Difference between revisions of "Silva, Carlos"
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O vento outoniço soprou uivos sibilantes e as árvores sacudiram os ramos num protesto ruidoso, enquanto a lua prateada subia sobre a negridão da noite. | O vento outoniço soprou uivos sibilantes e as árvores sacudiram os ramos num protesto ruidoso, enquanto a lua prateada subia sobre a negridão da noite. | ||
Uma sombra tomou forma sob as luzes que iluminavam o jardim da cidade; era um homem de estatura média que deambulava a passos vagarosos, acompanhado por um cão enorme que farejava apressadamente cada hectare de terra coberto de folhas secas. De súbito, o homem parou junto a um enorme pedregulho e soprou sobre a superfície rochosa e empoeirada. Aproximou um fósforo aceso à ponta do cigarro e aspirou com sofreguidão no filtro, depois soltou uma nuvem de fumo tão densa como os seus pensamentos nebulosos. Com um subtil movimento de dedos sacudiu a cinza do cigarro enquanto um assobio lhe fugia dos lábios. Não tardou, o cão juntou-se ao dono e ambos contemplaram o céu estrelado do mês de novembro. | Uma sombra tomou forma sob as luzes que iluminavam o jardim da cidade; era um homem de estatura média que deambulava a passos vagarosos, acompanhado por um cão enorme que farejava apressadamente cada hectare de terra coberto de folhas secas. De súbito, o homem parou junto a um enorme pedregulho e soprou sobre a superfície rochosa e empoeirada. Aproximou um fósforo aceso à ponta do cigarro e aspirou com sofreguidão no filtro, depois soltou uma nuvem de fumo tão densa como os seus pensamentos nebulosos. Com um subtil movimento de dedos sacudiu a cinza do cigarro enquanto um assobio lhe fugia dos lábios. Não tardou, o cão juntou-se ao dono e ambos contemplaram o céu estrelado do mês de novembro. | ||
| − | As estrelas fulgurantes luziam imóveis no longínquo céu negro, embora umas brilhassem mais do que outras. Cassiopeia não passava despercebida; Sírio exibia todo o seu esplendor, não fosse a intensidade da sua luz superior à do sol que aquece a Terra, e a constelação Orionte, visível nessa época do ano, impunha graciosamente a sua presença. | + | As estrelas fulgurantes luziam imóveis no longínquo céu negro, embora umas brilhassem mais do que outras. Cassiopeia não passava despercebida; Sírio exibia todo o seu esplendor, não fosse a intensidade da sua luz superior à do sol que aquece a Terra, e a constelação Orionte, visível nessa época do ano, impunha graciosamente a sua presença. (capítulo 1 - página 11) |
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Um livro que fala de sentimentos, mas também de seres mitológicos com poderes inimagináveis. | Um livro que fala de sentimentos, mas também de seres mitológicos com poderes inimagináveis. | ||
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| + | '''Carlos Silva''' nasceu na Figueira da Foz em outubro de 1974. Estudou na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e licenciou-se em Filosofia. Na sua juventude, sempre se fez acompanhar de livros, porém, só mais tarde é que despertou para a escrita. Foi professor no ensino secundário e publicou o seu primeiro romance em 2012 com o título A Última Pérola do Oceano e em 2014 publicou Os Herdeiros de Septem. | ||
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Latest revision as of 12:35, 13 December 2021
- Carlos Silva
Figueira da Foz, 10/1974.
Professor. Escritor.
- Excerto de Os Herdeiros de Septem
O vento outoniço soprou uivos sibilantes e as árvores sacudiram os ramos num protesto ruidoso, enquanto a lua prateada subia sobre a negridão da noite. Uma sombra tomou forma sob as luzes que iluminavam o jardim da cidade; era um homem de estatura média que deambulava a passos vagarosos, acompanhado por um cão enorme que farejava apressadamente cada hectare de terra coberto de folhas secas. De súbito, o homem parou junto a um enorme pedregulho e soprou sobre a superfície rochosa e empoeirada. Aproximou um fósforo aceso à ponta do cigarro e aspirou com sofreguidão no filtro, depois soltou uma nuvem de fumo tão densa como os seus pensamentos nebulosos. Com um subtil movimento de dedos sacudiu a cinza do cigarro enquanto um assobio lhe fugia dos lábios. Não tardou, o cão juntou-se ao dono e ambos contemplaram o céu estrelado do mês de novembro. As estrelas fulgurantes luziam imóveis no longínquo céu negro, embora umas brilhassem mais do que outras. Cassiopeia não passava despercebida; Sírio exibia todo o seu esplendor, não fosse a intensidade da sua luz superior à do sol que aquece a Terra, e a constelação Orionte, visível nessa época do ano, impunha graciosamente a sua presença. (capítulo 1 - página 11)
- Sinopse de a Última Pérola do Oceano' na editora bubok.pt
Diana abandonou o seu mundo por amor a um homem excecional, contudo um presságio de morte assombra a sua vida...
Um trágico acidente e a dolorosa perda de uma mulher deslumbrante, trouxe um novo sentido na vida de Miguel...
Passaram-se vinte anos e os gémeos cresceram...
Joana cresceu em Londres, porém as circunstâncias forçam-na a regressar a Portugal. Rapidamente a sua vida transforma-se, quando se apaixona por Afonso e se vê envolvida num enredo que ameaça ruir todas as suas crenças.
Deverá ela viver o romance com Afonso e ignorar a macabra vingança de Artur Ou empenhar-se na procura das suas verdadeiras origens e enfrentar os desafios que se avizinham.
Um livro que fala de sentimentos, mas também de seres mitológicos com poderes inimagináveis.
Notas Biográficas
Carlos Silva nasceu na Figueira da Foz em outubro de 1974. Estudou na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e licenciou-se em Filosofia. Na sua juventude, sempre se fez acompanhar de livros, porém, só mais tarde é que despertou para a escrita. Foi professor no ensino secundário e publicou o seu primeiro romance em 2012 com o título A Última Pérola do Oceano e em 2014 publicou Os Herdeiros de Septem.
- Bibliografia:
- A Última Pérola do Oceano, 2012.
- Os Herdeiros de Septem, 2014.
- Veja mais sobre Carlos Silva nos seguintes links:
- Carlos Silva na Editora chiadobooks.
- A Última Pérola do Oceano de Carlos Silva na editora bubok.pt.
- Os Herdeiros de Septem de Carlos Silva na editora wook.pt.
- in
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- 2014 - Artigo do blogue "As Leituras do Corvo" com uma apreciação da obra "Os Herdeiros de Septem".
