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A epopeia Os Lusíadas, publicada há 450 anos, (...) é a primeira obra da literatura europeia que descreve o subcontinente indiano.
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Primeira edição de Os Lusíadas (1), Camões lendo Os Lusíadas ao Rei D. Sebastião (2) e selo (3), onde se mostra o poeta salvando o manuscrito de Os Lusíadas no naufrágio.<br />
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A Índia só reaparece na literatura europeia dois séculos mais tarde, com a publicação, na década de 1780, em Inglaterra, das primeiras “narrativas indianas”. No entanto, o género só em 1888 viria a popularizar-se com as Plain Tales from the Hills, de Rudyard Kipling (Buda, 1985), uma antologia de contos, dois dos quais estão publicados, em Portugal, nos Três Contos da Índia (1998) – “Para lá da cerca” e “O portão das cem mágoas” – e, principalmente, com o enorme êxito dos sucessivos Livro da Selva (1894), Segundo Livro da Selva (1895)
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== '''Os Lusíadas''' ==
e Kim (1901), sendo este último considerado um dos melhores romances alguma vez escritos sobre a Índia (Buda, 1985). Em 1907, Kipling foi o primeiro escritor de língua inglesa a ser galardoado com o Prémio Nobel.
 
  
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'''''Os Lusíadas''''' são mais do que um poema épico; são um testemunho do espírito aventureiro e da força do sonho humano. Escrito por '''Luís de Camões''' no auge das Descobertas Portuguesas, o poema celebra a coragem, a determinação e o engenho de um povo que ousou cruzar mares desconhecidos e expandir horizontes.
Assim, o artigo está estruturado em duas partes. Primeiro, uma análise do episódio, confrontando a
 
representação camoniana com a realidade histórica e social do subcontinente indiano em 1498. Depois, uma
 
análise de documentos orientadores do currículo: as Aprendizagens Essenciais e os nove manuais de
 
Português do 9.º ano de escolaridade.
 
  
Sobre o episódio da Chegada à Índia, V.S. Naipaul escreveu que
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Nesta obra, '''Camões''' entrelaça história, mitologia e emoção, transformando as conquistas marítimas portuguesas numa narrativa universal sobre desafios e superação. Mais do que um relato dos feitos dos navegadores, '''''Os Lusíadas''''' refletem a identidade e o destino de Portugal, alternando entre o entusiasmo pela glória e uma reflexão profunda sobre a fragilidade humana e a grandeza do destino.
há um encantador retrato da vida do sudoeste da Índia no (…) poema, não só no seu relato dos reis, castas, religião e
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templos (o grande reino hindu de Vijayanagar, destruído pelos muçulmanos sete anos antes de Camões publicar o seu
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'''Este capítulo da wiki explora alguns momentos do poema, como a chegada à Índia, o Banquete em Melinde, a fantástica Ilha dos Amores e a trágica história de Inês de Castro.'''
poema, parece ser o pano de fundo), mas também em dúzias de pequenas coisas como, por exemplo, o governante indiano
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que recebe o recém-chegado Vasco da Gama masca pan ao ritmo do português quinhentista dos versos de Camões.
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Além disso, esta wiki foi concebida para facilitar a leitura em voz alta, servindo como base para um podcast que dá voz à obra de '''Camões'''.
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(Naipaul, 1990: 142)
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A Índia só reaparece na literatura europeia dois séculos mais tarde, com a publicação, na década de 1780,
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em Inglaterra, das primeiras “narrativas indianas”. No entanto, o género só em 1888 viria a popularizar-se com
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Selo português comemorando os 400 anos de seu nascimento, em 1924, onde se mostra o poeta salvando o manuscrito de Os Lusíadas no naufrágio
18/10/24, 17:52 Plano Nacional de Leitura
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Primeira edição de Os Lusíadas em exibição no Ateneu Comercial do Porto para assinalar os 450 anos da publicação da obra de Camões, que custou 170 escudos, em 1904…
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In: [https://ateneucomercialporto.pt/2022/03/01/em-exibicao-primeira-edicao-de-os-lusiadas-para-assinalar-os-450-anos-da-publicacao-da-obra-de-camoes/ Ateneu Comercial do Porto.]
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Gravura (litografia, color., 38,4x59 cm) Camões lendo os Lusíadas a D. Sebastião por ARamalho f.. - [Lisboa? : s.n., entre 1893 e 1916].<br />
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Obra no domínio público, i.e. já não abrangida por direitos de autor. Conteúdo reutilizável livremente (Public Domain Mark)<br />
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Selo português comemorando os 400 anos de seu nascimento, em 1924, onde se mostra o poeta salvando o manuscrito de Os Lusíadas no naufrágio

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OLusiadas UmDos34exemplaresAindaExistentesDaPrimeiraEdicaoEmExposicaoNoAteneuComercialDoPortoEm2022.jpeg CamoesLendoOsLusiadasAoReiDomSebastiao-m.jpg 220px-Camoes-salvando-os-lusiadas-a-nado.jpg
Primeira edição de Os Lusíadas (1), Camões lendo Os Lusíadas ao Rei D. Sebastião (2) e selo (3), onde se mostra o poeta salvando o manuscrito de Os Lusíadas no naufrágio.

Os Lusíadas

Os Lusíadas são mais do que um poema épico; são um testemunho do espírito aventureiro e da força do sonho humano. Escrito por Luís de Camões no auge das Descobertas Portuguesas, o poema celebra a coragem, a determinação e o engenho de um povo que ousou cruzar mares desconhecidos e expandir horizontes.

Nesta obra, Camões entrelaça história, mitologia e emoção, transformando as conquistas marítimas portuguesas numa narrativa universal sobre desafios e superação. Mais do que um relato dos feitos dos navegadores, Os Lusíadas refletem a identidade e o destino de Portugal, alternando entre o entusiasmo pela glória e uma reflexão profunda sobre a fragilidade humana e a grandeza do destino.

Este capítulo da wiki explora alguns momentos do poema, como a chegada à Índia, o Banquete em Melinde, a fantástica Ilha dos Amores e a trágica história de Inês de Castro.

Além disso, esta wiki foi concebida para facilitar a leitura em voz alta, servindo como base para um podcast que dá voz à obra de Camões.

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Selo português comemorando os 400 anos de seu nascimento, em 1924, onde se mostra o poeta salvando o manuscrito de Os Lusíadas no naufrágio

(1)OLusiadas UmDos34exemplaresAindaExistentesDaPrimeiraEdicaoEmExposicaoNoAteneuComercialDoPortoEm2022.jpeg
Primeira edição de Os Lusíadas em exibição no Ateneu Comercial do Porto para assinalar os 450 anos da publicação da obra de Camões, que custou 170 escudos, em 1904… In: Ateneu Comercial do Porto.

(2)CamoesLendoOsLusiadasAoReiDomSebastiao-m.jpg
Gravura (litografia, color., 38,4x59 cm) Camões lendo os Lusíadas a D. Sebastião por ARamalho f.. - [Lisboa? : s.n., entre 1893 e 1916].
Obra no domínio público, i.e. já não abrangida por direitos de autor. Conteúdo reutilizável livremente (Public Domain Mark)
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Selo português comemorando os 400 anos de seu nascimento, em 1924, onde se mostra o poeta salvando o manuscrito de Os Lusíadas no naufrágio