Galhoz, Maria Aliete
Maria Aliete Farinho das Dores Galhoz (Maria Aliete Galhoz)
Boliqueime (Loulé) - 1929 - Loulé 20/09/2020.
- Excerto de uma conferência de Maria Aliete Galhoz com o título SOBRE A TRADIÇÃO ORAL ALGARVIA. 1— POESIA RECOLHIDA NA FREGUESIA DE QUERENÇA. AS ORAÇÕES(Iníco e final) que pode ser lido na íntegra no seguinte link: https://sapientia.ualg.pt/bitstream/10400.1/1380/1/ELO-01-02-MAG.pdf
"Este breve trabalho destinou-se a um colóquio realizado em 13 de Junho de1994 na Universidade do Algarve aquando da apresentação desta obra,Tradição Oral AlgarviaI (...)
Poesia recolhida na freguesia de Querença(...)
. (...)
Santa Barbinha se levantou,
Seu pezinho calçou,
Sua manita beijou,
Com Nossa Senhora se encontrou,
Ela lhe perguntou:
—Onde vais, Santa Barbinha?
[...]
Não alargamos nem aprofundamos esta breve exposição, que nasceu de um apontamento de leitura, servindo-nos de poucos dados e perspectivando a escolha pontual dos exemplos muito sumariamente. Oferecemos, contudo, este trabalho só ainda nos caboucos, como pesquisa, mas vivenciado pelo testemunho da minha própria raiz cultural do interior algarvio.
Lisboa/Loulé, Junho de 1994 e Lisboa, 26 de Janeiro de 1995
Professora. Poetisa. Ensaísta e investigadora literária portuguesa tendo exercido a sua ação de investigação no Instituto Nacional de Investigação Científica. Estudou no Liceu de Faro. Licenciada em Filologia Românica pela Universidade de Lisboa. Em 1996, recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade do Algarve
- logo revista1.ª série, N.º 49 | Maio de 1967 -1967 - Fac-simile de um excerto da recensão crítica de Maria Aliete Galhoz sobre Odylo Costa, Filho, Tempo de Lisboa e outros poemas
- 03 e 09.08.1968 - Para Maria Aliete Galhoz, Nova Renascença 22, vol. 6, Porto, 110-120.- 1968 - fac-simile da carta de José Régio a Maria Aliete Galhoz
[https://acpc.bnportugal.gov.pt/imagens/colecoes/n62_galhoz_maria_aliete.jpg - Carta Galhoz Régio
- Autógrafo de José Régio oferecido a Maria Aliete Galhoz com poema e desenho relativos ao seu "heterónimo" João Bensaúde. Publicado no nº1, de Dezembro de 1997, da revista Estudos Regianos, Vila do Conde. O poema está incluído, com pequenas alterações, no livro póstumo Colheita da Tarde (1971), organizado por Alberto de Serpa
- Notas Biográficas
Desde estudante que se dedicou à pesquisa literária, tendo colaborado com Lindley Cintra no Centro de Estudos Filológicos, e com Viegas Guerreiro no Centro de Estudos Geográficos. Ensaísta e incansável investigadora, é autora de numerosos estudos sobre poesia e poetas portugueses, com destaque para Fernando Pessoa. Do seu currículo faz também parte a pesquisa sobre literatura popular portuguesa, estando ligada ao Centro de Tradições Populares Portuguesas da Universidade de Lisboa.
Fez a recolha e transcrição de textos da primeira versão impressa do Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa. É responsável pela organização, texto introdutório e notas de diversas edições brasileiras da Obra Poética de Pessoa. Organizou, em 1985, uma antologia de Fernando Pessoa na colecção "Poetas" da editora Presença.
In: Arquivo da Cultura Portuguesa contemporânea
Sobre a sua poesia afirma Luiz Fagundes Duarte: "conjuga formas tradicionais de poesia popular com recursos imagéticos e discursivos próprios da poesia culta e refinada, o que tem como resultado a produção de um ritmo altamente melódico e até encantatório...".
Foi investigadora no Centro de Tradições Populares Portuguesas da Universidade de Lisboa. Participou com comunicações em inúmeros encontros literários, seminários e colóquios, designadamente nas áreas dos estudos pessoanos e da literatura de transmissão oral. Tem vasta colaboração com ensaios críticos em actas de congressos e publicações periódicas como Colóquio-Letras, Boletim de Filologia do Centro de Estudos Filológicos, O Tempo e o Modo, Nova Renascença, página literária do Diário de Notícias e suplemento "Cultura e Arte" de O Comércio do Porto. Era membro da Associação Portuguesa de Escritores, da Sociedade da Língua Portuguesa, da Associação Internacional de Lusitanistas, da Associação Internacional de Críticos e da Associação Internacional de Literatura Comparada. Autora da nota a "Portel, Terra Transtagana" Poemas de Francisco Padeira, edição da Junta de Freguesia de Portel.
A 18 de maio de 1999, foi agraciada com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
In: Wikipedia
- Bibliografia
Prefaciou a reedição de Orpheu 1, de Orpheu 2 e de Céu em Fogo de Mário de Sá Carneiro.
Publicou um Romanceiro Popular Português, em dois volumes
Vol. I, Romances Tradicionais, 1987;
Vol. II, Romances Religiosos e Cantigas Narrativas, 1988.
Poeta pobre (1960)
Fernando Pessoa oú une rencontre en poésie (1961)
Acto da primavera : decima quinta das matinais esquecidas (1967)
Não choreis, meus olhos (1971)
Fernando Pessoa (1985)
Une note de plus pour l'étude du petit corpus de chansons parallélistiqes de Marmelete (1987)
Figuração, função e simbólica do diabo no auto popular "Auto da alma perdida" (1988)
Décima Quinta Matinal Esquecida – “Acto da Primavera” (1967)
Poemas em Rosas (1985).
Não Choreis Meus Olhos (1971)Contos
- Pode saber mais sobre Aliete Galhoz nos seguintes links:
https://www.cnc.pt/maria-aliete-galhoz/ Texto de Guilherme d’Oliveira Martins sobre a autora
https://m.facebook.com/lidiajorge.escritora/photos/a.748358778538376/4647719158602299/ Texto de Lídia Jorge sobre a autora
https://jornaldoalgarve.pt/boliqueime-perpetua-memoria-maria-aliete-galhoz/ Artigo do jornal "O Algarve" com o título Boliqueime homenageia Maria Aliete Galhoz na sua toponímia
- 2020 - Texto de Guilherme d’Oliveira Martins sobre a obra de Maria Aliete Galhoz
[https://coloquio.gulbenkian.pt/bib/sirius.exe/do?author&author=GALHOZ,%20MARIA%20ALIETE&author&author=GALHOZ,%20MARIA%20ALIETE
- 2021 - Artigo de Guilherme d’Oliveira Martins nos "Anais de Faro" sobre poetas e poesia algarvios
- 2009 - estudo de Carlos Nogueira sobre As Orações Tradicionais De Loulé com várias referências a Maria Aliete Galhoz
- 2020 - notícia do jornal Sul Informação sobre a morte de Maria Aliete Galhoz