Difference between revisions of "Contreiras, Adão"
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+ | O rio Arade tinha verdura<br /> | ||
+ | A serra tinha alabastro<br /> | ||
+ | Tinha a água aquela candura<br /> | ||
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+ | E o sol cuspindo seus raios<br /> | ||
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+ | Nos cumprimentos dos anos antigos<br /> | ||
+ | Prostrada nos braços do Al-Andaluz<br /> | ||
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+ | Ó longes de um antanho pousado<br /> | ||
+ | Nos galhos dos laranjais em flor<br /> | ||
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[https://www.sulinformacao.pt/2020/02/adao-contreiras-abre-as-portas-do-seu-estudio-e-nem-musica-vai-faltar/ - 2020 - Notícia do Sul Informação sobre o artista algarvio Adão Contreiras abrir as portas do seu estúdio, situado em Gorjões, no concelho de Faro, a todos quantos o queiram visitar.]<br /> | [https://www.sulinformacao.pt/2020/02/adao-contreiras-abre-as-portas-do-seu-estudio-e-nem-musica-vai-faltar/ - 2020 - Notícia do Sul Informação sobre o artista algarvio Adão Contreiras abrir as portas do seu estúdio, situado em Gorjões, no concelho de Faro, a todos quantos o queiram visitar.]<br /> | ||
− | + | [http://galeriamargem.blogspot.com/- 2007 - Maio 11, 2007 Exposição de Adão Contreiras , ATELIER-GALERIA; criada em 1988 por Adão Contreiras,na zona antiga da cidade de Faro. (Cidade Velha)] | |
− | [http://margemdois.blogspot.com/ - Blogue pessoal]<br /> | + | [http://margemdois.blogspot.com/ - Blogue pessoal - 2021 - Contém a sua obra poética e artística, informações, fotos pessoais, vídeos das sua obras e de outros artistas]<br /> |
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Revision as of 13:28, 26 January 2022
ADÃO CONTREIRAS
Nasceu em 1944 no sítio dos Gorjões
Empresário (sólimpa), artista, escritor , poeta, antifascita
- Nota Biográfica
Nasceu em 1944 no sítio dos Gorjões e por ai tem vivido. Por outras paragens, referenciado, quando estudante ou professor. Quando ainda miúdo lembra-se de ter apanhado um tabefe da mãe, por trocar por vezes, a ordem da letra “r” nas palavras. Estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio entre os anos de 1957 a 61, aí, trocou os pés pelas mãos na gramática e teve que repetir o exame de português para poder entrar nas Belas Artes.
Fervia o ano de 61, lutas de estudantes estendiam-se pelas academias, foi chamado ao Director da ESBAL, mais outros, por assinar uma reclamação pedindo: (mais barro /argila), que faltava na aula de escultura. No fim do 1º período teve que regressar a casa dos pais, minguavam os recursos!
Divergiu da tropa guerreira de Além Mar e ficou livre por incapacidade mental, nada de dramático! Ficou preso na armadilha “ Do Boi da Paciência” e enviuvou das artes. Inerte, mas com o coração nas mãos, escreveu e pintou algumas coisas. Fez exposições.
Já empreendedor, antes de tempo, foi obreiro na abertura da lavandaria Sólimpa em Faro de cujo nome é autor. Trabalhou nela como empregado e depois patrão; fez destilações de produtos tóxicos até à uma da manhã, enquanto pelas direcções do Cine Clube de Faro e do Círculo Cultural do Algarve destilava-se o odor venenoso da “ dita – dura”, com outros amigos.
Dado o 25 de Abril, logo iniciou uma temerosa aventura – criar uma cooperativa com os trabalhadores, e assim aconteceu surgindo a Cooplava. Voltou à ESBAL.
Expôs-se, mas não tremeu. Salvaguardando alguns desequilíbrios que atirou para cima das letras – artigos de opinião e intervenção social no Jornal do Algarve de Vila Real de Santo António, nos anos de 1969 a 72; colaborações literárias: Sete Estrelo, Aullido, Sul.Publicou até à data dois opúsculos, Página Móvel Com Texto Fixo e Ouro e Vinho. Não é casado. E além disso foi ex-esperto na produção de eventos.
Nos finais dos anos 80 do século passado criou o espaço Atelier/Galeria Margem em Faro onde durante toda a década de 90 (início? do obscurantismo cavaquista), operou-se alguma resistência cultural e de cidadania; pautaram sessões abertas ao público em geral e mormente aos criadores; -n- eventos abrangendo os vários campos artísticos tiveram lugar. Foi nessa encruzilhada de acontecimentos que se forjaram os contactos com Huelva, por iniciativa de José Bivar, minha, o Zé Maria e o Juan (entretanto falecidos). Foi em busca do Bar 1900 que nós encontramos o Uberto Stabile , e foi daí que nasceu uma cooperação que deu frutos e ainda hoje (e bem) com outros protagonistas, dura.
Há muita gente que disso se recorda!
As Belas Artes, em Lisboa, foram um refúgio. In:http://algarveliterario.blogspot.com/p/notabiografica-nasceu-em1944-no-sitio.html
- A eternidade é um instante
Em Silves, onde vivi
não havia esta paisagem
- mas o Arade estava aí
e a Ponte era passagem
Quando fui professor em Silves
Nos verdes tempos que já lá vão
Tinha sonhos de muitos matizes
- Minhas sombras rolando p´lo chão –
Tinha densos amores imperfeitos
No ventre dos solenes arrepios
Cavando no corpo seus defeito
Viajando nos olhos seus brios
O rio Arade tinha verdura
A serra tinha alabastro
Tinha a água aquela candura
Deixando nas margens seu lastro
A ponte vestia íntimos desejos
P´ra alcançar a outra margem
- Era como dar muitos beijos
Na água correndo selvagem –
E o sol cuspindo seus raios
Iluminando árvores e montes
Reflectia na água das fontes
Aquele azul sem desmaios
- Forças tão graves e solenes
Presos ao destino de qualquer mão
Deixando nos recônditos casebres
Nobres sabores de laranja e limão
Terra vermelha de sangue azul
Nos cumprimentos dos anos antigos
Prostrada nos braços do Al-Andaluz
Assomando ao presente pelos postigos –
Ó longes de um antanho pousado
Nos galhos dos laranjais em flor
Nesse Silves agora recordado
Lembrando um voar de condor
http://margemdois.blogspot.com/
Poesia 2
DEZEMBRO 20, 2021
98ª viagem
quando o sol ilumina as fontes
num reduto ávido de constelações
vislumbram-se possíveis horizontes
no calendário das perturbações
( nota:
esta quadra deve ser lida do ponto de vista
do nervosismo do poeta quando em viagem, assim -
"as fontes" sítio a nort´esta das orelhas
"ávidas constelações" aura do poeta
"possíveis horizontes" arrepios de frio
"calendário das perturbações" sintomas iniciáticos )
ponto final
91ª viagem
vestido da voz que animava os seres
os vapores da palavra
encontraram as sapatilhas da dança,
uma cremação de beijos
atravessou o corpo do poeta
uma fome de sol esculpiu
na atmosfera um circulo
sonoro
a dança das palavras tinha encontrado
a vegetação animal
o poeta viu
a forma do seu cansaço e um destino visível
o movimento para a alegria mínima
no interior da manhã
o corpo curou-se da parte comercial
as margens do vendaval em ruínas
ponto final
In http://algarveliterario.blogspot.com/p/notabiografica-nasceu-em1944-no-sitio.html
- Bibliografia
Viagens no Texto – com ponto final
- Pode saber mais sobre o autor nos seguintes links:
- 2020 - Notícia do Sul Informação sobre o artista algarvio Adão Contreiras abrir as portas do seu estúdio, situado em Gorjões, no concelho de Faro, a todos quantos o queiram visitar.
2007 - Maio 11, 2007 Exposição de Adão Contreiras , ATELIER-GALERIA; criada em 1988 por Adão Contreiras,na zona antiga da cidade de Faro. (Cidade Velha)
- Blogue pessoal - 2021 - Contém a sua obra poética e artística, informações, fotos pessoais, vídeos das sua obras e de outros artistas