Difference between revisions of "Silva, Alberto Marques da"

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  Poeta.
 
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* '''A sereia e a búzia - João Leal
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* '''A sereia e a búzia - Crónica de Faro de João Leal - Jornal do Algarve
  
 
Num dos mais aprazíveis recantos da capital sulina, junto à doca, na sua vertente próxima do Jardim Manuel Bívar, onde nos tempos idos o poeta Alberto Marques da Silva, se deliciava, de cravo ao peito e bengala encastoada a admirar, ao cair do dia, o “pôr do sol”, nessa “bebedeira inebriante de cores e formas”, situam-se duas referências escultóricas de assinalado mérito e grande significado.
 
Num dos mais aprazíveis recantos da capital sulina, junto à doca, na sua vertente próxima do Jardim Manuel Bívar, onde nos tempos idos o poeta Alberto Marques da Silva, se deliciava, de cravo ao peito e bengala encastoada a admirar, ao cair do dia, o “pôr do sol”, nessa “bebedeira inebriante de cores e formas”, situam-se duas referências escultóricas de assinalado mérito e grande significado.
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* '''Notas Biográficas'''
 
* '''Notas Biográficas'''
'''Marques da Silva''' veio ainda criança viver para Faro, acompanhando a família que veio residir para esta cidade, após a nomeação do seu pai para diretor de finanças. Foi em Faro que passou grande parte da sua vida, tendo estudado no liceu de Faro, hoje, Agrupamento de Escolas João de Deus. Era carinhosamente tratado entre os farenses pelo "Marmelada", e era facilmente reconhecido porque usava sempre na lapela um cravo vermelho, aliás como nota de destaque da sua preocupação com a aparência, da qual cuidava com elegância. De temperamento afável, há quem o classifique como um verdadeiro dandi, dedicado à noite, ao jogo e ao galanteio. Fez vida militar e mais tarde exerceu funções como empresário na Companhia do Cine-Teatro Farense. Foi um dos poetas admirados pelo escol farense, os seus livros foram, na altura, verdadeiros êxitos. A sua entrada no prelo era noticiada nos jornais Correio do Sul e O Algarve e mesmo antes do livro ver a luz do dia já estava esgotado, através do sistema de inscrições. Uma percentagem da tiragem do livro era sempre destinada a amigos, familiares, bibliotecas e imprensa. Integra a toponímia do concelho, e apesar de ter falecido em Lisboa, encontra-se enterrado no cemitério da Esperança, em Faro.
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'''Marques da Silva''' veio ainda criança viver para Faro, acompanhando a família que veio residir para esta cidade, após a nomeação do seu pai para diretor de finanças. Foi em Faro que passou grande parte da sua vida, tendo estudado no liceu de Faro, hoje, Agrupamento de Escolas João de Deus. Era carinhosamente tratado entre os farenses pelo "Marmelada", e era facilmente reconhecido porque usava sempre na lapela um cravo vermelho, aliás como nota de destaque da sua preocupação com a aparência, da qual cuidava com elegância. De temperamento afável, há quem o classifique como um verdadeiro dandi, dedicado à noite, ao jogo e ao galanteio. Fez vida militar e mais tarde exerceu funções como empresário na Companhia do Cine-Teatro Farense. Foi um dos poetas admirados pelo escol farense, os seus livros foram, na altura, verdadeiros êxitos. A sua entrada no prelo era noticiada nos jornais Correio do Sul e O Algarve e mesmo antes do livro ver a luz do dia já estava esgotado, através do sistema de inscrições. Uma percentagem da tiragem do livro era sempre destinada a amigos, familiares, bibliotecas e imprensa. Integra a toponímia do concelho, e apesar de ter falecido em Lisboa, encontra-se enterrado no cemitério da Esperança, em Faro.<br />
  
in: João Resende, http://adefesadefaro.blogspot.com/2007/02/alberto-marques-da-silva-marmelada.html e PJ, Palma https://run.unl.pt/APÊNDICEDOCUMENTAL
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in: João Resende, http://adefesadefaro.blogspot.com/2007/02/alberto-marques-da-silva-marmelada.html e PJ, Palma https://run.unl.pt/APÊNDICEDOCUMENTAL<br />
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*'''Bibliografia<br />
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- Varanda dos meus sonhos: versos, Faro, ed. de autor (v. catálogo, n.º 109.) 1950 <br />
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- Meu coração vai falar… versos, Faro, ed. de autor (v. catálogo, n.º 114.) 1956 <br />
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- Meu coração vai falar… versos, 2.ª ed., Faro, ed. de autor (v. catálogo, n.º 115.) 1956 <br />
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- Rosas do meu jardim: versos, Faro, ed. de autor (v. catálogo, n.º 116.) 1958 <br />
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- Rosas do meu jardim: versos, 2.ª ed., Faro, ed. de autor (v. catálogo, n.º 117.) 1958 <br />
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- Janela azul, Faro, ed. de autor (v. catálogo, n.º 54.) 1963 <br />
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- Versos de amor e saudade, Faro, ed. de autor (v. catálogo, n.º 62.) 1970 <br />

Revision as of 10:39, 23 June 2022

Alberto marques silva.jpg Marques silva.jpg

Alberto Marques da Silva

Chaves, 09/07/1898 - Lisboa 09/10/1977.

Poeta.
  • A sereia e a búzia - Crónica de Faro de João Leal - Jornal do Algarve

Num dos mais aprazíveis recantos da capital sulina, junto à doca, na sua vertente próxima do Jardim Manuel Bívar, onde nos tempos idos o poeta Alberto Marques da Silva, se deliciava, de cravo ao peito e bengala encastoada a admirar, ao cair do dia, o “pôr do sol”, nessa “bebedeira inebriante de cores e formas”, situam-se duas referências escultóricas de assinalado mérito e grande significado.

Trata-se de um reprodução, em tamanho quase natural de uma sereia, postada nas escadarias – auditório que ali foram erguidas, fazendo-nos lembrar, a sua homóloga universalmente famosa erigida à entrada do porto de Copenhague, a capital dinamarquesa e na lembrança do conto desse génio da literatura infantil que foi Hans Cristian Andersen, bem como de uma búzia, em grandes dimensões, numa referência ao apreciado marisco da Ria Formosa.

No primeiro caso desconhecemos de quem partiu a iniciativa desta peça de arte, cm uma rara postura e atractabilidade, na simbiose existente de sedução, encanto e poesia. Mas quanto à búzia, que foi colocada na parte do passeio marginal, uma placa refere-a como da decisão havida, em boa hora, da Associação dos Comerciantes da Baixa de Faro.

Talvez que uma grande parte da população farense ou mesmo visitantes desconheçam estas obras de arte, que tal se tratam e bem merecedoras de uma visita atenta, mas merecedoras de uma visita local.

São coisas que valorizam a cidade, que lhe dão identidade, beleza, património em estilo maior.

Anotamos porém que se de dias as suas singelezas as tornam um pouco conhecidas, à noite menos notadas se tornam, mesmo nestas noites estivais em que o passeio convida para ir até à beira-doca. Por isso e daqui o apelamos ao município a necessária colocação de focos luminosos que, sem quebrar as singelas e artísticas belezas das duas peças, a sereia e a búzia, lhe deêm a relativização de uma presença assinalada e instigadora de uma visita.


Para ouvir clique aqui: https://jornaldoalgarve.pt/cronica-de-faro-68/

  • Notas Biográficas

Marques da Silva veio ainda criança viver para Faro, acompanhando a família que veio residir para esta cidade, após a nomeação do seu pai para diretor de finanças. Foi em Faro que passou grande parte da sua vida, tendo estudado no liceu de Faro, hoje, Agrupamento de Escolas João de Deus. Era carinhosamente tratado entre os farenses pelo "Marmelada", e era facilmente reconhecido porque usava sempre na lapela um cravo vermelho, aliás como nota de destaque da sua preocupação com a aparência, da qual cuidava com elegância. De temperamento afável, há quem o classifique como um verdadeiro dandi, dedicado à noite, ao jogo e ao galanteio. Fez vida militar e mais tarde exerceu funções como empresário na Companhia do Cine-Teatro Farense. Foi um dos poetas admirados pelo escol farense, os seus livros foram, na altura, verdadeiros êxitos. A sua entrada no prelo era noticiada nos jornais Correio do Sul e O Algarve e mesmo antes do livro ver a luz do dia já estava esgotado, através do sistema de inscrições. Uma percentagem da tiragem do livro era sempre destinada a amigos, familiares, bibliotecas e imprensa. Integra a toponímia do concelho, e apesar de ter falecido em Lisboa, encontra-se enterrado no cemitério da Esperança, em Faro.

in: João Resende, http://adefesadefaro.blogspot.com/2007/02/alberto-marques-da-silva-marmelada.html e PJ, Palma https://run.unl.pt/APÊNDICEDOCUMENTAL

  • Bibliografia

- Varanda dos meus sonhos: versos, Faro, ed. de autor (v. catálogo, n.º 109.) 1950
- Meu coração vai falar… versos, Faro, ed. de autor (v. catálogo, n.º 114.) 1956
- Meu coração vai falar… versos, 2.ª ed., Faro, ed. de autor (v. catálogo, n.º 115.) 1956
- Rosas do meu jardim: versos, Faro, ed. de autor (v. catálogo, n.º 116.) 1958
- Rosas do meu jardim: versos, 2.ª ed., Faro, ed. de autor (v. catálogo, n.º 117.) 1958
- Janela azul, Faro, ed. de autor (v. catálogo, n.º 54.) 1963
- Versos de amor e saudade, Faro, ed. de autor (v. catálogo, n.º 62.) 1970