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− | Faro, 1879 | + | Faro, 1879 - Lisboa 04/02/1968<br /> |
Investigador. Publicista. | Investigador. Publicista. | ||
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− | '''Honorato Santos''' viveu em Coimbra e Lisboa e de acordo com Vilhena Mesquita era um cidadão muito estimado e bastante respeitado entre os seus conterrâneos(...). Possuía uma privilegiada memória, era inteligente, perspicaz e persistente na sua avidez pelo conhecimento. Tornou-se conhecido pela sua natural apetência para a música, sendo um apreciado instrumentista de piano, frequentador das nobres tertúlias citadinas.(...)Tanto em Faro como em Olhão o nome do '''Honorato Santos''' era sinónimo de louvável dedicação à leitura, de rara persistência ao estudo e de forte apego à investigação histórica. As centenas de nótulas e pequenos artigos sobre “Velharias Históricas do Algarve” valeram-lhe a nomeação para o Instituto Arqueológico do Algarve, que era aliás o único título de que se orgulhava, e do qual fazia alarde nos seus cartões de visita.<br />Desempenhou diferentes cargos públicos na cidade de Faro, nomeadamente na Fazenda Pública, na Câmara e na Junta Escolar de Faro. Também dava aulas particulares de piano(...) era vice-cônsul honorário da Bolívia em Faro e (...) destacou-se no Sindico da Ordem Terceira de S. Francisco de Faro, prestando relevantes serviços de assistência social, no combate à indigência e no auxílio à saúde pública.<br />(...)A maioria [dos] estudos, ou pequeníssimas monografias, “editou-as” ele em curiosos caderninhos manuscritos, guarnecidos com belas molduras geométricas, de cornucópias e arabescos coloridos, ilustrados com o brasão de Faro, esquissos de monumentos e outros desenhos, a maioria dos quais muito infantis e meramente decorativos. Esses “canhenhos” de notas históricas - encapados em papel de fantasia com motivos florais, ou em papel vegetal de diferentes cores – “editava-os” em várias cópias manuscritas, oferecendo-os ainda em vida aos amigos e familiares, encontrando-se hoje dispersos pelas bibliotecas regionais, pelas livrarias particulares de alguns bibliófilos (como é o meu caso) e até pelos alfarrabistas, que os vendem como preciosidades da historiografia regional. Os exemplares que possuo estão datados de Lisboa na década de cinquenta, mas tenho um exemplar sobre o brasão de Faro datado de 1941. | + | '''Honorato Santos''' viveu em Coimbra e Lisboa e de acordo com Vilhena Mesquita era um cidadão muito estimado e bastante respeitado entre os seus conterrâneos(...). Possuía uma privilegiada memória, era inteligente, perspicaz e persistente na sua avidez pelo conhecimento. Tornou-se conhecido pela sua natural apetência para a música, sendo um apreciado instrumentista de piano, frequentador das nobres tertúlias citadinas.(...). Tanto em Faro como em Olhão o nome do '''Honorato Santos''' era sinónimo de louvável dedicação à leitura, de rara persistência ao estudo e de forte apego à investigação histórica. As centenas de nótulas e pequenos artigos sobre “Velharias Históricas do Algarve” valeram-lhe a nomeação para o Instituto Arqueológico do Algarve, que era aliás o único título de que se orgulhava, e do qual fazia alarde nos seus cartões de visita.<br />Desempenhou diferentes cargos públicos na cidade de Faro, nomeadamente na Fazenda Pública, na Câmara e na Junta Escolar de Faro. Também dava aulas particulares de piano(...) era vice-cônsul honorário da Bolívia em Faro e (...) destacou-se no Sindico da Ordem Terceira de S. Francisco de Faro, prestando relevantes serviços de assistência social, no combate à indigência e no auxílio à saúde pública.<br />(...)A maioria [dos] estudos, ou pequeníssimas monografias, “editou-as” ele em curiosos caderninhos manuscritos, guarnecidos com belas molduras geométricas, de cornucópias e arabescos coloridos, ilustrados com o brasão de Faro, esquissos de monumentos e outros desenhos, a maioria dos quais muito infantis e meramente decorativos. Esses “canhenhos” de notas históricas - encapados em papel de fantasia com motivos florais, ou em papel vegetal de diferentes cores – “editava-os” em várias cópias manuscritas, oferecendo-os ainda em vida aos amigos e familiares, encontrando-se hoje dispersos pelas bibliotecas regionais, pelas livrarias particulares de alguns bibliófilos (como é o meu caso) e até pelos alfarrabistas, que os vendem como preciosidades da historiografia regional. Os exemplares que possuo estão datados de Lisboa na década de cinquenta, mas tenho um exemplar sobre o brasão de Faro datado de 1941. Este autor farense é hoje considerado uma referência da região. <br />In: https://promontoriodamemoria.blogspot.com/2022/01/honorato-santos-um-ignorado-historiador.html |
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Honorato Artur Pires da Silva Santos
Faro, 1879 - Lisboa 04/02/1968
Investigador. Publicista.
- Notas Biográficas
Honorato Santos viveu em Coimbra e Lisboa e de acordo com Vilhena Mesquita era um cidadão muito estimado e bastante respeitado entre os seus conterrâneos(...). Possuía uma privilegiada memória, era inteligente, perspicaz e persistente na sua avidez pelo conhecimento. Tornou-se conhecido pela sua natural apetência para a música, sendo um apreciado instrumentista de piano, frequentador das nobres tertúlias citadinas.(...). Tanto em Faro como em Olhão o nome do Honorato Santos era sinónimo de louvável dedicação à leitura, de rara persistência ao estudo e de forte apego à investigação histórica. As centenas de nótulas e pequenos artigos sobre “Velharias Históricas do Algarve” valeram-lhe a nomeação para o Instituto Arqueológico do Algarve, que era aliás o único título de que se orgulhava, e do qual fazia alarde nos seus cartões de visita.
Desempenhou diferentes cargos públicos na cidade de Faro, nomeadamente na Fazenda Pública, na Câmara e na Junta Escolar de Faro. Também dava aulas particulares de piano(...) era vice-cônsul honorário da Bolívia em Faro e (...) destacou-se no Sindico da Ordem Terceira de S. Francisco de Faro, prestando relevantes serviços de assistência social, no combate à indigência e no auxílio à saúde pública.
(...)A maioria [dos] estudos, ou pequeníssimas monografias, “editou-as” ele em curiosos caderninhos manuscritos, guarnecidos com belas molduras geométricas, de cornucópias e arabescos coloridos, ilustrados com o brasão de Faro, esquissos de monumentos e outros desenhos, a maioria dos quais muito infantis e meramente decorativos. Esses “canhenhos” de notas históricas - encapados em papel de fantasia com motivos florais, ou em papel vegetal de diferentes cores – “editava-os” em várias cópias manuscritas, oferecendo-os ainda em vida aos amigos e familiares, encontrando-se hoje dispersos pelas bibliotecas regionais, pelas livrarias particulares de alguns bibliófilos (como é o meu caso) e até pelos alfarrabistas, que os vendem como preciosidades da historiografia regional. Os exemplares que possuo estão datados de Lisboa na década de cinquenta, mas tenho um exemplar sobre o brasão de Faro datado de 1941. Este autor farense é hoje considerado uma referência da região.
In: https://promontoriodamemoria.blogspot.com/2022/01/honorato-santos-um-ignorado-historiador.html
Bibliografia
O espólio deste escritor algarvio é constituído por 21 monografias regionais e artísticas e várias cópias autógrafas de cartas que o autor enviou a personalidades importantes da época.
As monografias são todas- autógrafas e quase sempre apresentam, paginas de rosto adornadas com desenhos coloridos feitos pelo próprio. Versam temas histórico-artísticos da região
algarvia fruto das investigações do autor, e algumas foram apresentadas em conferências públicas:
Do Guadiana ao Guadalquivir
Mistura de Vários assuntos interessantes sobre o Algarve;
Aben Mafon no Algarve;
Biographia de três homens notáveis D. José Sebastião Neto (Bispo), Pe. Vicente Salgado, Dr. João Baptista Lopes;
Recordando o passado;
O Escudo de Faro;
Notas importantes sobre a Historia de Portugal;
Divagações minhas;
Notas interessantes de Faro Antiga;
D. Francisca de Aragão;
O Monumento da Senhora da Estrela em Faro;
Defeza da Tese de Doutoramento em Coimbra;
João Avoym;
O Bispo D. Jerónimo Osório;
O Palácio Olhão;
A Vocação pela musica do Algarve o e seu “Corridinho”;
Preciosos apontamentos sobre a Companhia de Jesus;
Apontamentos sobre a vida de S. Vicente;
Algumas palavras monográficas sobre a Histórica Igreja de Nossa Senhora do Pé da Cruz de Faro;
Património cultural arábico;
Sobre a Conquista do Algarve.