Guerreiro, Aníbal C. - Esboços de um Algarve Menor

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Aníbal Guerreiro
Nasceu em Faro em 1911 e faleceu na mesma cidade a 20-2-1990
Empresário, escritor e jornalista


Joaquim Magalhães apresenta Aníbal C. Guerreiro como um escritor experiente, atento à vida e ao seu Algarve natal. O prefácio destaca a capacidade do autor de transformar experiências quotidianas em textos vivos, combinando memória, descrição e ficção baseada na realidade. Guerreiro revela, assim, um olhar profundo sobre a sua terra e as suas gentes, consolidando a sua obra como expressão literária genuína da província algarvia.

Prefácio de Joaquim Magalhães

  • Excerto 1

Aníbal Guerreiro não é um estreante nestes domínios da palavra escrita e do papel impresso. Tanto em jornais, em que cedíssimo se iniciou, como em publicações individualizadas, Aníbal Guerreiro ultrapassou a barreira do anonimato, para afirmar uma personalidade com nome próprio. É um homem que se aplica naquilo que empreende. Um homem que não desiste de se interessar, como pessoa humana, sempre atenta à vida que o rodeia, por tudo aquilo que justifica a existência pessoal e coletiva. Tudo isto revela uma força que se aprimora com as naturais resistências do ambiente. Desta feita volta-se mais declaradamente para o seu Algarve natal. E vai fazer-nos uma apresentação da sua terra e das suas gentes em escritos, ou relatos, ou contos, ou histórias que revelam atividades, tradições, costumes usos desta província algarvia de Portugal.

  • Excerto 2

Em Aníbal Guerreiro, os processos descritivos do jornalismo dos tempos da sua iniciação na literatura são, aqui e além, animados por histórias que nos prendem, cativam e até, às vezes, nos emocionam. O que é sinal de boa qualidade. E tanto mais de notar quanto é certo o autor ser, por formação da vida e mar- cas da experiência, um homem de iniciativas empresariais. Mas o jornalista dos desportos, que inicialmente foi, o entusiasta da música, que continua a ser, o homem que viveu a história dos transportes rodoviários e documentadamente sobre esta temática escreveu um livro, lança-se agora na ficção, ou na quase ficção. Não na ficção imaginária ou imaginada e abstrata, que às vezes nos prende e ataranta, mas na crónica e na ficção do real quotidiano que é o fluir da vida vivida. De ontem e de hoje. Com um projeto novo na sua atividade de escritor. Com uma ideia central, sempre em mente: o Algarve. O seu Algarve. O nosso Algarve. Em tom maior como nos trabalhos anteriores. Em tom menor, em contraponto que raia a poesia, agora, nesta nova prova de um talento de homem atento à vida da sua, nossa, província natal.
JOAQUIM MAGALHÃES

In: Aníbal C. Guerreiro - Esboços de um Algarve Menor
Publicado em Novembro de 1989, livro de «Crónicas Algarvias», com PREFÁCIO de Joaquim Magalhães


Mas nem só as amendoeiras são dignas representantes da flora bem característica do Algarve, região fortemente sob a influência do clima mediterrânico. De outras nos fala um poema para o qual a minha atenção foi alertada pelo meu querido Amigo e incansável cultor do Pensamento, o Dr. Joaquim Peixoto Magalhães, a quem entregara o original deste volume para ser honrado com algumas suas palavras introdutórias. Trata-se de uma poesia do Dr. Leonel Neves, inserta no seu livro <Natural do Algarve>. Fê-lo certamente, o Dr. Joaquim Magalhães, por encontrar alguma sintonia nas motivações, sentidas pelo autor, e recebidas da mátria terra, onde proliferam também lindíssimas figueiras e alfarrobeiras.

In: Guerreiro, Aníbal "Esboços de um Algarve Menor" P. 272


  • Para saber mais sobre Aníbal Guerreiro consultar o blog de Vilhena Mesquita no seguinte link:

https://algarvehistoriacultura.blogspot.com/2021/

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