Difference between revisions of "Gomes, Manuel Teixeira"

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'''Manuel Teixeira Gomes'''<br />
 
'''Manuel Teixeira Gomes'''<br />
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Portimão, 27/05/1860 - Bugia (Argélia), 18/10/1941
  
Nasceu em Vila Nova de Portimão a 27 de Maio de 1860 e faleceu em Bugia, Argélia a 18 de Outubro de 1941.<br />
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Escritor. Jornalista. Político. Foi o sétimo presidente da Primeira República Portuguesa de 6 de Outubro de 1923 a 11 de Dezembro de 1925.  
Foi o sétimo presidente da Primeira República Portuguesa de 6 de Outubro de 1923 a 11 de Dezembro de 1925.<br />
 
Escritor e jornalista.<br />
 
Colaborou em revistas e jornais, entre eles O Primeiro de Janeiro, Folha Nova, Arte & vida (1904-1906), Atlântida (1915-1920), no periódico O Azeitonense (1919-1920) e ainda no Boletim do Sindicato Nacional dos Jornalistas (1941-1945).<br />
 
A 20 de Março de 1919 foi feito Grã-Cruz da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico.<br />
 
Patrono de um agrupamento de escolas em Portimão e de uma escola básica do Agrupamento de Escolas Santa Maria dos Olivais, em Lisboa.<br />
 
  
*'''Biografia'''<br />
 
  
Estudou "(...)no Colégio de São Luís Gonzaga, em Portimão. Aos dez anos foi enviado para o Seminário Maior de Coimbra e posteriormente matriculou-se em Medicina, na Universidade de Coimbra. Cedo desistiu do curso, contrariando a vontade do pai. Muda-se então para Lisboa, onde pertence ao círculo intelectual de Fialho de Almeida e João de Deus. Mais tarde, conhecerá outros vultos importantes da cultura literária da época, como Marcelino Mesquita, Gomes Leal e António Nobre."<br />(...)Teixeira Gomes desenvolveu uma forte tendência para as artes, nomeadamente na literatura, não deixando contudo de admirar a escultura e a pintura, tornando-se amigo de mestres como Columbano Bordalo Pinheiro ou Marques de Oliveira.<br />Pode ler o artigo completo em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Teixeira_Gomes<br />
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*Excerto do conto '''''D. Joaquina Eustáquia Simões d`Aljezur (Historieta quase romântica)''''', in '''Gente Singular'''"<br />
  
*'''Bibliografia'''
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Na liberdade daquela solidão tudo era gozo para os meus sentidos, sempre despertos e ávidos: o ar impregnado pelas exaltações resinosas das estevas; o pesado, quase palpável perfume das moitas de rosmaninho; os gorjeios que a passarinhada solta como isolados fios de pérolas cristalinas; o ruído, o remurmúrio de colmeia de que a vida dos insectos repassa o mato espesso; as borboletas ardendo na luz intensa, como pequeninas chamas verdes que se perseguem, e caindo nas sombras com a opacidade das flores 7 de enxofre… E os vastos horizontes, familiares, mas duma tão perpétua novidade,abrangendo no mar faiscante o recorte sinuoso da costa, lá da Ponta do Altar às rochas do Cabo, com os estuários do arade e das rias de Alvor, e, a norte, a perspectiva circular das serras que fecham o Algarve,imponentes, e até importunas, quase, nas altíssimas ondulações da Fóia e da picota, mas morrendo em linhas azuladas, como que esvaídas, direito ao mar e acamando, a levante, em aveludadas ondas de musselina… Singular e pacificador panorama por onde, com a alma,a vista se me alongava infinitamente apaziguada!<br />
  
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*'''Notas Biográficas'''<br />
  
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Estudou "(...)no Colégio de São Luís Gonzaga, em Portimão. Aos dez anos foi enviado para o Seminário Maior de Coimbra e posteriormente matriculou-se em Medicina, na Universidade de Coimbra. Colaborou em revistas e jornais, entre eles O Primeiro de Janeiro, Folha Nova, Arte & vida (1904-1906), Atlântida (1915-1920), no periódico O Azeitonense (1919-1920) e ainda no Boletim do Sindicato Nacional dos Jornalistas (1941-1945). A 20 de Março de 1919 foi distinguido com a Grã-Cruz da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico. Patrono de um agrupamento de escolas em Portimão e de uma escola básica do Agrupamento de Escolas Santa Maria dos Olivais, em Lisboa. Cedo desistiu do curso, contrariando a vontade do pai. Muda-se então para Lisboa, onde pertence ao círculo intelectual de Fialho de Almeida e João de Deus. Mais tarde, conhecerá outros vultos importantes da cultura literária da época, como Marcelino Mesquita, Gomes Leal e António Nobre. "(...)Teixeira Gomes desenvolveu uma forte tendência para as artes, nomeadamente na literatura, não deixando contudo de admirar a escultura e a pintura, tornando-se amigo de mestres como Columbano Bordalo Pinheiro ou Marques de Oliveira.<br />
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Pode ler o artigo completo em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Teixeira_Gomes<br />
  
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*'''Bibliografia'''<br />
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- '''''Inventário de Junho''''' (1899)<br />
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- '''''Cartas sem Moral Nenhuma''''' (1904)<br />
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- '''''Agosto Azul''''' (1904)<br />
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- '''''Sabina Freire''''' (1905)<br />
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- '''''Desenhos e Anedotas de João de Deus''''' (1907)<br />
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- '''''Gente Singular''''' (1909)<br />
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- '''''Cartas a Columbano''''' (1932)<br />
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- '''''Novelas Eróticas''''' (1935)<br />
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- '''''Regressos''''' (1935)<br />
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- '''''Miscelânea''''' (1937)<br />
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- '''''Maria Adelaide''''' (1938)<br />
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- '''''Carnaval Literário''''' (1938)<br />
  
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* Pode saber mais sobre '''Manuel Teixeira Gomes''' nos seguintes links:<br />
 
* Pode saber mais sobre '''Manuel Teixeira Gomes''' nos seguintes links:<br />
  

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Teixeira gomesFoto.jpgManuel.jpgManuel1.jpg
Manuel Teixeira Gomes
Portimão, 27/05/1860 - Bugia (Argélia), 18/10/1941

Escritor. Jornalista. Político. Foi o sétimo presidente da Primeira República Portuguesa de 6 de Outubro de 1923 a 11 de Dezembro de 1925. 


  • Excerto do conto D. Joaquina Eustáquia Simões d`Aljezur (Historieta quase romântica), in Gente Singular"

Na liberdade daquela solidão tudo era gozo para os meus sentidos, sempre despertos e ávidos: o ar impregnado pelas exaltações resinosas das estevas; o pesado, quase palpável perfume das moitas de rosmaninho; os gorjeios que a passarinhada solta como isolados fios de pérolas cristalinas; o ruído, o remurmúrio de colmeia de que a vida dos insectos repassa o mato espesso; as borboletas ardendo na luz intensa, como pequeninas chamas verdes que se perseguem, e caindo nas sombras com a opacidade das flores 7 de enxofre… E os vastos horizontes, familiares, mas duma tão perpétua novidade,abrangendo no mar faiscante o recorte sinuoso da costa, lá da Ponta do Altar às rochas do Cabo, com os estuários do arade e das rias de Alvor, e, a norte, a perspectiva circular das serras que fecham o Algarve,imponentes, e até importunas, quase, nas altíssimas ondulações da Fóia e da picota, mas morrendo em linhas azuladas, como que esvaídas, direito ao mar e acamando, a levante, em aveludadas ondas de musselina… Singular e pacificador panorama por onde, com a alma,a vista se me alongava infinitamente apaziguada!

  • Notas Biográficas

Estudou "(...)no Colégio de São Luís Gonzaga, em Portimão. Aos dez anos foi enviado para o Seminário Maior de Coimbra e posteriormente matriculou-se em Medicina, na Universidade de Coimbra. Colaborou em revistas e jornais, entre eles O Primeiro de Janeiro, Folha Nova, Arte & vida (1904-1906), Atlântida (1915-1920), no periódico O Azeitonense (1919-1920) e ainda no Boletim do Sindicato Nacional dos Jornalistas (1941-1945). A 20 de Março de 1919 foi distinguido com a Grã-Cruz da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico. Patrono de um agrupamento de escolas em Portimão e de uma escola básica do Agrupamento de Escolas Santa Maria dos Olivais, em Lisboa. Cedo desistiu do curso, contrariando a vontade do pai. Muda-se então para Lisboa, onde pertence ao círculo intelectual de Fialho de Almeida e João de Deus. Mais tarde, conhecerá outros vultos importantes da cultura literária da época, como Marcelino Mesquita, Gomes Leal e António Nobre. "(...)Teixeira Gomes desenvolveu uma forte tendência para as artes, nomeadamente na literatura, não deixando contudo de admirar a escultura e a pintura, tornando-se amigo de mestres como Columbano Bordalo Pinheiro ou Marques de Oliveira.
Pode ler o artigo completo em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Teixeira_Gomes

LibrosManuelTeixeira.JPG

  • Bibliografia

- Inventário de Junho (1899)
- Cartas sem Moral Nenhuma (1904)
- Agosto Azul (1904)
- Sabina Freire (1905)
- Desenhos e Anedotas de João de Deus (1907)
- Gente Singular (1909)
- Cartas a Columbano (1932)
- Novelas Eróticas (1935)
- Regressos (1935)
- Miscelânea (1937)
- Maria Adelaide (1938)
- Carnaval Literário (1938)

  • Pode saber mais sobre Manuel Teixeira Gomes nos seguintes links:

- Site da Presidência da República
- 2017 - "Manuel Teixeira Gomes, a história do Presidente da República que cultivava o hedonismo e a sensualidade sem constrangimentos"
- Repositório digital dedicado exclusivamente a Manuel Teixeira Gomes pelo Isntitudo da Cultura Ibero-Atlântica
- 2010 - Direto da jornalista Helena Figueiras a partir da Casa Manuel Teixeira Gomes em Portimão, sobre as iniciativas que integram as comemorações nacionais dos 150 anos do nascimento de Manuel Teixeira Gomes, político, escritor e Ex. Presidente da República.
-2017 - "Entre a vida e o sonho da escrita: Manuel Teixeira Gomes" onde se informa da reedição da Obra Completa de Manuel Teixeira Gomes, pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda.
- 2020 - "Memórias Breves: Manuel Teixeira Gomes, Um homem na Europa" artigo de Teodomiro Neto.
- Página do Dicionárip de Personagens da Ficção Portuguesa sobre o autor
- 2017 - Notícia da Câmara Municipal de Loulé sobre a apresentação da"BIOGRAFIA DE MANUEL TEIXEIRA GOMES" na Biblioteca de Loulé da autoria de José Alberto Quaresma, com apresentação a cargo de Joaquim Romero Magalhães.