Difference between revisions of "Silva, Orlando Augusto da"

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'''''TerraLuz- Colectânea de Poesia de Poetas Algarvios'''''<br />
 
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Por Folha do Domingo -18 de Fevereiro de 2011101<br />
 
  
  
 
[https://folhadodomingo.pt/livros-chama-flores-nifertiti/ - 2011 - Texto do jornal Folha de Domingo sobre o livro de Orlando Augusto da Silva "Flores e Folhas de Mim.]:
 
[https://folhadodomingo.pt/livros-chama-flores-nifertiti/ - 2011 - Texto do jornal Folha de Domingo sobre o livro de Orlando Augusto da Silva "Flores e Folhas de Mim.]:
 
  
 
''FLORES E FOLHAS DE MIM é um livro de versos, como o autor, Orlando Augusto da Silva pretende justificar a sua poesia intimista. E… até bela!''<br />  
 
''FLORES E FOLHAS DE MIM é um livro de versos, como o autor, Orlando Augusto da Silva pretende justificar a sua poesia intimista. E… até bela!''<br />  
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''No poema Amendoeiras, Orlando Augusto retrata-se no cenário natural do seu Algarve, tendo a flora característica, a que se junta a alfarrobeira e a figueira, como tema fundamental e naturalista, que não recusa para a sua inspiração poética, nesse fio regional em que Ataíde Oliveira “pinta” a nossa memória colectiva, as lendas, em que as flores das amendoeiras se fizeram na neve desejada…''<br />  
 
''No poema Amendoeiras, Orlando Augusto retrata-se no cenário natural do seu Algarve, tendo a flora característica, a que se junta a alfarrobeira e a figueira, como tema fundamental e naturalista, que não recusa para a sua inspiração poética, nesse fio regional em que Ataíde Oliveira “pinta” a nossa memória colectiva, as lendas, em que as flores das amendoeiras se fizeram na neve desejada…''<br />  
  
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[https://www.avozdoalgarve.pt/detalhe.php?id=3325 - 2014 - Casa do Algarve em Lisboa apresenta TerraLuz- Colectânea de Poesia de Poetas Algarvios onde Orlando Augusto da Silva também se encontra representado.}
  
 
 
Como se escreve em contra-capa, o autor fez, durante anos, percursos por diferentes países, dos quais resultou uma recolha do que foi vendo e registando. E daí resulta um documento que faz parte da História Universal.
 
 
O investigador traz-nos os registos da palavra e da imagem, desde os seus percursos por Roma, Pompeia, Atenas, passando pela Ásia Menor onde observou as ruínas da cidade bíblica de Éfaso. Na Península Ibérica pára por Mérida, observa as ruínas da Itálica (Santiponce/Sevilha). O viajante e investigador justifica que para além dos monumentos, houve figuras que deixaram as marcas de um avanço cultural na humanidade, que contribuíram para a formação de um mundo aos níveis superiores dos valores culturais e científicos.
 
 
Esta “Nifertiti” ou “Nefertiti”, como vem em registos, e que o autor justificou para a capa do seu livro, é um mergulho no mistério da história da antiguidade do Egipto, de que “Nifertiti” foi rainha, esposa de Amenófis IV Aknaton e fervorosa adepta do culto Aton (1370–1330 a.C.)
 
 
Recentemente (18 de Janeiro 2011), Zahi Hawass, diretor responsável pelo património arqueológico egípcio, esteve em Lisboa, para receber o Doutoramento Honoris Causa, pela Universidade Nova de Lisboa. Este arqueólogo do Conselho Supremo de Antiguidade do Egipto, fez um discurso, no acto do seu doutoramento em Lisboa, num pedido exigido ao Neues Museum de Berlim, para que o busto de Nifertiti regresse ao Egipto, afirmando: Vou ganhar a batalha por Nefertiti.
 
 
Com o livro de Adérito Vaz publicado em 2010 e juntando o discurso de Zahi Hawass, o diapasão é comum ao valor do busto descoberto pelo arqueólogo alemão, Leidwing Borchardt, em 1912, numa escavação em Tel el Amarna, no sul do Egipto, quando toda a pilhagem era consentida. Pela circunstância, o busto cromático da bela Nifertiti que faz parte da imensa riqueza do Museu de Berlim, o novo doutor da Universidade de Lisboa, afirma que o busto de Nifertiti, pelas suas qualidades científicas e por ter conduzido a civilização faraónica às casas e corações das pessoas, pertence ao museu do Cairo.
 
 
Consultar esta obra de Adérito Vaz é entrar na história fascinante e construída pelos milénios, em imagens que o autor soube recolher e comunicar em palavra.
 
https://folhadodomingo.pt/livros-chama-flores-nifertiti/
 
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Casa do Algarve em Lisboa apresenta TerraLuz- Colectânea de Poesia de Poetas Algarvios
 
NACIONAL - 2014-09-18, 10:04
 
 
A Casa do Algarve em Lisboa deu à estampa o livro TerraLuz. Colectânea de Poesia de Poetas Algarvios, que organizou e editou, na qual se acham representados, em 420 páginas, mais de 50 atuais poetas nascidos, que vivam ou tenham vivido no Algarve, desde os mais consagrados aos menos mediáticos, abrangendo um alargado espectro de culturas e as mais variadas sensibilidades.
 
Atentos à excelência dos poetas participantes e à beleza dos seus poemas, é um importante documento no atual panorama da cultura algarvia na área da poesia, indispensável na biblioteca de todos os amantes da poesia, da cultura e do Algarve.
 
Participam na coletânea os seguintes poetas: Nuno Júdice, Alberto Uva, Alcina Viegas, Ana Maria Dias, Ângela Caboz, António Bahia, Arlindo Mateus, Carlos Brito, Celíssia Pinguinha, Domingos Pestana, Esther Andrez, Fátima Murta, Fernando Reis Luís, Francisco Grácio Gonçalves, François Luís-Blanc, Gabriela Rocha Martins, Glória Maria Marreiros, Glória Marreiros, Graça Dimas, Helena Madeira, Hélio Xavier, Isidoro Cavaco, Joaquim Horta Correia, Joaquim Morgado, Joaquim Pinto Serra, Joaquim Sustelo, Joaquim Vairinhos, José Estêvão da Cruz, Josefa Lima, Lena Bárbara, Leonilda Cavaco Alfarrobinha, Lia Viegas, Luís Gomes, Manuel Brás Venâncio, Manuel Madeira, Margarida A. Tavares, Maria João Cantinho, Maria Lúcia Santos, Maria Nóbrega, Myriam Jubilot de Carvalho, Nelson Moniz, Ofélia Bomba, Orlando Augusto Silva, Paula Amaro, Pedro Abreu Simões, Poulette Barros Silva, Rogélio Mena Gomes, Rosélia Martins, Suzete Viegas, Telma Estêvão, Tiago Nené, Tito Olívio e Vieira Calado,
 
Será apresentada, primeiro no Algarve, em Faro, no Clube Farense, no dia 19 de Outubro, pelas 17 horas, e só depois em Lisboa, na Academia Recreativa de Santo Amaro, no dia 1 de Novembro, pelas 15 horas.
 
O livro pode ser adquirido por correio, pelo preço de 10 euros, na sede da Casa do Algarve, Av. de Ceuta, Lote 14 Loja 2, 1350-410 Lisboa ou ser pedido através dos telefones 213423240 ou 933423244 ou pelo e:mail casaalgarvelisboa@sapo.pt
 
 
 
 
Por Casa do Algarve em Lisboa
 
 
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Revision as of 11:53, 14 June 2021

Orlando Augusto da Silva

Nasceu em Setúbal a 17 maio 1927- e faleceu em faro a 13 maio 2015
Poeta.
Foi aluno da Escola Industrial e Comercial de Faro/Escola Secundária de Tomás Cabreira, em Faro.

  • Do livro "Folhas e Flores de Mim" transcrevemos alguns poemas:

Insónias

O sono encurta
E a noite alonga,
Então sou náufrago
No mar obscuro da insónia
Onde o farol da vida
Ilumina o confuso
E confunde o presente
Que se afunda nas águas
Negras e profundas
Do pensamento confundido,
Nos destroços do naufrágio
Deste mar de maré viva
Se afunda o real
E se perde a flor de sal.

P'la manhã outra miragem,
Olho defronte
Vejo a paisagem
Outro horizonte ...

'Enfim
É mais efémero o ruído
Do aplauso
Que o silêncio da ternura,
Um permanece no olvido,
Outro fica quedo, perdura.

Lavrador


Numa entrega total, o lavrador,
Num esforço heróico quase bruto,
Desbrava e trata a terra com fervor
Na esp´rança do almejado fruto.


De si se esquece e pouco lhe dói;
Numa luta imensa, nunca se cansa…
Com trabalho insano ele constrói,
E o que fora sonho, torna-se esperança.

Que imenso esforço tiveste!...
Quanto suor te correu p´la testa…
Ao rasgares esses montes tu fizeste,
De matos esquecidos, enorme festa.

Quantos anos nessa forma se quedaram
Esses montes de estevas e silvados;
Que, p´la força do engenho se tornaram
Em campos de querer, agora cultivados.

Como enormes cabeças de gigantes,
Ou hirtos seios de Deusas adormecidas,
Nesses montes surgirão refrescantes,
Árvores de fruto, e sombras apetecidas.

E mais não foi que a vontade de querer;
De dar à terra ávida e ressequida,
O braço forte e a água que quiser…
Dessedentando-a, e dar-lhe vida.

Do livro “Avô”2001

Enviado pelo Poeta Orlando Augusto da Silva e publicado pela Associação Antigos Alunos Escola Tomás Cabreira em 10:35 AM 7/28/2011 01:29:00 da tarde

  • Biografia
Orlando Augusto da Silva nasceu em Setúbal, em 1927. Frequentou a Escola Secundária Tomás Cabreira, então repartida entre a Rua do Município e o Largo da Sé, mas tudo na “Vila-a-Dentro”.
Desenvolveu grande atividade literária que se concretizou em diversas obras publicadas e com presença em várias antologias de “poetas dos PALOP’S”.
Paralelamente, no setor da indústria do plástico, lançou novas realizações, impulsionando a economia local, com fábrica própria ali para o “Campo dos Blocos” (Bom João de Baixo) e estabelecimento comercial, na Rua Filipe Alistão.
Na nota de pesar escrita pelo jornalista João Leal transcrevemos o seguinte parágrafo:
"Cidadão de comportamento cívico testemunhante fez um reto e honesto caminho de vida que motivava um assumido e geral apreço.
Deixou-nos para todo o sempre e com ele foi abatida mais uma presença da resenha de cidadãos, a quem testemunhamos, como nascidos em Faro, o nosso apreço e admiração, por quantos não havendo vindo ao mundo nesta capital sulina, a amam como seus filhos."


  • Bibliografia

"Flores e Folhas de mim"2011
"Avô"2001
TerraLuz- Colectânea de Poesia de Poetas Algarvios


- 2011 - Texto do jornal Folha de Domingo sobre o livro de Orlando Augusto da Silva "Flores e Folhas de Mim.:

FLORES E FOLHAS DE MIM é um livro de versos, como o autor, Orlando Augusto da Silva pretende justificar a sua poesia intimista. E… até bela!
A construção lírica de Flores e Folhas de Mim, porque nada é hiperbólico na poesia de Orlando, são fios de água, são cores do poente, é um lago azul onde se espelha a natureza; pelo que a tratamos como poesia naturalista, associada aos quadros que se apresentam, como Algarve Azul: “Neste chão em declive até ao mar/porta aberta ao azul e à claridade, é uma imagem retratada pela palavra, que por vezes não esmorece para um João Lúcio.
Ainda, nessa poesia, num espaço intimista, Orlando tem a família mais jovem para a sua inspiração. Então chama a poesia, acende a lanterna num apelo de simplicidades e ela vem; e, numa surpresa, cria imagens e exclama: És a poesia! Por vezes surges, sublime, alada, / e apanhas-me em total surpresa: / Tão subtil, tão terna e calada, / como luzente candeia acesa.
Orlando Augusto da Silva fez um hiato poético por via profissional. Retoma a lírica, em tempo de repouso, para manter a racionalidade activa. E é nessa recuperação, não tanto de poética contemporânea, mas nessa maneira de escrita que lhe vem de fundo cultural e herdada (dos poetas emblemáticos que se situam entre o decadentismo e o simbolismo), que foi absorvendo nessa verve do Gharb al-Ândalus e que ganhou uma tonalidade própria para muitos herdeiros algarvios, nessa sublimidade em construir palavras a que o autor chama de versos e eu de lirismo, e que se confunde no espírito da vida que se constrói e que não o aguentamos, libertando-o da caixa dos arquivos guardados.
No poema Amendoeiras, Orlando Augusto retrata-se no cenário natural do seu Algarve, tendo a flora característica, a que se junta a alfarrobeira e a figueira, como tema fundamental e naturalista, que não recusa para a sua inspiração poética, nesse fio regional em que Ataíde Oliveira “pinta” a nossa memória colectiva, as lendas, em que as flores das amendoeiras se fizeram na neve desejada…

[https://www.avozdoalgarve.pt/detalhe.php?id=3325 - 2014 - Casa do Algarve em Lisboa apresenta TerraLuz- Colectânea de Poesia de Poetas Algarvios onde Orlando Augusto da Silva também se encontra representado.}