Difference between revisions of "Caires, Lutegarda"
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'''Luar do Algarve''' | '''Luar do Algarve''' | ||
− | Aproxima-se a noite... Tremulando | + | Aproxima-se a noite... Tremulando< /br> |
− | Desdobra-se a mortalha transparente | + | Desdobra-se a mortalha transparente< /br> |
− | De estrelas nos espaços lucilando... | + | De estrelas nos espaços lucilando...< /br> |
− | O rouxinol suspira eternamente, | + | O rouxinol suspira eternamente,< /br> |
− | E canta, canta sempre, soluçando... | + | E canta, canta sempre, soluçando...< /br> |
− | Ao Deus da Mis'ricórdia, tristemente | + | Ao Deus da Mis'ricórdia, tristemente< /br> |
− | Os ciprestes para o céu vão suplicando | + | Os ciprestes para o céu vão suplicando< /br> |
− | Por almas que se evolam docemente... | + | Por almas que se evolam docemente...< /br> |
− | Saudades! Espalhai o vosso pranto! | + | Saudades! Espalhai o vosso pranto!< /br> |
− | E sobre o coração que sofreu tanto, | + | E sobre o coração que sofreu tanto,< /br> |
− | cantai antes a Glória, a Paz que o encerra! | + | cantai antes a Glória, a Paz que o encerra!< /br> |
− | Mas tu, luar, na campa abandonada, | + | Mas tu, luar, na campa abandonada,< /br> |
− | vem espalhar a luz abençoada, | + | vem espalhar a luz abençoada,< /br> |
− | celestial luar da Minha Terra! | + | celestial luar da Minha Terra!< /br> |
(Almanaque do Algarve, 1943) | (Almanaque do Algarve, 1943) | ||
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Revision as of 20:00, 6 March 2021
Página em elaboração.
LUTHGARDA GUIMARÃES DE CAIRES
Poeta e Romancista. Filantropa. Ativista. Foi a "fundadora" do Natal dos Hospitais. Vila Real de Santo António, 15.11.1873? ou 9? - Lisboa, 30.03.1935.
Luar do Algarve
Aproxima-se a noite... Tremulando< /br> Desdobra-se a mortalha transparente< /br> De estrelas nos espaços lucilando...< /br> O rouxinol suspira eternamente,< /br> E canta, canta sempre, soluçando...< /br> Ao Deus da Mis'ricórdia, tristemente< /br> Os ciprestes para o céu vão suplicando< /br> Por almas que se evolam docemente...< /br> Saudades! Espalhai o vosso pranto!< /br> E sobre o coração que sofreu tanto,< /br> cantai antes a Glória, a Paz que o encerra!< /br> Mas tu, luar, na campa abandonada,< /br> vem espalhar a luz abençoada,< /br> celestial luar da Minha Terra!< /br> (Almanaque do Algarve, 1943)