Tolstoi, Leão - Livro Proibido
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- Leão Tolstoi - (1828 - 1910)
Leão Tolstoi nasceu na Rússia, no seio de uma família nobre. Órfão desde cedo, optou por seguir a carreira militar, servindo-se mais tarde das suas experiências no campo de batalha para representar a guerra de forma realista nos seus romances.
Em 1856, abandona o exército e viaja pela Europa para estudar Pedagogia. De regresso à Rússia, dedica-se à escrita, publicando mais tarde em fascículos Guerra e Paz (1865-69) e Anna Karenina (1875 - 77), ainda hoje considerados dois dos melhores romances de sempre. In: wook.pt
- Livro Proibido - A Próxima Revolução
Um dos livros menos conhecidos do eminente ficcionista russo Leão [Lev] Tolstoi (1828-1910), A Próxima Revolução é um ensaio de não-resistência cujo prefácio foi capa do The New York Times em 1909, tendo sido traduzido para português no ano anterior e publicado pela Livraria Central de Gomes de Carvalho. Contudo, só seria proibido em Portugal quase meio século depois. O censor estava ciente do problema, mas desfigurou o tema: “Embora este livro tenha decerto a sua divulgação feita pois a sua publicação data de 1908, julgo que atualmente não deve ser permitido por ser um livro de franca propaganda à revolução Russa que instituiu o Comunismo”. In: publico.pt
- Excerto 1, pág. 43, Leão Tolstoi - A Próxima Revolução - lido por Gustavo Ralha do 12.º ano.
São pessoas que gostam do poder: homens inconscientes,
maus, cruéis, promptos no seu interesse a cometerem
violências de toda a espécie, saques, assassínios.
Numa sociedade sem governo, estes homens seriam
bandidos, reprimidos nos seus atos, por um lado pela luta
com os homens que quisessem molestar (linchagem); por
outro lado, e principalmente pela mais poderosa arma; a
opinião pública.
Enquanto que na sociedade governada pelo poder, pela
violência, estes mesmos homens açambarcam o poder e
gozam dele; não só não são reprimidos pela opinião pública,
como, pelo contrário, são sustentados, glorificados, exaltados
por uma opinião pública comprada e provocada artificialmente.