Difference between revisions of "Carlos, Adelino da Palma"
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Faro, 03/03/1905 - Lisboa, 25/10/1992.<br /> | Faro, 03/03/1905 - Lisboa, 25/10/1992.<br /> | ||
− | Escritor. Professor. Primeiro-ministro do I Governo Provisório de 16 de Maio a 18 de Julho de 1974. Advogado. Político. Bastonário da Ordem dos Advogados entre 1951 e 1956. <br /> | + | Escritor. Professor universitário. Primeiro-ministro do I Governo Provisório de 16 de Maio a 18 de Julho de 1974. Advogado. Político. Bastonário da Ordem dos Advogados entre 1951 e 1956. Grão-mestre do Grande Oriente Lusitano. <br /> |
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+ | Poema de Adelino Palma Carlos publicado no jornal "Alma Nova" de Dezembro 1924. <br /> | ||
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+ | *'''Notas Biográficas'''<br /> | ||
+ | '''Adelino da Palma Carlos''' licenciou-se em Direito, em 1926, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Inicia, então a sua atividade de advogado. Alcançou notoriedade na defesa dos revolucionários da revolta de 7 de Fevereiro de 1927, entre as quais os chefes da revolta, general Adalberto Gastão de Sousa Dias e coronel Fernando Freiria. Também participou na defesa dos implicados no movimento revolucionário de 10 de Abril de 1947, no processo relativo à validade do testamento de Calouste Gulbenkian, no processo da herança Sommer e na defesa do Jornal República, acusado de abuso de liberdade de imprensa. Ao longo da sua carreira viria a defender várias personalidades ligadas à oposição ao Estado Novo, de que se destacam José Norton de Matos, Bento de Jesus Caraça, Mário de Azevedo Gomes, João Lopes Soares e Vasco da Gama Fernandes. Foi, ainda, juntamente com Mário Soares, advogado da causa dinástica de D. Maria Pia de Saxe-Coburgo Gotha e Bragança. Foi mandatário perante o Supremo Tribunal de Justiça do general Norton de Matos, no processo da sua candidatura à Presidência da República nas eleições presidenciais de 1949. Ainda estudante publica as obras: Brumas Doiradas (1922) e Natal (1923), também neste ano funda a Liga da Mocidade Republicana, juntamente com Rodrigues Miguéis e Fernando Mayer Garção. Pela mesma altura foi escolhido para delegado da Faculdade à Federação Académica. Dotado de uma personalidade forte, inteligente, culto e de extraordinária capacidade de trabalho foi primeiro-ministro do I Governo Provisório. Foi bastonário da Ordem dos Advogados Portugueses, recebendo várias condecorações ao longo da sua vida. | ||
+ | *'''Bibliografia''' | ||
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+ | - Brumas Doiradas, [S.l.: s.n.], 1922 (Lisboa – Tip. do Eco Musical). [poesia]<br /> | ||
+ | - Natal, s.l. [Faro], s.d.[1923] [poesia]<br /> | ||
+ | - Apontamentos de Direito Comercial, Centro Tip. Colonial, Lisboa, 1924<br /> | ||
+ | - Código de Processo Civil anotado, Procural, Lisboa, 1940<br /> | ||
+ | - Homens do Foro - a vida e a ficção, Lisboa, 1954 [sep. Revista da Ordem dos Advogados, n.º 13]<br /> | ||
+ | - Manuel Borges Carneiro, Lisboa, 1956 [sep. Revista da Ordem dos Advogados, n.º 13]<br /> | ||
+ | - José Dias Ferreira, Lisboa, 1958 [sep. Jornal do Foro]<br /> | ||
+ | Colaborou em várias publicações periódicas, entre as quais A Comédia (Lisboa, 1921–1924), O Corvo (Évora, 1921–1976), Correio Teatral (Faro, 1923–1924), De Portugal (Lisboa, 1924–1925), Fórum (Lisboa, periódico jurídico do qual foi diretor a partir de 1932).<br /> | ||
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Latest revision as of 14:58, 13 October 2022
- Adelino Hermitério da Palma Carlos
Faro, 03/03/1905 - Lisboa, 25/10/1992.
Escritor. Professor universitário. Primeiro-ministro do I Governo Provisório de 16 de Maio a 18 de Julho de 1974. Advogado. Político. Bastonário da Ordem dos Advogados entre 1951 e 1956. Grão-mestre do Grande Oriente Lusitano.
Poema de Adelino Palma Carlos publicado no jornal "Alma Nova" de Dezembro 1924.
- Notas Biográficas
Adelino da Palma Carlos licenciou-se em Direito, em 1926, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Inicia, então a sua atividade de advogado. Alcançou notoriedade na defesa dos revolucionários da revolta de 7 de Fevereiro de 1927, entre as quais os chefes da revolta, general Adalberto Gastão de Sousa Dias e coronel Fernando Freiria. Também participou na defesa dos implicados no movimento revolucionário de 10 de Abril de 1947, no processo relativo à validade do testamento de Calouste Gulbenkian, no processo da herança Sommer e na defesa do Jornal República, acusado de abuso de liberdade de imprensa. Ao longo da sua carreira viria a defender várias personalidades ligadas à oposição ao Estado Novo, de que se destacam José Norton de Matos, Bento de Jesus Caraça, Mário de Azevedo Gomes, João Lopes Soares e Vasco da Gama Fernandes. Foi, ainda, juntamente com Mário Soares, advogado da causa dinástica de D. Maria Pia de Saxe-Coburgo Gotha e Bragança. Foi mandatário perante o Supremo Tribunal de Justiça do general Norton de Matos, no processo da sua candidatura à Presidência da República nas eleições presidenciais de 1949. Ainda estudante publica as obras: Brumas Doiradas (1922) e Natal (1923), também neste ano funda a Liga da Mocidade Republicana, juntamente com Rodrigues Miguéis e Fernando Mayer Garção. Pela mesma altura foi escolhido para delegado da Faculdade à Federação Académica. Dotado de uma personalidade forte, inteligente, culto e de extraordinária capacidade de trabalho foi primeiro-ministro do I Governo Provisório. Foi bastonário da Ordem dos Advogados Portugueses, recebendo várias condecorações ao longo da sua vida.
- Bibliografia
- Brumas Doiradas, [S.l.: s.n.], 1922 (Lisboa – Tip. do Eco Musical). [poesia]
- Natal, s.l. [Faro], s.d.[1923] [poesia]
- Apontamentos de Direito Comercial, Centro Tip. Colonial, Lisboa, 1924
- Código de Processo Civil anotado, Procural, Lisboa, 1940
- Homens do Foro - a vida e a ficção, Lisboa, 1954 [sep. Revista da Ordem dos Advogados, n.º 13]
- Manuel Borges Carneiro, Lisboa, 1956 [sep. Revista da Ordem dos Advogados, n.º 13]
- José Dias Ferreira, Lisboa, 1958 [sep. Jornal do Foro]
Colaborou em várias publicações periódicas, entre as quais A Comédia (Lisboa, 1921–1924), O Corvo (Évora, 1921–1976), Correio Teatral (Faro, 1923–1924), De Portugal (Lisboa, 1924–1925), Fórum (Lisboa, periódico jurídico do qual foi diretor a partir de 1932).