Difference between revisions of "Redondilhas escolhidas"

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3.-'''Descalça vai para a fonte'''<br />
 
3.-'''Descalça vai para a fonte'''<br />
 
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4.- '''Os bons vi sempre passar'''<br />
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4.-'''Menina dos olhos verdes,<br />
 
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5.-'''Pastora da serra'''<br />
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5.- '''Os bons vi sempre passar'''<br />
 
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6.-'''Sobre os rios que vão'''<br />
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6.-'''Pastora da serra'''<br />
 
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7.-'''Verdes são os campos'''<br />
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7.-'''Sobre os rios que vão'''<br />
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8.-'''Verdes são os campos'''<br />
 
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'''''Menina dos olhos verdes,<br />
 
porque me não vedes?'''''<br />
 
  
<br />
 
'''VOLTAS'''<br />
 
<br />
 
Eles verdes são,<br />
 
e têm por usança<br />
 
na cor, esperança<br />
 
e nas obras, não.<br />
 
Vossa condição<br />
 
não é d'olhos verdes,<br />
 
porque me não vedes.<br />
 
<br />
 
Isenções a molhos<br />
 
que eles dizem terdes,<br />
 
não são d'olhos verdes,<br />
 
nem de verdes olhos.<br />
 
Sirvo de giolhos,<br />
 
e vós não me credes<br />
 
porque me não vedes.<br />
 
<br />
 
Haviam de ser,<br />
 
porque possa vê-los,<br />
 
que uns olhos tão belos<br />
 
não se hão-de esconder;<br />
 
mas fazeis-me crer<br />
 
que já não são verdes,<br />
 
porque me não vedes.<br />
 
<br />
 
Verdes não o são<br />
 
no que alcanço deles;<br />
 
verdes são aqueles<br />
 
que esperança dão.<br />
 
Se na condição<br />
 
está serem verdes,<br />
 
porque me não vedes? <br />
 
<br />
 
 
<br />
 
  
  

Revision as of 12:06, 14 November 2024

1.-Aquela cativa

2.-Da alma e de quanto tiver

3.-Descalça vai para a fonte

4.-Menina dos olhos verdes,

5.- Os bons vi sempre passar

6.-Pastora da serra

7.-Sobre os rios que vão

8.-Verdes são os campos





Cantiga
a esta cantiga alheia

Perdigão perdeu a pena,
não há mal que lhe não venha:

VOLTAS

Perdigão, que o pensamento
subiu em alto lugar,
perde a pena do voar,
ganha a pena do tormento.
Não tem no ar nem no vento
asas, com que se sustenha:
não há mal que lhe não venha.

Quis voar a üa alta torre
mas achou-se desasado;
e, vendo-se depenado,
de puro penado morre.
Se a queixumes se socorre,
lança no fogo mais lenha:
não há mal que lhe não venha.