Difference between revisions of "Carlos, Adelino da Palma"

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  Escritor. Professor universitário. Primeiro-ministro do I Governo Provisório de 16 de Maio a 18 de Julho de 1974. Advogado. Político. Bastonário da Ordem dos Advogados entre 1951 e 1956. Grão-mestre do Grande Oriente Lusitano. <br />
 
  Escritor. Professor universitário. Primeiro-ministro do I Governo Provisório de 16 de Maio a 18 de Julho de 1974. Advogado. Político. Bastonário da Ordem dos Advogados entre 1951 e 1956. Grão-mestre do Grande Oriente Lusitano. <br />
  
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Poema de Adelino Palma Carlos publicado no jornal "Alma Nova" de Dezembro 1924. <br />
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*'''Notas Biográficas'''<br />
 
*'''Notas Biográficas'''<br />
  
'''Adelino da Palma Carlos''' licenciou-se em Direito, em 1926, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, com a mais alta classificação do seu curso. Inicia, então a sua atividade de advogado, abrindo o escritório, atualmente designado de A. Palma Carlos. Alcançou notoriedade na defesa dos revolucionários da revolta de 7 de Fevereiro de 1927, entre as quais os chefes da revolta, general Adalberto Gastão de Sousa Dias e coronel Fernando Freiria. Também participou na defesa dos implicados no movimento revolucionário de 10 de Abril de 1947, no processo relativo à validade do testamento de Calouste Gulbenkian, no processo da herança Sommer e na defesa do Jornal República, acusado de abuso de liberdade de imprensa. Ao longo da sua carreira viria a defender várias personalidades ligadas à oposição ao Estado Novo, de que se destacam José Norton de Matos, Bento de Jesus Caraça, Mário de Azevedo Gomes, João Lopes Soares e Vasco da Gama Fernandes. Foi, ainda, juntamente com Mário Soares, advogado da causa dinástica de D. Maria Pia de Saxe-Coburgo Gotha e Bragança. Foi mandatário perante o Supremo Tribunal de Justiça do general Norton de Matos, no processo da sua candidatura à Presidência da República nas eleições presidenciais de 1949. Ainda estudante publica as obras: Brumas Doiradas (1922) e Natal (1923), também neste ano funda a Liga da Mocidade Republicana, juntamente com Rodrigues Miguéis e Fernando Mayer Garção. Pela mesma altura foi escolhido para delegado da Faculdade à Federação Académica. Dotado de uma personalidade forte, inteligente, culto e de extraordinária capacidade de trabalho foi primeiro-ministro do I Governo Provisório. Eleito bastonário da Ordem dos Advogados Portugueses foi durante o seu mandato aprovado o regulamento da Caixa de Previdência dos Advogados, aderindo à Union Internationale dês Avocats (da qual foi o primeiro presidente português) e à International Bar Associatione, o que granjeou prestígio internacional à Ordem. Como membro da Maçonaria, integrou as Lojas Montanha, Acácia e Rebeldia. Nesta organização desempenhou diversos cargos, como Presidente do Grande Tribunal Maçónico, membro do Supremo Conselho, Soberano Grande Comendador. Com a  obtenção do grau 33 foi convidado para Grão-Mestre, cargo que recusou, contudo foi ainda grão-mestre do Grande Oriente Lusitano, a principal organização da maçonaria portuguesa. Das várias condecorações recebidas por Palma Carlos, destacam-se a Legião de Honra, o Grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade, as Grã-Cruzes da Ordem Mexicana do Direito e da Cultura e da Ordem Militar de Cristo.  https://pt.wikipedia.org/wiki/Adelino_da_Palma_Carlos e https://ruascomhistoria.wordpress.com/2016/09/26/marido-e-mulher-na-toponimia-do-mesmo-municipio-2/<br />
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'''Adelino da Palma Carlos''' licenciou-se em Direito, em 1926, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Inicia, então a sua atividade de advogado. Alcançou notoriedade na defesa dos revolucionários da revolta de 7 de Fevereiro de 1927, entre as quais os chefes da revolta, general Adalberto Gastão de Sousa Dias e coronel Fernando Freiria. Também participou na defesa dos implicados no movimento revolucionário de 10 de Abril de 1947, no processo relativo à validade do testamento de Calouste Gulbenkian, no processo da herança Sommer e na defesa do Jornal República, acusado de abuso de liberdade de imprensa. Ao longo da sua carreira viria a defender várias personalidades ligadas à oposição ao Estado Novo, de que se destacam José Norton de Matos, Bento de Jesus Caraça, Mário de Azevedo Gomes, João Lopes Soares e Vasco da Gama Fernandes. Foi, ainda, juntamente com Mário Soares, advogado da causa dinástica de D. Maria Pia de Saxe-Coburgo Gotha e Bragança. Foi mandatário perante o Supremo Tribunal de Justiça do general Norton de Matos, no processo da sua candidatura à Presidência da República nas eleições presidenciais de 1949. Ainda estudante publica as obras: Brumas Doiradas (1922) e Natal (1923), também neste ano funda a Liga da Mocidade Republicana, juntamente com Rodrigues Miguéis e Fernando Mayer Garção. Pela mesma altura foi escolhido para delegado da Faculdade à Federação Académica. Dotado de uma personalidade forte, inteligente, culto e de extraordinária capacidade de trabalho foi primeiro-ministro do I Governo Provisório. Foi bastonário da Ordem dos Advogados Portugueses, recebendo várias condecorações ao longo da sua vida.
  
  
 
*'''Bibliografia'''
 
*'''Bibliografia'''
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- Brumas Doiradas, [S.l.: s.n.], 1922 (Lisboa – Tip. do Eco Musical). [poesia]<br />
 
- Natal, s.l. [Faro], s.d.[1923] [poesia]<br />
 
- Natal, s.l. [Faro], s.d.[1923] [poesia]<br />
- Brumas Doiradas, [S.l.: s.n.], 1922 (Lisboa – Tip. do Eco Musical). [poesia]<br />
 
 
- Apontamentos de Direito Comercial, Centro Tip. Colonial, Lisboa, 1924<br />
 
- Apontamentos de Direito Comercial, Centro Tip. Colonial, Lisboa, 1924<br />
 
- Código de Processo Civil anotado, Procural, Lisboa, 1940<br />
 
- Código de Processo Civil anotado, Procural, Lisboa, 1940<br />
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- José Dias Ferreira, Lisboa, 1958 [sep. Jornal do Foro]<br />
 
- José Dias Ferreira, Lisboa, 1958 [sep. Jornal do Foro]<br />
  
Para além de ter colaborado em várias publicações periódicas, entre as quais A Comédia (Lisboa, 1921–1924), O Corvo (Évora, 1921–1976), Correio Teatral (Faro, 1923–1924), De Portugal (Lisboa, 1924–1925), Fórum (Lisboa, periódico jurídico do qual foi diretor a partir de 1932).<br />
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Colaborou em várias publicações periódicas, entre as quais A Comédia (Lisboa, 1921–1924), O Corvo (Évora, 1921–1976), Correio Teatral (Faro, 1923–1924), De Portugal (Lisboa, 1924–1925), Fórum (Lisboa, periódico jurídico do qual foi diretor a partir de 1932).<br />
  
*'''Condecorações''' com os graus de:
 
  
- Cavaleiro da Ordem Nacional da Legião de Honra de França (13 de Maio de 1958)<br />
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- Colar com Placa e Banda de Honra da Ordem do Direito e da Cultura do México (4 de Outubro de 1961)<br />
 
- Grande-Oficial da Ordem da Liberdade de Portugal (14 de Abril de 1982)<br />
 
- Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo de Portugal (5 de Abril de 1984)<br />
 
- Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal (9 de Dezembro de 1991)<br />
 

Latest revision as of 14:58, 13 October 2022

Adelino.jpeg Adelino3.jpg Adelino1.png Adelino2.jpg

  • Adelino Hermitério da Palma Carlos

Faro, 03/03/1905 - Lisboa, 25/10/1992.

Escritor. Professor universitário. Primeiro-ministro do I Governo Provisório de 16 de Maio a 18 de Julho de 1974. Advogado. Político. Bastonário da Ordem dos Advogados entre 1951 e 1956. Grão-mestre do Grande Oriente Lusitano. 

PalmaCarlosAlmaNova.JPG

Poema de Adelino Palma Carlos publicado no jornal "Alma Nova" de Dezembro 1924.
AlmaNova,PalmaCarlos.JPG

  • Notas Biográficas

Adelino da Palma Carlos licenciou-se em Direito, em 1926, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Inicia, então a sua atividade de advogado. Alcançou notoriedade na defesa dos revolucionários da revolta de 7 de Fevereiro de 1927, entre as quais os chefes da revolta, general Adalberto Gastão de Sousa Dias e coronel Fernando Freiria. Também participou na defesa dos implicados no movimento revolucionário de 10 de Abril de 1947, no processo relativo à validade do testamento de Calouste Gulbenkian, no processo da herança Sommer e na defesa do Jornal República, acusado de abuso de liberdade de imprensa. Ao longo da sua carreira viria a defender várias personalidades ligadas à oposição ao Estado Novo, de que se destacam José Norton de Matos, Bento de Jesus Caraça, Mário de Azevedo Gomes, João Lopes Soares e Vasco da Gama Fernandes. Foi, ainda, juntamente com Mário Soares, advogado da causa dinástica de D. Maria Pia de Saxe-Coburgo Gotha e Bragança. Foi mandatário perante o Supremo Tribunal de Justiça do general Norton de Matos, no processo da sua candidatura à Presidência da República nas eleições presidenciais de 1949. Ainda estudante publica as obras: Brumas Doiradas (1922) e Natal (1923), também neste ano funda a Liga da Mocidade Republicana, juntamente com Rodrigues Miguéis e Fernando Mayer Garção. Pela mesma altura foi escolhido para delegado da Faculdade à Federação Académica. Dotado de uma personalidade forte, inteligente, culto e de extraordinária capacidade de trabalho foi primeiro-ministro do I Governo Provisório. Foi bastonário da Ordem dos Advogados Portugueses, recebendo várias condecorações ao longo da sua vida.


  • Bibliografia

Brumas.jpg

- Brumas Doiradas, [S.l.: s.n.], 1922 (Lisboa – Tip. do Eco Musical). [poesia]
- Natal, s.l. [Faro], s.d.[1923] [poesia]
- Apontamentos de Direito Comercial, Centro Tip. Colonial, Lisboa, 1924
- Código de Processo Civil anotado, Procural, Lisboa, 1940
- Homens do Foro - a vida e a ficção, Lisboa, 1954 [sep. Revista da Ordem dos Advogados, n.º 13]
- Manuel Borges Carneiro, Lisboa, 1956 [sep. Revista da Ordem dos Advogados, n.º 13]
- José Dias Ferreira, Lisboa, 1958 [sep. Jornal do Foro]

Colaborou em várias publicações periódicas, entre as quais A Comédia (Lisboa, 1921–1924), O Corvo (Évora, 1921–1976), Correio Teatral (Faro, 1923–1924), De Portugal (Lisboa, 1924–1925), Fórum (Lisboa, periódico jurídico do qual foi diretor a partir de 1932).