Difference between revisions of "Escritores algarvios e Camões"
| Line 1: | Line 1: | ||
| − | |||
| − | + | == '''Escritores algarvios e Camões''' == | |
| − | |||
| − | No campo da poesia, Nuno Júdice, em Cristo Atado à Coluna, traz uma abordagem contemporânea da poética camoniana, refletindo sobre o sofrimento e a transcendência, temas recorrentes em Camões. Joaquim Magalhães, por sua vez, em Carta a Camões, dirige-se diretamente ao poeta, num diálogo literário que resgata sua presença imortal. Finalmente, Tóssan, no poema Maminha Gentil, presta uma homenagem lúdica e afetiva, evidenciando o impacto duradouro de Camões na poesia algarvia. | + | O legado de '''Luís de Camões''' estende-se muito além da sua época e das fronteiras de Portugal, encontrando eco nas '''terras do Algarve''', onde diversos escritores locais dedicaram reflexões e estudos sobre a relação do poeta com a região. O Algarve, com sua paisagem atlântica e tradição literária, inspirou muitos autores a explorar os vínculos entre Camões e esta terra luminosa. |
| + | |||
| + | '''Fernando Cabrita''', em '''''A Cidade e o Mar na Poesia do Algarve''''', seleciona alguma estrofes de "Os Lusíadas" onde a presença do mar se manifesta e como essa temática se aproxima do imaginário camoniano. | ||
| + | |||
| + | '''Júlio Dantas''', por sua vez, em '''''O Auto de El-Rei Seleuco''''', revisita Camões no teatro, ressaltando a sua influência na dramaturgia portuguesa. | ||
| + | |||
| + | '''Nuno Campos Inácio''', em '''''A Algarvia que é ascendente de Camões''''', e '''Ramiro Santos''', em '''''A Avó Algarvia de Camões''''', investigam as possíveis ligações genealógicas entre o poeta e o Algarve, levantando questões sobre suas origens familiares. | ||
| + | |||
| + | Essa vertente genealógica também é abordada por '''Vilhena Mesquita''' em '''''Uma Quarteirense que Camões Amou''''', onde o autor sugere laços afetivos entre o poeta e uma mulher natural de Quarteira. | ||
| + | |||
| + | No campo da poesia, '''Nuno Júdice''', em '''''Cristo Atado à Coluna''''', traz uma abordagem contemporânea da poética camoniana, refletindo sobre o sofrimento e a transcendência, temas recorrentes em Camões. | ||
| + | |||
| + | '''Joaquim Magalhães''', por sua vez, em '''''Carta a Camões''''', dirige-se diretamente ao poeta, num diálogo literário que resgata sua presença imortal. | ||
| + | |||
| + | Finalmente, '''Tóssan''', no poema '''''Maminha Gentil''''', presta uma homenagem lúdica e afetiva, evidenciando o impacto duradouro de Camões na poesia algarvia. | ||
Este capítulo examina a influência e a presença de Camões no pensamento e na criação literária do Algarve, através da obra desses escritores que, cada um a seu modo, mantiveram vivo o diálogo com o maior poeta da língua portuguesa. | Este capítulo examina a influência e a presença de Camões no pensamento e na criação literária do Algarve, através da obra desses escritores que, cada um a seu modo, mantiveram vivo o diálogo com o maior poeta da língua portuguesa. | ||
Revision as of 13:28, 30 January 2025
Escritores algarvios e Camões
O legado de Luís de Camões estende-se muito além da sua época e das fronteiras de Portugal, encontrando eco nas terras do Algarve, onde diversos escritores locais dedicaram reflexões e estudos sobre a relação do poeta com a região. O Algarve, com sua paisagem atlântica e tradição literária, inspirou muitos autores a explorar os vínculos entre Camões e esta terra luminosa.
Fernando Cabrita, em A Cidade e o Mar na Poesia do Algarve, seleciona alguma estrofes de "Os Lusíadas" onde a presença do mar se manifesta e como essa temática se aproxima do imaginário camoniano.
Júlio Dantas, por sua vez, em O Auto de El-Rei Seleuco, revisita Camões no teatro, ressaltando a sua influência na dramaturgia portuguesa.
Nuno Campos Inácio, em A Algarvia que é ascendente de Camões, e Ramiro Santos, em A Avó Algarvia de Camões, investigam as possíveis ligações genealógicas entre o poeta e o Algarve, levantando questões sobre suas origens familiares.
Essa vertente genealógica também é abordada por Vilhena Mesquita em Uma Quarteirense que Camões Amou, onde o autor sugere laços afetivos entre o poeta e uma mulher natural de Quarteira.
No campo da poesia, Nuno Júdice, em Cristo Atado à Coluna, traz uma abordagem contemporânea da poética camoniana, refletindo sobre o sofrimento e a transcendência, temas recorrentes em Camões.
Joaquim Magalhães, por sua vez, em Carta a Camões, dirige-se diretamente ao poeta, num diálogo literário que resgata sua presença imortal.
Finalmente, Tóssan, no poema Maminha Gentil, presta uma homenagem lúdica e afetiva, evidenciando o impacto duradouro de Camões na poesia algarvia.
Este capítulo examina a influência e a presença de Camões no pensamento e na criação literária do Algarve, através da obra desses escritores que, cada um a seu modo, mantiveram vivo o diálogo com o maior poeta da língua portuguesa.
Cabrita, Fernando - A cidade e o Mar na Poesia do Algarve
Dantas, Júlio - O Auto de El-Rei Seleuco
Inácio, Nuno Campos - A Algarvia que é ascendente de Camões
Júdice, Nuno - Cristo atado à coluna
Magalhães, Joaquim - Carta a Camões
Mesquita, Vilhena - Uma quarteirense que Camões amou
Santos, Ramiro - A Avó Algarvia de Camões
Tóssan - Poema Maminha Gentil