Difference between revisions of "Gomes, Elviro Rocha"

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-2010 [http://elvirismos.blogspot.com/ - Blogue de homenagem do filho Jaime Gomes para divulgação da sua obra. Segundo as suas palavras "Este é um blogue em memória do meu pai, Elviro Augusto Rocha Gomes, poeta e escritor. Aqueles que quiserem adicionar poemas ou excertos de textos da autoria do meu pai, serão bem vindos. Muitos são versos cómicos, com uma inocência e candura que espelham a personalidade única do autor, que adorava “entreter”. Mas também há os poemas sentidos, que nos fazem sonhar e os poemas críticos às injustiças do mundo que nos fazem pensar."]<br />
 
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Elviro Augusto da Rocha Gomes.

Poeta e ensaísta.
Nasceu em Constância em 28 de Outubro de 1918 e faleceu em Faro, em Agosto de 2009 Licenciado em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra, foi professor em Coimbra, no Liceu Camões, em Lisboa, e nos liceus do Funchal, Viana do Castelo e Faro, onde finalmente se fixou.
Foi director do Círculo Cultural do Algarve, sucedendo a Joaquim Magalhães (seu fundador), onde proferiu inúmeras conferências. Em 1990 foi-lhe atribuída a Medalha de Mérito, Grau Ouro, pelo Município de Faro, pelos serviços prestados nas áreas da educação e da cultura.

  • «Octopa, octopa!

Mónica canhoto,
mulher prazenteira,
era já velhinha
mãe trabalhadeira.

Sendo testemunha,
segundo se diz
lá no tribunal
disse-lhe o juiz:

-Em que é que se ocupa
Diga lá, mulher!
E então prontamente
pôs-se a responder:

-Ai, octopa octopa!
Que ofício esquisito!
(lhe diz o juiz)
Deve ser bonito!

Quê? Octopa? Octopa?
Em que é que trabalha?
Vai ela, explicou:
-Ó que topa! Ó calha.»

Publicado em "O Século", na rubrica "Pim, pam pum"


  • Biografia
Elviro da Rocha Gomes, ilustre constanciense, poeta, escritor, tradutor e publicista, é reconhecido como responsável pela divulgação no nosso país de poetas de língua alemã.
Elviro Augusto da Rocha Gomes nasceu em Constância em 28 de Outubro de 1918 e faleceu em Agosto de 2009. Era filho de Isidoro da Silva Gomes (escritor e autor de «Ímpetos Naturais» sobre Constância) e de Georgina Rocha, filha do marítimo João Rocha, a qual terá falecido aos 36 anos de idade, em Macedo de Cavaleiros.
Escreveu para jornais e revistas, realçando-se: “Diário do Norte”, “Aurora do Lima”, “Gazeta do Sul”, “Algarve Ilustrado” e “O Algarve”, entre outros. Segundo o Jornal «Região Sul,(...) Elviro Gomes marcou, «pela sua forma diferente de ensinar, gerações de alunos que passaram pelo Liceu de Faro». Em 1990, foi-lhe mesmo atribuída a Medalha de Mérito, Grau Ouro, pelo Município, «pelos serviços relevantes nas áreas da educação e da cultura». De acordo com o mesmo órgão de imprensa, «Elviro publicou dezenas de obras de poesia, boa parte com ilustrações de capa de Vicente de Brito e de José Maria Oliveira, sempre em edições de autor, que pontualmente oferecia a amigos, com a devida dedicatória".
In:https://porabrantes.blogs.sapo.pt/para-um-roteiro-literario-de-constancia-6010967


  • Bibliografia

Ensaio

A alma nos grandes romances de Hermann Stehr, (1943)
Albert Scheweizer (1957)
O que eles disseram de Portugal, (1960)
Vulpes Fabulosa (1960)
Astros com luz própria (1961)
Goethe (1962)
A rosa na poesia (1962)
Aves poéticas (1963)
Apontamentos de literatura alemã (1966)
Dificuldade de pensamento (1968)
Impressões sobre poetas (1972)
A ilha de Man (1973)
Luz e lume na obra de Teixeira Gomes (1980)
Hitler (1981)
O riso de Fialho d’Almeida (1981)
A crítica social na obra de Assis Esperança (1981)
Enredando enredos (1982).

Poesia

Deixaste cair uma rosa (1955)
Rua Longa (1956) José (1958)
O longe e o perto (1960)
O sul do meu país (1960)
Helen Keller (1961)
Entre parêntesis (1961)
Bom tom (1963)
Desenhos de alma (1964)
Aceitar (1965)
Sorridente (1968)
Com licença (1969)
O dia do pai (1969)
A bruxa (1973)
25 de Abril (1974)
Entender (1987)
Ilusão (1988)
Tréguas (2000)

Ficção em prosa

Libelinha (1962)
Nem sempre (1967)
Nel (1971).

Teatro

Crueldade (1959)
Leopoldo Salvaterra (1959)

Estudos linguísticos

Glossário sucinto para compreender Emiliano da Costa (1956)
Glossário sucinto para compreender Aquilino Ribeiro (s.d.)
Como falam os alemães (1974)
Mostra a tua língua (1982).

Traduções

Em Prosa

Educação e ensino nas escolas secundárias alemães (1943)
A aranha negra, de Jeremias Gotthelf (s.d.)
Um íntimo furor, de Kamala Markandaya (s.d.)v

em verso
Ramo de flores exóticas (1959)
Poetas que a guerra emudeceu (1964)

Inéditos

Henrique Verde (romance de Gottfried Keller -tradução)
O jardim sem estações do ano (contos orientais de Max Dauthendey, (tradução)
O candeeiro (Comédia)


Estreou-se aos quatorze anos como poeta no «Pim-Pam-Pum» (suplemento inantil do jornal O Século, tendo também colaborado no Tic-Tac (que se publicou entre 1930 e 1937), O Gaiato: semanário infantil, dirigido por Alice Ogando, Civilização, dirigido por Ferreira de Castro e Campos Monteiro, Notícias Ilustrado e Folha de Vila Verde. Mais tarde passou a colaborar em vários jornais e revistas, como: Labor, Correio do Sul, Algarve, Gazeta do Sul, Aurora do Lima, Vértice, Diário de Lisboa, Diário Ilustrado, Voz da Madeira, República, O Primeiro de Janeiro (página de «Artes e Letras») e Anais do Município de Faro.É autor de um Glossário sucinto para melhor compreensão de Aquilino Ribeiro, e traduziu Um Íntimo Furor, de Kamala Markandala (1958), e alguns ensaios de língua alemã In:https://www.escritas.org/pt/bio/elviro-da-rocha-gome



Elviro Gomes é considerado como um dos vultos incontornáveis da cultura farense. Tal reconhecimento levou à criação em 2019, pela União das Freguesias de Faro (Sé e São Pedro), Concurso Literário da União das Freguesia de Faro – “Elviro da Rocha Gomes”. O objetivo é, cita-se, «incentivar a criatividade e a produção literária em poesia e prosa, contribuindo-se assim para a defesa e enriquecimento da Língua Portuguesa e também para homenagear o poeta, professor e escritor Elviro da Rocha Gomes».

Jaime Gomes, filho do literato, tem procurado recolher e divulgar através do seu blog, a obra do pai. «Muitos são versos cómicos, com uma inocência e candura que espelham a personalidade única do autor, que adorava “entreter”. Mas também há os poemas sentidos, que nos fazem sonhar e os poemas críticos às injustiças do mundo que nos fazem pensar».

Exemplo desses versos cómicos? João Villaret leu na TV o poema «Vou de coche», de Elviro, que repesquei do blog de um seu sobrinho. Mas também há os poemas críticos que não perdem a sua actualidade…

«Os enganadores»

Agora os que nos mentem

e dizem que não mentem

os do conto do vigário,

os de lindas falas que induzem em erro

e os oráculos de Delfos

que eram vozes de pessoas escondidas:

a esses o desprezo.

Digam todos comigo:

Abaixo a exploração da boa fé!»


José Luz (Constância)

PS – não uso o dito AOLP. Na presente crónica procuro apenas compilar dados existentes e disponíveis. http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/EFEMERIDES/PonteSobreoTejo/Imprensa/OAlgarve_21Ago1966.pdf

Octopa Posted on 29 Maio, 2013 13:57 by ateneulivros Comment Octopa Octopa «€15.00» Elviro Rocha Gomes – Octopa – Edição de Autor – Faro – 1983. Desc. 85 pág / 21 cm x 15 cm / Br. – Edição 500 exemplares – «Com Autografo»

https://ateneulivros.com/?p=13549

(1918- 2009) O Professor Elviro Augusto da Rocha Gomes, natural de Constância, foi licenciado em Germânicas pela Universidade de Coimbra, onde leccionou, tendo posteriormente passado por liceus de Lisboa, Funchal e Viana do Castelo, vindo a fixar-se em Faro, onde desenvolveu grande parte da sua actividade de professor. Elviro Rocha Gomes foi poeta, escritor, tradutor e publicista, sendo responsável pela divulgação em Portugal de poetas de Língua alemã. Foi Director do Círculo Cultural do Algarve e responsável por um sem número de conferências que marcaram a vida cultural do Algarve em meados do século passado, tendo escrito para jornais e revistas, com destaque para “Diário do Norte”, “Aurora do Lima”, “Gazeta do Sul”, “Algarve Ilustrado” e “O Algarve”, entre outros. Elviro da Rocha Gomes marcou, pela sua forma diferente de ensinar, gerações de alunos que passaram pelo Liceu de Faro, tendo-lhe sido atribuída a Medalha de Mérito, Grau Ouro, pelo Município, em 1990, pelos serviços relevantes nas áreas da educação e da cultura. Publicou dezenas de obras de poesia, boa parte com ilustrações de capa de Vicente de Brito e de José Maria Oliveira, sempre em edições de autor, que pontualmente oferecia a amigos, com a devida dedicatória.

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https://imagenscompoemas.blogspot.com/2010/ Ovelha tosquiada

Tosquiaram a ovelha. Parece uma velha. Tão lisa e tão fria parece uma rã. Umas mãos hábeis roubaram-lhe o garbo tirando-lhe a lã. Assim ficou nua no meio do prado. Anda vaidade passeando na rua com lã que era sua. E ela anda nua.

Elviro Rocha Gomes (poeta popular - Faro)

Garça Real

Ó garça que agora moras Na mesma casa que eu onde estou eu também tu consideras tudo teu

Ó garça que voas alto e entre as nuvens perpassas lá em cima é só passeio ou alguma coisa caças?

Ó garça que me acompanhas em horas de solidão és tão meiga como um gato e tão fial como um cão

Só tens um grande defeito ás muito desconfiada quando vem alguém a casa ficas logo desconfiada

Ó garça não tenhas medo que ninguém te fará mal desejam é fazer festas à minha garça real

por agora aqui termino este meu canto corrido E mais não digo p´ra que ele não seja muito comprido.

Elviro Rocha Gomes Poeta popular


A 27 de janeiro de 1945 as tropas soviéticas chegaram ao campo de concentração de Auschwit e libertaram os sobreviventes.

Tenho em casa uma brochura do meu velho professor de liceu Elviro Rocha Gomes, intitulada “Hitler – Quem foi e como chegou ao poder”, um libelo acusatório implacável do nazismo e do seu chefe.

Essa brochura abre com os números do holocausto. Entre muitos outros: “250 mil ou talvez perto de 300 mil (mortos) só em 1944, em Auschwitz; 8 milhões de mártires, ao todo, em todos os campos de concentração.”

Para que conste neste triste aniversário. Publicada por Eduardo Graça à(s) 10:00

  • Para saber mais sobre o Professor Elviro Rocha Gomes, pode consultar os seguintes links:

-2010 - homenagem do neto João Naylor com o título "O meu avô Elviro" onde recorda alguns episódios da sua vida em comum

-2010 - Blogue de homenagem do filho Jaime Gomes para divulgação da sua obra. Segundo as suas palavras "Este é um blogue em memória do meu pai, Elviro Augusto Rocha Gomes, poeta e escritor. Aqueles que quiserem adicionar poemas ou excertos de textos da autoria do meu pai, serão bem vindos. Muitos são versos cómicos, com uma inocência e candura que espelham a personalidade única do autor, que adorava “entreter”. Mas também há os poemas sentidos, que nos fazem sonhar e os poemas críticos às injustiças do mundo que nos fazem pensar."

-    [http://absorto.blogspot.com/2019/01/auschwitz.html