Pinheiro, António

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  • António José Pinheiro

Tavira, 21/12/1867 - Lisboa, 02/03/1943

Ator. Realizador. Argumentista. Escritor. Professor. Ensaiador. Encenador.


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  • Notas Biográficas

António Pinheiro frequentou o curso de Medicina na Faculdade de Lisboa que não conclui para estudar teatro no Conservatório Nacional, onde mais tarde viria a ser professor. É considerado uma das principais figuras do teatro português de finais do século XIX e da primeira metade do século XX, tendo-se estreado em 1886 no Teatro Ginásio em "Nobres e Plebeus". Era um acérrimo crítico das representações exageradas típicas do Romantismo, defendendo, contrariamente, que o palco deveria dar lugar a uma representação da autenticidade da vida. Em abono desta tese escreveu artigos onde expôs o que deve ser a representação, os figurinos e a encenação, pelo que advogava a reformulação do curso profissional de teatro, além disso entendia a responsabilização da classe artística, como defesa dos direitos desta classe. Em nome dessa responsabilização e desses direitos foi pioneiro no associativismo no campo teatral criando a Caixa de Socorros dos Artistas do Theatro D. Amélia em 1902, fundando a Associação de Actores Dramáticos, em 1907. Esta organização visava melhorar as condições laborais dos atores, fazendo frente às imposições dos empresários. Mais tarde, em 1915, organizou a Associação de Classe dos Trabalhadores de Teatro, cujos estatutos elaborou, e é dessa associação que surgirá o Grémio dos Artistas Teatrais. Em 1910, integra o elenco do filme mudo brasileiro "Os Milagres de Nossa Senhora da Penha" e em Portugal "Os Fidalgos da Casa Mourisca" e "Amor de Perdição", ambos de Georges Pallu. Como realizador, estreou-se no filme mudo Tinoco em Bolandas, tendo também realizado e interpretado "Tragédia de Amor", ambos em 1924. A sua última representação em palco foi a de "Cardeal D. Henrique" na peça D. Sebastião, em 1933, no Teatro Nacional D. Maria II. É patrono do Cine-Teatro, em Tavira, que desta forma tributou esta grande figura da arte de Talma, foi, ainda, agraciado, a 2 de março de 1939, com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.


  • Bibliografia:

- Teatro Português, 1901;
- Opereta Portuguesa, 1912;
- Ossos do Ofício, 1912;
- Coisas da Vida (memórias), 1923;
- Estética e Plástica Teatral, 1925;
- Contos Largos, 1929.