matava-se a galinha e recheava-se, as fatias douradas, o arroz doce..."
"Na estradinha funda rapazes do Liceu e da Escola Comercial tentavam pular o muro do
Colégio do Alto para espreitar as alunas.
Nas aulas do professor de educação física, José Manuel Fortes Rodrigues, a turma
orientada por um alunos mais velho a que era atribuído o nome de "charabaneco" saía da Liceu Nacional de Faro, corria pela estrada de Olhão e subia pela "estradinha funda".
Alguns alunos cansados ficavam pelo caminho, regressando a passo... outros preferiam ir
à laranja ou à nêspera (caracol amarelo) e os mais atrevidos, galgando uns por cima dos
outros porque o muro do colégio feminino era alto, espreitavam à vez, as meninas que
o frequentavam!"
"A partir de 1947 comecei a frequentar a escola primária da Sé de Faro, situada na parte velha da cidade, na rua Rasquinho.
Todas as tardes, de bata branca (obrigatoriedade escolar) saía de casa, perto do Largo da Palmeira, carregando a pasta com o lanche, a sebenta, o livro único de leitura, uma caixa de