Difference between revisions of "Murta, José Guerreiro"
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+ | Foi pelo amor que a família se constituiu; foi o amor que magicamente prendeu dois corações e os uniu nos sagrados laços do matrimónio.<br />Dele nasceram os filhos e o amor perfumando n vida. Nos seus primeiras impulsos é arrebatado, é violento, é mar que facilmente se encapela, é planta mimosa exposta a vendavais. Depois, com a família, é quase sempre lago tranquilo, flor que a brisa suavemente embala.<br />Os filhos crescem, casam-se. Vêm os netinhos -- a alegria dos avós. E o amor sempre moço nunca morre no coração das velhos. E' rebento florido em tronco já mirrado.<br />Mas como é que o amor - gota celeste no calice da vida para lhe corrigir o amargor —pode gerar um dos piores venenos —o ciúme ?<br />E' que há diferentes espécies de amor. O que produz o ciúme é o amor-próprio. 11 ya dans la ¡alousie plus d'amour-propre que d'amour, escreveu La Rochefoucauld.<br />O amor-próprio é inimigo da razão, é inquieto,desiquilibrado, inconstante, imperfeito e impuro.<br />Para purificar o sentimento do amor, para lhe dar a perfeição eterna, imaginou Deus o coração dos pais.<br />In revista Alma Nova,Lisboa, 5 de Maio de 1927.<br />Jose Guerreiro MURTA<br /> | ||
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*'''Notas Biográficas'''<br /> | *'''Notas Biográficas'''<br /> | ||
− | Pedagogo e escritor, José Guerreiro Murta, nasceu em Loulé em 1891. Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa e,em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa. Leccionou nos liceus de Faro, de Setúbal e de Lisboa, onde foi Reitor do Liceu Passos Manuel. Publicou na "Colecção Estudar É Saber", de que foi co-fundador, seis volumes sobre o estudo e o ensino da Língua Portuguesa. Em colaboração com João de Barros escreveu "Como se devem ler os Escritores Modernos". Foi autor da "Evocação Histórica do 1º Liceu do País" e "Ensino da Redacção da Língua Portuguesa". Colaborou igualmente com a imprensa dirigindo a revista "A Mocidade", assim como a secção de crítica literária da revista "Alma Nova", criada em 1915. Organizou também o I Congresso das Caixas Económicas Portuguesas, publicando nesta área as obras "O Montepio Geral e o seu Iniciador", e "Caixa Económica de Lisboa ou o Primeiro Mealheiro Público". Foi eleito Presidente do Montepio Geral, onde realizou obras de grande importância. Em 1955, foi condecorado com a Ordem de Benemerência. Recusou cargos políticos, mas participou em trabalhos na Junta Nacional de Educação. Pertenceu ainda à direcção dos Jardins-Escola João de Deus e da Casa do Algarve. Deu diversas conferências em que o tema Algarve foi fulcral. Viria a falecer na cidade em que nasceu em 1979. | + | Pedagogo e escritor, José Guerreiro Murta, nasceu em Loulé em 1891. Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa e, em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa. Leccionou nos liceus de Faro, de Setúbal e de Lisboa, onde foi Reitor do Liceu Passos Manuel. Publicou na "Colecção Estudar É Saber", de que foi co-fundador, seis volumes sobre o estudo e o ensino da Língua Portuguesa. Em colaboração com João de Barros escreveu "Como se devem ler os Escritores Modernos". Foi autor da "Evocação Histórica do 1º Liceu do País" e "Ensino da Redacção da Língua Portuguesa". Colaborou igualmente com a imprensa dirigindo a revista "A Mocidade", assim como a secção de crítica literária da revista "Alma Nova", criada em 1915. Organizou também o I Congresso das Caixas Económicas Portuguesas, publicando nesta área as obras "O Montepio Geral e o seu Iniciador", e "Caixa Económica de Lisboa ou o Primeiro Mealheiro Público". Foi eleito Presidente do Montepio Geral, onde realizou obras de grande importância. Em 1955, foi condecorado com a Ordem de Benemerência. Recusou cargos políticos, mas participou em trabalhos na Junta Nacional de Educação. Pertenceu ainda à direcção dos Jardins-Escola João de Deus e da Casa do Algarve. Deu diversas conferências em que o tema Algarve foi fulcral. Viria a falecer na cidade em que nasceu em 1979.Foi agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro de Loulé. |
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http://www.fundacao-mvg.pt/iniciativas/cea-tributo-a-luis-guerreiro/evocacoes-por-artur-barracosa-mendonca<br /> | http://www.fundacao-mvg.pt/iniciativas/cea-tributo-a-luis-guerreiro/evocacoes-por-artur-barracosa-mendonca<br /> | ||
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Latest revision as of 11:19, 10 October 2022
José Guerreiro Murta
Loulé, 1891 - Loulé, 1979
Pedagogo. Escritor. Professor e Reitor dos liceus, entre eles no Gil Vicente, no Passos Manuel, de Setúbal e no de Faro.
- NO ALBUM DA MENINA ESMERALDA SAAVEDRA MACHADO - O Amor e a Família
Pour un fils, jusqu’ou va notre amour!
(J. Racine - Andromaque. Acto III, Sc. 4).
Foi pelo amor que a família se constituiu; foi o amor que magicamente prendeu dois corações e os uniu nos sagrados laços do matrimónio.
Dele nasceram os filhos e o amor perfumando n vida. Nos seus primeiras impulsos é arrebatado, é violento, é mar que facilmente se encapela, é planta mimosa exposta a vendavais. Depois, com a família, é quase sempre lago tranquilo, flor que a brisa suavemente embala.
Os filhos crescem, casam-se. Vêm os netinhos -- a alegria dos avós. E o amor sempre moço nunca morre no coração das velhos. E' rebento florido em tronco já mirrado.
Mas como é que o amor - gota celeste no calice da vida para lhe corrigir o amargor —pode gerar um dos piores venenos —o ciúme ?
E' que há diferentes espécies de amor. O que produz o ciúme é o amor-próprio. 11 ya dans la ¡alousie plus d'amour-propre que d'amour, escreveu La Rochefoucauld.
O amor-próprio é inimigo da razão, é inquieto,desiquilibrado, inconstante, imperfeito e impuro.
Para purificar o sentimento do amor, para lhe dar a perfeição eterna, imaginou Deus o coração dos pais.
In revista Alma Nova,Lisboa, 5 de Maio de 1927.
Jose Guerreiro MURTA
https://padlet.com/wikialgarve2022/Bookmarks Neste link pode ler um texto do autor sobre o Natal, retirado do jornal "Alma Nova"
- Notas Biográficas
Pedagogo e escritor, José Guerreiro Murta, nasceu em Loulé em 1891. Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa e, em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa. Leccionou nos liceus de Faro, de Setúbal e de Lisboa, onde foi Reitor do Liceu Passos Manuel. Publicou na "Colecção Estudar É Saber", de que foi co-fundador, seis volumes sobre o estudo e o ensino da Língua Portuguesa. Em colaboração com João de Barros escreveu "Como se devem ler os Escritores Modernos". Foi autor da "Evocação Histórica do 1º Liceu do País" e "Ensino da Redacção da Língua Portuguesa". Colaborou igualmente com a imprensa dirigindo a revista "A Mocidade", assim como a secção de crítica literária da revista "Alma Nova", criada em 1915. Organizou também o I Congresso das Caixas Económicas Portuguesas, publicando nesta área as obras "O Montepio Geral e o seu Iniciador", e "Caixa Económica de Lisboa ou o Primeiro Mealheiro Público". Foi eleito Presidente do Montepio Geral, onde realizou obras de grande importância. Em 1955, foi condecorado com a Ordem de Benemerência. Recusou cargos políticos, mas participou em trabalhos na Junta Nacional de Educação. Pertenceu ainda à direcção dos Jardins-Escola João de Deus e da Casa do Algarve. Deu diversas conferências em que o tema Algarve foi fulcral. Viria a falecer na cidade em que nasceu em 1979.Foi agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro de Loulé. In:https://www.cm-loule.pt/pt/menu/290/1993.aspx#dr-guerreiro-murta-1891-1979
- Bibliografia
- Educação Científica, publicada pela Livraria Sá da Costa, em 1931
- Evocações, edição do autor, impressa em Lisboa, em 1970, Livraria Sá da Costa
- Como se devem ler os Escritores ModernosEm colaboração com João de Barros
- Evocação Histórica do 1º Liceu do País
- Ensino da Redacção da Língua Portuguesa
- Veja mais sobre José Guerreiro Murta nos seguintes links:
https://www.researchgate.net/publication/338937549_Analise_da_obra_de_Jose_Guerreiro_Murta_Educacao_Cientifica_1931_Uma_obra_desenquadrada_da_epoca
https://www.cm-loule.pt/pt/menu/290/1993.aspx#dr-guerreiro-murta-1891-1979
http://www.fundacao-mvg.pt/iniciativas/cea-tributo-a-luis-guerreiro/evocacoes-por-artur-barracosa-mendonca
https://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/9358/1/Murta.pdf