Marques, Agripina Costa
Agripina Jacinta Costa Marques Ramos Rosa
Lisboa, 1929
Poeta. Tradutora. Diretora do setor de exportações/importações numa empresa de Lisboa.
- Excerto do livro:Ciclos, Fragmentos, Idades(p.99)
Na rara limpidez, a fragrância
mais pura consagra o dia pleno
a floração das rosas.
Rompem a obscuridade, de coração
vibrante. Deslumbram:
os raios solares, a seiva ardente.
Cálices em avidez fruindo a luz.
- Excerto do livro:Ciclos, Fragmentos, Idades(p.126)
Quando se vela a luz numa penumbra
mais fundamente no teu reconhecimento
evocas a Presença em recíproco apelo.
Com o olhar renovado na abolição do tempo
de novo acedes à invisível luz que em ti reside
– que sem te abandonar por excesso é dispersa
sob a expansão de um dilúvio solar.
- Excerto do livro:Ciclos, Fragmentos, Idades
O princípio onde tudo se forma
é o interior recôndito,
centro gerador, fonte ou matriz
virtual da integridade,
permeável à onda vibratória
que avassala. Dinamizante foco:
a chama reconverte em inteiro
espaço; retorno em nascimento.
- Poema manuscrito Louvar o Sol
https://lusografias.wordpress.com/2016/06/30/agripina-costa-marques-velar-a-luz/
- Notas Biográficas
Agripina Jacinta Costa Marques Ramos Rosa, poetisa, usa no nome literário os apelidos de batismo. Nasceu em Lisboa, trabalhou como tradutora para as Publicações Europa-América e dirigiu o sector de exportações e importações numa empresa sediada na mesma cidade. Revela-se nos anos noventa do século passado como poeta. A sua primeira obra Rotações (1991), tem como coautores Carlos Poças Falcão e António Ramos Rosa, seu companheiro de vida desde 1963.
In: https://acpc.bnportugal.gov.pt/colecoes_autores/n88_marques_agripina.html
- Bibliografia
Rotações (1991)coautores Carlos Poças Falcão e António Ramos Rosa
O Centro Inteiro (1993)António Magalhães e Ramos Rosa
'Instantes'
Permanência (1993; com 2ª ed. em 2004)
Diário Intermitente (1996),
Ciclos, Fragmentos, Idades (1998)
Sonhos (2000, com 2ª ed. em 2001)
Morada Recôndita (2012)