Difference between revisions of "25deabril"

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50 Anos do 25 de Abril<br />
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Leituras de + de 50 Livros Proibidos<br />
''leituras por alunos do ensino secundário e do 3.º ciclo do ensino básico de <br />
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Leituras de poesias ou excertos de textos de + de 50 Autores Censurados<br />
poemas e textos de obras censuradas pela polícia política (PIDE) do estado novo.''<br />
 
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== Autores Censurados==
 
===Afonso, José [Zeca]===
 
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[[Afonso, José - Obras Proibidas |  Músico. Cantor. Poeta. Cantautor. Leituras de poemas escolhidos dos livros proibidos Cantar de Novo e Cantares.]]
 
 
 
===Brito, Casimiro de===
 
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[[Brito, Casimiro de - Livro proibido | Poeta. Romancista. Contista. Ensaísta. Leituras da Obra Proibida Vietname em nome da liberdade e de outros poemas.]]
 
 
 
===Santareno, Bernardo===
 
[[File:Santareno-bernardo_Fotop.jpg|left]]
 
[[Santareno, Bernardo - Livros proibidos | Dramaturgo. Médico psiquiatra. Leituras da do livro Romances do Mar.]]
 
 
 
 
 
 
 
===Alegre, Manuel===
 
Canto e as Armas, O
 
[[File:Alegre-Manuel_Fotop.jpg|left]]
 
[[Alegre, Manuel - Livros proibidos | Poeta. Político e etc e tal.]]
 
 
 
 
 
Leitura - O Canto e as armas, Manuel Alegre
 
 
 
“As mãos”
 
 
 
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
 
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
 
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
 
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
 
 
 
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
 
Não são de pedras estas casas mas de mãos.
 
E estão no fruto e na palavra
 
as mãos que são o canto e são as armas.
 
 
 
E cravam-se no Tempo como farpas
 
as mãos que vês nas coisas transformadas.
 
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
 
 
 
De mãos é cada flor cada cidade.
 
Ninguém pode vencer estas espadas: nas tuas mãos começa a liberdade.
 
                                                                      Manuel Alegre, O Canto e as Armas, 1967
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O canto e as armas”
 
 
 
Canto as armas e os homens
 
as pedras os metais
 
e as mãos que transformando
 
se transformam. Eu canto
 
o remo e a foice. Os símbolos.
 
Meu sangue é uma guitarra
 
tangida pelo Tempo.
 
 
 
Canto as armas e as mãos.
 
E as palavras que foram
 
areias tempestades
 
minutos. E o amor.
 
E também a memória
 
do cravo e da canela.
 
E também a quentura
 
de outras mãos: terra e astros.
 
E também a tristeza
 
e a festa. O sangue e as lágrimas.
 
O vinho: puro arder.
 
E também a viagem:
 
navegação lavoura
 
indústria – esse combate.
 
Procurai-me nas armas
 
no sílex no barro.
 
Pedra: meu nome é esse.
 
E escreve-se no vento.
 
Canto o carvão e as cinzas
 
as gazelas e os peixes
 
na fogueira contínua
 
das cavernas. E a pele
 
do tigre sobre a pele
 
do homem. Eis meu rosto:
 
está gravado na rocha.
 
Procurai-me no fóssil
 
e no carvão. Meu rosto
 
é cinza e Primavera.
 
 
 
Canto as armas e os homens.
 
Porque a Tribo me disse:
 
tu guardarás o fogo.
 
E por armas me deu
 
o bronze das palavras.
 
 
 
Meu nome é flecha. E perde-se
 
no pássaro. Começa
 
meu canto onde começa
 
a construção. Pastores
 
do tempo são meus dedos.
 
Caçadores de coisas
 
impossíveis. Eu canto
 
os dedos que transformam
 
e se transformam. Canto
 
as marítimas mãos
 
de Magalhães. As mãos
 
voadoras de Gagárine.
 
 
Procurai-me no mar
 
procurai-me no espaço.
 
Estou no centro da terra.
 
Meu nome é cinza. E espalha-se
 
no vento. Sou adubo
 
fermentação floresta.
 
E cintilo nas armas.
 
 
Canto as armas e o Tempo.
 
As minhas armas o
 
meu tempo. E desarmado
 
pergunto à flor pergunto
 
ao vento: vistes lá
 
o meu país? E o meu
 
país está nas palavras.
 
Porque a Tribo me disse:
 
tu guardarás o fogo.
 
E por armas me deu
 
esta espada este canto.
 
                Manuel Alegre, O Canto e as Armas, 1967
 
 
 
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