Difference between revisions of "Pereira, António"

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'''António''' da Encarnação '''Pereira'''
 
'''António''' da Encarnação '''Pereira'''
  
Armação de Pêra, Silves, 24.02.1914 - Lisboa, 1978.
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Armação de Pêra, 24/11/1914 - Lisboa, 27/03/1978.
Poeta.  
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Foi Magistrado do Ministério Público, Conservador e Juiz.  
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Poeta. Magistrado do Ministério Público. Conservador. Juiz.  
  
 
*'''A minha rua tem o mar ao fundo'''
 
*'''A minha rua tem o mar ao fundo'''
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Que pode mais que aquela voz que me chama da outra banda do mar,<br />
 
Que pode mais que aquela voz que me chama da outra banda do mar,<br />
 
Que me namora uma chama da outra banda do mundo.<br />
 
Que me namora uma chama da outra banda do mundo.<br />
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(...)<br />
 
in '''Mar''' de '''António Maria Pereira'''<br />
 
in '''Mar''' de '''António Maria Pereira'''<br />
  
*'''Biografia'''<br />
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*'''Notas Biográficas'''<br />
 
 
António da Encarnação Pereira nasceu em Armação de Pêra a 24 de Novembro de 1914 e faleceu em Lisboa a 27 de Março de 1978. Filho de pescadores, facto de que muito se orgulhava, fez na aldeia natal o ensino básico, frequentou o Liceu de Faro e licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa, mas a sua paixão era o mar.<br />Seguiu inicialmente a carreira da magistratura, chegando a juiz, porém, não realizado pessoalmente, optou pelo lugar de Conservador do Registo Civil em Silves, facto que lhe permitia viver em Armação de Pêra, em excelente moradia que fizera construir frente ao casino e ao mar.<br />O seu primeiro livro de versos, o “Poeta e a Morte”, publicou-o em 1936, ainda estudante liceal, pela morte trágica de um colega. Já então tinha colaboração em várias publicações, o “Jardim de Akadémus”, por exemplo, seguindo-se “Lápis de Cor” aparecido no ano seguinte, e a presença sempre destacada em numerosos Jogos Florais, com os 1ºs prémios nos da Emissora Nacional em 1943 e 1945.<br />Contudo o seu livro mais representativo, em que o poeta se apresenta na plena posse das suas líndimas qualidades, intitula-se “Notícias do Mar” dado à estampa em 1963.<br />A 27 de Março de 1978 desaparecia em Lisboa um dos mais ilustres filhos de Armação de Pêra, após longa e penosa doença, tendo o funeral sido realizado daquela cidade para o cemitério da sua terra natal.<br />MEMÓRIAS: Recordar o poeta armacenense António Pereira in https://www.terraruiva.pt/2020/04/23/memorias-recordar-o-poeta-armacenense-antonio-pereira/
 
 
 
 
 
http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/Altura/N2/N2_item1/P25.html(foto)
 
 
 
MEMÓRIAS: Recordar o poeta armacenense António Pereira
 
Aurélio Cabrita Abril 23, 2020 Memórias Deixe o seu comentário 2,068 Visitas
 
 
 
MEMÓRIAS: Na secção Memórias recuperamos o texto publicado na edição nº 85, de dezembro de 2007, da autoria de Aurélio Nuno Cabrita, sobre o poeta armacenense António Pereira.
 
 
 
 
 
 
Recordar o Poeta armacenense
 
António Pereira
 
 
 
Eu sou de Armação de Pêra,
 
Essa das ruas para o mar
 
Como quem vai embarcar…
 
Das ruas que vem da praia
 
Como quem volta do mar..
 
 
 
Senhor de um lirismo impressionante e profundo, um misto de António Nobre e de Cesário Verde, António Pereira era considerado como o poeta de uma das mais perfeitas compleições poéticas que terão surgido no Algarve.
 
 
 
Sou algarvio
 
E a minha rua tem o mar ao fundo
 
Sempre que passa aqui algum navio
 
(Passam aqui navios de todo o mundo)
 
Oiço a voz que me namora
 
Da outra banda do mar…
 
Que me namora e me chama
 
Da outra banda do mundo.
 
 
 
António da Encarnação Pereira nasceu em Armação de Pêra a 24 de Novembro de 1914 e faleceu em Lisboa a 27 de Março de 1978. Filho de pescadores, facto de que muito se orgulhava, fez na aldeia natal o ensino básico, frequentou o Liceu de Faro e licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa, mas a sua paixão era o mar,
 
 
 
Queria ser pescador,
 
Queria viver o que sou,
 
Eu nasci lobo do mar,
 
Eu não queria ser doutor.
 
 
 
Seguiu inicialmente a carreira da magistratura, chegando a juiz, porém, não realizado pessoalmente, optou pelo lugar de Conservador do Registo Civil em Silves, facto que lhe permitia viver em Armação de Pêra, em excelente moradia que fizera construir frente ao casino e ao mar.
 
O seu primeiro livro de versos, o “Poeta e a Morte”, publicou-o em 1936, ainda estudante liceal, pela morte trágica de um colega. Já então tinha colaboração em várias publicações, o “Jardim de Akadémus”, por exemplo, seguindo-se “Lápis de Cor” aparecido no ano seguinte, e a presença sempre destacada em numerosos Jogos Florais, com os 1ºs prémios nos da Emissora Nacional em 1943 e 1945.
 
 
 
Contudo o seu livro mais representativo, em que o poeta se apresenta na plena posse das suas lídimas qualidades, intitula-se “Notícias do Mar” dado à estampa em 1963.
 
A 27 de Março de 1978 desaparecia em Lisboa um dos mais ilustres filhos de Armação de Pêra, após longa e penosa doença, tendo o funeral sido realizado daquela cidade para o cemitério da sua terra natal.
 
 
 
No próximo ano completam-se 30 anos do desaparecimento deste grande poeta das letras algarvias, uma óptima oportunidade para a Junta de Freguesia de Armação de Pêra e Câmara Municipal de Silves evocar tão nobre vulto daquela freguesia, do concelho e do Algarve.
 
https://www.terraruiva.pt/2020/04/23/memorias-recordar-o-poeta-armacenense-antonio-pereira/
 
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Algarve Informativo
 
As notícias que marcam o Algarve
 
 
 
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Poeta António Pereira nasceu há 100 anos
 
por Daniel Pina, em 19.02.15
 
 
 
Assinala-se, nos dias 21 e 22 de fevereiro, na vila de Armação de Pêra, o centenário de António Pereira e a iniciativa promovida pela junta de freguesia local, com o apoio da Câmara Municipal de Silves, pretende homenagear e dar a conhecer a obra do poeta armacenense. O programa tem início na manhã de sábado, 21 de fevereiro, pelas 10h, com leituras de poemas de António Pereira, no Mercado Municipal de Armação de Pêra.
 
Da parte da tarde será descerrada, pelas 15h, uma lápide na rua dos Pescadores, local onde nasceu, seguindo-se, pelas 16h, a inauguração da exposição «Vida e obra de António Pereira», no Pólo de Educação do Longo da Vida. As comemorações encerram no domingo, 22 de fevereiro, pelas 18h, com a sessão solene «Vida e obra de António Pereira», na sede do clube de futebol «Os Armacenenses».
 
António Pereira nasceu em Armação de Pêra, a 24 de fevereiro de 1914. Licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1940 e, dois anos mais tarde, inicia funções de Delegado do Procurador da República, em Moura. Subiu na carreira e desempenhou funções de Procurador da República e Juiz, em várias comarcas do país, terminando a sua vida pública como Conservador do Registo Civil de Silves.
 
Apesar da sua notável carreira, foi como poeta que se destacou, tendo em Armação de Pêra, no mar e na pesca, uma forte fonte de inspiração, temas que imortalizou em poemas como «A minha rua tem o mar ao fundo», «Eu sou de Armação de Pêra / Essa das ruas pra o mar…» ou «Lá em Armação de Pêra». Com o seu poema «Trilogia» arrecadou o 1.º Prémio de Poesia Lírica do concurso promovido pela Emissora Nacional, em 1943, tendo nesse âmbito chegado a ser proclamado o Príncipe dos Poetas Portugueses. Em 1945 ganhou o prémio António Sardinha pelo seu poema «Nossa Senhora das Ondas».
 
«O Poeta e a Morte» (1936), «Lápis de Cor» (1937) e «Notícias do Mar» (1963) são algumas das suas principais obras publicadas.
 
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culturasilves
 
publicado às 19:04
 
Daniel Pina
 
https://algarveinformativo.blogs.sapo.pt/poeta-antonio-pereira-nasceu-ha-100-50467
 
 
 
Algarve Primeiro - Notícias algarve, jornal do algarve, ultimas notícias do algarve
 
Câmara Municipal de Silves apoia Comemorações do Centenário do nascimento do Poeta António Pereira
 
Câmara Municipal de Silves apoia Comemorações do Centenário do nascimento do Poeta António Pereira
 
  
Assinala-se nos próximos dias 21 e 22 de fevereiro, na vila de Armação de Pêra, o centenário do poeta armacenense António Pereira.
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António da Encarnação Pereira nasceu em Armação de Pêra a 24 de Novembro de 1914 e faleceu em Lisboa a 27 de Março de 1978. Filho de pescadores, facto de que muito se orgulhava, fez na aldeia natal o ensino básico, frequentou o Liceu de Faro e licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa, mas a sua paixão era o mar. Seguiu inicialmente a carreira da magistratura, chegando a juiz, porém, não realizado pessoalmente, optou pelo lugar de Conservador do Registo Civil em Silves, facto que lhe permitia viver em Armação de Pêra, em excelente moradia que fizera construir frente ao casino e ao mar. O seu primeiro livro de versos, o “Poeta e a Morte”, publicou-o em 1936, ainda estudante liceal, pela morte trágica de um colega. Já então tinha colaboração em várias publicações, o “Jardim de Akadémus”, por exemplo, seguindo-se “Lápis de Cor” aparecido no ano seguinte, era presença sempre destacada em numerosos Jogos Florais, com os 1ºs prémios nos da Emissora Nacional em 1943 e 1945. Contudo o seu livro mais representativo, em que o poeta se apresenta na plena posse das suas lídimas qualidades, intitula-se “Notícias do Mar” dado à estampa em 1963. A 27 de Março de 1978 desaparecia em Lisboa um dos mais ilustres filhos de Armação de Pêra, após longa e penosa doença, tendo o funeral sido realizado daquela cidade para o cemitério da sua terra natal.<br />In https://www.terraruiva.pt/2020/04/23/memorias-recordar-o-poeta-armacenense-antonio-pereira/.Texto publicado na edição nº 85, de dezembro de 2007, da autoria de Aurélio Nuno Cabrita, sobre o poeta armacenense António Pereira.<br />
 
A iniciativa, promovida pela junta de freguesia local, conta com o apoio da Câmara Municipal de Silves e pretende homenagear e dar a conhecer a obra do poeta.
 
 
O programa tem início na manhã de sábado, dia 21 de fevereiro, pelas 10h00, com leituras de poemas de António Pereira, no mercado municipal de Armação de Pêra.  
 
   
 
Da parte da tarde será descerrada, pelas 15h00, uma lápide na rua dos Pescadores, local onde nasceu; seguindo-se pelas 16h00 a inauguração da exposição “Vida e obra de António Pereira”, no Pólo de Educação do Longo da Vida.
 
  
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*'''Bibliografia'''<br />
 
   
 
   
As comemorações encerram no domingo, dia 22 de fevereiro, pelas 18h00, com a sessão solene “Vida e obra de António Pereira”, na sede do clube de futebol “Os Armacenenses”.
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-'''''O Poeta e a Morte''''' (1936),<br />
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-'''''Lápis de Cor''''' (1937) <br />
SOBRE O POETA
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-'''''Nossa Senhora das Ondas''''' (1945,Prémio António Sardinha)<br />
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-'''''Notícias do Mar''''' (1963) <br />
António Pereira nasceu em Armação de Pêra, no dia 24 de fevereiro de 1914.
 
 
Licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, decorria o ano de 1940. Em 1942 inicia funções de Delegado do Procurador da República, em Moura, tendo ascendido na carreira e desempenhado funções de Procurador da República e Juiz, em várias comarcas do país, terminando a sua vida pública como Conservador do Registo Civil de Silves.
 
 
Apesar da sua notável carreira, foi como poeta que se destacou, tendo em Armação de Pêra, no mar e na pesca, uma forte fonte de inspiração, temas que imortalizou em poemas como “A minha rua tem o mar ao fundo”, “Eu sou de Armação de Pêra / Essa das ruas pra o mar…” ou “Lá em Armação de Pêra”.
 
 
Com o seu poema “Trilogia” arrecadou o 1.º Prémio de Poesia Lírica do concurso promovido pela Emissora Nacional, em 1943, tendo nesse âmbito chegado a ser proclamado o Príncipe dos Poetas Portugueses. Em 1945 ganhou o prémio António Sardinha pelo seu poema “Nossa Senhora das Ondas”.
 
 
“O Poeta e a Morte” (1936), “Lápis de Cor” (1937) e “Notícias do Mar” (1963) são algumas das suas principais obras publicadas.
 
 
Algarve Primeiro
 
  
“Eu sou de Armação de Pêra | Essa das ruas pra o Mar”
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[[File:LivroAntPereira.jpg|133px]]<br />
COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DO POETA ANTÓNIO PEREIRA
 
de 24 de fevereiro de 1914 a 1978
 
Armação de Pêra vestiu o fato domingueiro deixando o traje piscatório em lugar de honra, para homenagear o poeta armacenense, António Pereira, bisneto, neto e filho de pescadores, qual patrono da sua vivência e da sua geração.
 
António da Encarnação Pereira nasceu na Rua dos Pescadores a 24 de fevereiro de 1914, em Armação de Pêra, e faleceu em Lisboa em 1978, licenciou-se em direito, e fez carreira como Magistrado do Ministério Público e Juiz em várias comarcas, terminando como Conservador do Registo Civil de Silves.  
 
No entanto, foi como poeta que conquistou a imortalidade “Meu pai é lobo do mar | Foi lobo-do-mar o meu avô | Puseram o António a estudar | Não sou doutor nem sou lobo-do-mar | Aos vinte e sete anos não sei o que sou”, escreveu, enquanto estudante em Coimbra e, pela vida fora foi considerado por muitos o "poeta do mar", aliás, proclamado “Príncipe dos Poetas Portugueses”, num concurso da Emissora Nacional, em 1943, sendo na altura e, ainda hoje celebrado com seus versos “A minha rua tem o mar ao fundo”, “Eu sou de Armação de Pêra / Essa das ruas pra o mar…” ou “Lá em Armação de Pêra”. Em 1945 ganhou o prémio António Sardinha pelo seu poema “Nossa Senhora das Ondas”.
 
“O Poeta e a Morte” (1936), “Lápis de Cor” (1937) e “Notícias do Mar” (1963) são algumas das suas principais obras publicadas.
 
Em sessão solene realizada no dia 22 de fevereiro do corrente ano, no Salão Polivalente do Clube de Futebol “Os Armacenenses”, por iniciativa da Junta de Freguesia local e no âmbito das comemorações do centenário do nascimento do poeta António Pereira, o ilustre armacenense foi homenageado em cerimónia que contou com a presença de inúmeras personalidades ligadas à cultura do concelho de Silves e do Algarve em si e, que foi também pretexto, para além da evocação da sua vida e obra, da apresentação e distribuição de uma reedição do seu livro de poemas “NOTÍCIAS DO MAR”, agora, com edição da Junta de Freguesia de Armação de Pêra.
 
Com o salão completamente lotado, registou-se a presença da Diretora Regional de Cultura do Algarve, Presidente da Câmara Municipal de Silves e Vereadora do Pelouro da Cultura desta edilidade, Presidente da Junta de Freguesia de Armação de Pêra, Presidente da Assembleia de Freguesia de Armação de Pêra, Conservadora do Registo Civil de Silves, Representante do Diretor do Agrupamento de Escolas Silves Sul, Representante do Comandante da GNR de Armação de Pêra, Padre da Paróquia de Armação de Pêra, assim, como os presidentes das direções de várias coletividades e instituições da freguesia de Armação de Pêra.
 
Na abertura institucional usaram da palavra, Ricardo Pinto, Presidente da Junta de Freguesia de Armação de Pêra, José Telles Gomes, impulsionador da homenagem, Alexandra Gonçalves, Diretora Regional de Cultura do Algarve e Rosa Palma, Presidente da Câmara Municipal de Silves, tendo a moderação das intervenções ficado a cargo de João Pina.
 
Seguiram-se várias intervenções e leituras de poemas do poeta com Maria José Lamim das Neves, Primeira Ajudante da Conservatória do Registo Civil de Silves e que trabalhou sob orientação de António Pereira quando iniciou a sua atividade profissional, e que falou sobre a dimensão profissional do homenageado.
 
Após esta intervenção, Mafalda Belo e Tomás Lopes, alunos da Escola EB 1 de Armação de Pêra, leram os poemas "Poesia" e "As Lanchas".
 
A intervenção seguinte esteve a cargo de Lucinda Ferreira que apresentou a forma como os armacenenses olhavam para o poeta António Pereira e leu o poema "Rua do Mar".
 
Seguiu-se a intervenção de Maria Domingas, sobrinha do poeta que deu a conhecer como ele era no contexto familiar e de seguida o poeta armacenense, Dinis Gomes interveio no seu estilo muito próprio e inspirado num dos poemas mais emblemáticos de António Pereira.
 
José Esteves, amigo e admirador de António Pereira revelou algumas curiosidades acerca da forma como foi "contagiado" pela qualidade da obra deste seu amigo e na companhia de Maria Domingas, recitou o poema "Versos da Lancha Veleira".
 
Convidado pela Junta de Freguesia a estar presente na iniciativa, Afonso Dias, falou da importância deste género de homenagens e da importância que a obra de António Pereira tem tido na cultura algarvia, tendo ele próprio sido inspirado no poema “Mar ao Fundo”, e que deu nome ao seu último projeto musical.
 
A terminar a sua intervenção declamou os poemas "Menino do Mar" e "Aviso à Navegação".
 
Depois foi a vez de Napoleão Mira e Pedro Pinto (Reflect) apresentarem três poemas de António Pereira "Poema do Levante", "Levante" e "A minha rua tem o mar ao fundo", que musicaram e constituiu um momento mágico e seguramente o ponto mais alto da justa e merecida homenagem a tão ilustre armacenense.
 
A terminar a sessão foi exibido um vídeo inspirado num dos poemas de António Pereira "Armação, essa das Ruas pra o mar" que será divulgado a 24 de fevereiro, data em que o homenageado completaria 101 anos se fosse vivo.
 
Leitura de Poemas do Poeta António Pereira
 
no Mercado Municipal de Armação de Pêra
 
No âmbito das Comemorações do Centenário do Nascimento do Poeta António Pereira a Junta de Freguesia promoveu a leitura de poemas no Mercado Municipal de Armação de Pêra da obra do autor "Notícias do Mar", durante o período da manhã, no sábado, 21 de fevereiro.
 
Além de homenagear o poeta António Pereira, foi dada a conhecer a obra do poeta junto dos armacenenses, sendo que, a Junta de Freguesia convidou alguns familiares e amigos do poeta, assim, como alguns alunos da Escola EB 1 de Armação de Pêra e utentes do “Pólo de Educação ao Longo da Vida de Armação de Pêra”, para lerem alguns poemas em pleno mercado.
 
Esta atividade acabou por surpreender positivamente os comerciantes do mercado, bem como grande parte das pessoas que circulavam por aquele espaço emblemático na freguesia, e que seguiram com muito interesse.
 
De referir que, neste ato, estiveram presentes vários familiares de António Pereira, alguns deles que se deslocaram propositadamente de vários pontos do país a convite da Junta de Freguesia para acompanharem as iniciativas previstas no fim de semana.
 
Homenagem a António Pereira com a colocação de uma placa alusiva ao seu nascimento na Rua dos Pescadores
 
No programa elaborado pela Junta de Freguesia para assinalar as Comemorações do Centenário do Nascimento do Poeta António Pereira, foi descerrada uma placa alusiva ao nascimento deste notável armacenense na Rua dos Pescadores a 24-02-1914.
 
Na cerimónia em que estiveram presentes cerca de uma dezena de familiares de António Pereira e meia centena de armacenenses, o Presidente da Junta de Freguesia de Armação de Pêra, Ricardo Pinto, explicou o porquê da opção tomada por associar o nome de António Pereira à Rua dos Pescadores.
 
Ricardo Pinto, esclareceu os presentes que, aquando da apresentação de propostas para a atribuição de nomes às ruas de Armação de Pêra que não têm nome atribuído, num processo que irá ter início muito brevemente em estreita colaboração com a Câmara Municipal de Silves e no qual estará prevista a auscultação e participação dos armacenenses, a Junta de Freguesia irá propor a atribuição do nome de António Pereira a uma das ruas da na vila.
 
De referir, igualmente que, esta ocasião foi também aproveitada pela Junta de Freguesia para repor a placa de toponímia da Rua dos Pescadores que havia sido retirada há alguns anos aquando da realização de obras de remodelação na casa onde se encontrava e onde voltou agora a ser recolocada, embora, num outro local com mais visibilidade.
 
Por fim e, momentos antes de descerrar a placa alusiva à homenagem ao Poeta António Pereira, Ricardo Pinto deu a conhecer aos presentes que a Junta de Freguesia, por ocasião das Comemorações do Centenário do Nascimento do Poeta António Pereira, tomou a iniciativa de reeditar a sua obra "Notícias do Mar", de 1963 por a mesma já não se encontrar disponível há muitos anos, mas sobretudo porque considerou que esta iniciativa se tratava de um ato da mais elementar justiça e essencial à divulgação e promoção da obra do Poeta António Pereira.
 
"Vida e Obra de António Pereira"
 
A Junta de Freguesia de Armação de Pêra assinalou, ainda, o centenário do nascimento do poeta com a inauguração no espaço do “Polo de Educação ao Longo da Vida”, no sábado, 21 de Fevereiro, pelas 16,00 horas, de uma exposição intitulada a "Vida e Obra de António Pereira".
 
Antes de dar a conhecer a exposição às pessoas presentes na ocasião, o Presidente da Junta de Freguesia de Armação de Pêra, Ricardo Pinto, explicou o porquê da escolha do local para a instalação da exposição, referindo-se à excelente dinâmica que este projeto tem pelo facto da Junta de Freguesia ter colocado desde a primeira hora, o seu funcionário André Sousa a trabalhar em conjunto com a técnica do Município de Silves, Ivone Lampreia.
 
De seguida referiu que a exposição foi montada em tempo recorde e só possível devido à colaboração de alguns familiares de António Pereira que confiaram à Junta de Freguesia alguns objetos, fotografias, livros, artigos de jornal, entre outros pertences do poeta homenageado, passando de seguida a palavra ao colaborador da Junta de Freguesia, André Sousa, a quem agradeceu todo o trabalho e dedicação a projeto do “Polo de Educação ao Longo da Vida”, assim como ao empenho que este colocou para montar esta exposição.
 
André Sousa expressou a satisfação por lhe ter sido confiada a responsabilidade e manifestou a sua disponibilidade e vontade em continuar a trabalhar no projeto que considerou ser da maior importância para a freguesia de Armação de Pêra, referindo-se à excelência do grupo de utentes, na medida que é um grupo sempre disponível para qualquer iniciativa que seja promovida em Armação de Pêra.
 
Continuando a sua intervenção, referiu que na exposição é possível encontrar fotografias de várias dimensões da vida de António Pereira, prémios, fotografias da sua casa, alguns dos seus melhores poemas, artigos de jornais, alguns livros e objetos pessoais do homenageado, entre outros.
 
A terminar, deu a conhecer que a exposição estará disponível para visitas do público durante a semana, de segunda a sexta-feira, das 15,00 às 17,00 horas, e que serão as próprias utentes do “Polo de Educação ao Longo da Vida” responsáveis para fazer o acompanhamento das visitas.
 
Em nota de rodapé, destaca-se o interesse dos armacenenses pela cultura na vila piscatória, e a vontade de que a vasta obra de António Pereira e de que existem poucos livros e, ainda de muitos outros poemas dispersos pelas gavetas dos móveis da família, nos dossiers dos mesmos familiares e que nunca chegaram a ser editados, sejam compilados e editados num só livro.
 
José Telles Gomes, que foi o ideólogo das comemorações do centenário do poeta, lançou o repto às entidades responsáveis pela cultura no que diz respeito à freguesia, ou seja, a Delegada Regional da Cultura do Algarve, Alexandra Gonçalves, Rosa Palma, Presidente da Câmara de Silves e Ricardo Pinto, Presidente da Junta de Freguesia de Armação de Pêra, tendas as referidas entidades manifestado interesse em satisfazer tal desejo, bem como de outros nomes ligados às artes em Armação de Pêra.
 
Fotos: Jorge Rosário, Junta de Freguesia de Armação de Pêra
 
Algarve Mais Notícias
 
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*Pode saber mais sobre '''António Pereira''' nos seguintes links:<br />
 +
-2015 [https://algarveinformativo.blogs.sapo.pt/poeta-antonio-pereira-nasceu-ha-100-50467 - Notícia de Daniel Pina sobre o centenário de António Pereira]<br />
 +
-2015 [https://www.facebook.com/109795062375040/posts/890677024286836/ - Reportagem sobre as cerimónias comemorativas do centenário do poeta António pereira]<br />
 +
-2020 [https://www.youtube.com/watch?v=Dpwiu1Uu3DM - 2 Dedos de Conversa - António da Encarnação Pereira (poeta Algarvio), por Fernando Reis Luís]<br />
 +
-https://www.youtube.com/watch?v=sl040kXvXck -Poema da Saudade de Antonio Pereira. Por Santana<br />
 +
[http://ric.slhi.pt/Sol_Nascente/visualizador/?id=20006.011&pag=14 - Página da revista Nascente Sol com uma breve notícia sobre o autor]<br />
 +
[https://www.facebook.com/municipiodesilves/videos/1698335550318467/ -Silves Entre 4 Paredes » Lado P » Paulo Moreira declama poesia de António Pereira]. (Paulo Moreira é ator, encenador e escritor. Trabalha regularmente com a ACTA (A Companhia de Teatro do Algarve). É referido como sendo um dos “casos de personalidades singulares que fazem parte da identidade teatral no Algarve” na obra “Meio século de teatro no Algarve”, da autoria de Ana Cristina Oliveira}<br />
 
[[Category:Autores]][[Category:Poetas]][[Category:Silves]]
 
[[Category:Autores]][[Category:Poetas]][[Category:Silves]]

Latest revision as of 15:03, 9 December 2021

Antoniopereira.jpgBenagil.jpgPoeta António Pereira.jpg
António da Encarnação Pereira

Armação de Pêra, 24/11/1914 - Lisboa, 27/03/1978.

Poeta. Magistrado do Ministério Público. Conservador. Juiz. 
  • A minha rua tem o mar ao fundo

Sou algarvio
E a minha rua tem o mar ao fundo
Sempre que passa aqui algum navio
Passam, aqui, navios de todo o mundo
Oiço a voz que me namora
Da outra banda do mar...
Que me namora e me chama
Da outra banda do mundo
E se eu abalasse mãe?
E se eu abalasse e nunca mais voltasse?
Choravas, sim, eu sei bem
Posso não ser filho às vezes
Mas tu és mãe, sempre, mãe!
Se não fosse a minha mãe,
Se não fossem os meus,
Adeus aldeia, adeus praia,
Adeus gaivotas, adeus.
E eu vou ficando, não chores
Aqui, nesta aldeia do Algarve onde nasci,
Nesta rua que tem o mar ao fundo,
Onde nasceram meus pais,
E nasceram e morreram antepassados que não conheci;
Aqui há um poder maior
Que pode mais que aquela voz que me chama da outra banda do mar,
Que me namora uma chama da outra banda do mundo.
(...)
in Mar de António Maria Pereira

  • Notas Biográficas

António da Encarnação Pereira nasceu em Armação de Pêra a 24 de Novembro de 1914 e faleceu em Lisboa a 27 de Março de 1978. Filho de pescadores, facto de que muito se orgulhava, fez na aldeia natal o ensino básico, frequentou o Liceu de Faro e licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa, mas a sua paixão era o mar. Seguiu inicialmente a carreira da magistratura, chegando a juiz, porém, não realizado pessoalmente, optou pelo lugar de Conservador do Registo Civil em Silves, facto que lhe permitia viver em Armação de Pêra, em excelente moradia que fizera construir frente ao casino e ao mar. O seu primeiro livro de versos, o “Poeta e a Morte”, publicou-o em 1936, ainda estudante liceal, pela morte trágica de um colega. Já então tinha colaboração em várias publicações, o “Jardim de Akadémus”, por exemplo, seguindo-se “Lápis de Cor” aparecido no ano seguinte, era presença sempre destacada em numerosos Jogos Florais, com os 1ºs prémios nos da Emissora Nacional em 1943 e 1945. Contudo o seu livro mais representativo, em que o poeta se apresenta na plena posse das suas lídimas qualidades, intitula-se “Notícias do Mar” dado à estampa em 1963. A 27 de Março de 1978 desaparecia em Lisboa um dos mais ilustres filhos de Armação de Pêra, após longa e penosa doença, tendo o funeral sido realizado daquela cidade para o cemitério da sua terra natal.
In https://www.terraruiva.pt/2020/04/23/memorias-recordar-o-poeta-armacenense-antonio-pereira/.Texto publicado na edição nº 85, de dezembro de 2007, da autoria de Aurélio Nuno Cabrita, sobre o poeta armacenense António Pereira.

  • Bibliografia

-O Poeta e a Morte (1936),
-Lápis de Cor (1937)
-Nossa Senhora das Ondas (1945,Prémio António Sardinha)
-Notícias do Mar (1963)

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  • Pode saber mais sobre António Pereira nos seguintes links:

-2015 - Notícia de Daniel Pina sobre o centenário de António Pereira
-2015 - Reportagem sobre as cerimónias comemorativas do centenário do poeta António pereira
-2020 - 2 Dedos de Conversa - António da Encarnação Pereira (poeta Algarvio), por Fernando Reis Luís
-https://www.youtube.com/watch?v=sl040kXvXck -Poema da Saudade de Antonio Pereira. Por Santana
- Página da revista Nascente Sol com uma breve notícia sobre o autor
-Silves Entre 4 Paredes » Lado P » Paulo Moreira declama poesia de António Pereira. (Paulo Moreira é ator, encenador e escritor. Trabalha regularmente com a ACTA (A Companhia de Teatro do Algarve). É referido como sendo um dos “casos de personalidades singulares que fazem parte da identidade teatral no Algarve” na obra “Meio século de teatro no Algarve”, da autoria de Ana Cristina Oliveira}