Difference between revisions of "Campinas, António Vicente - Livros Proibidos"

From Wikipédia de Autores Algarvios
Jump to: navigation, search
Line 8: Line 8:
  
 
  Os seguintes livros de Vicente Campinas foram censurados, '''A Ilha dos Sonhos Malditos''', 1957, '''Fronteiriços''', 1957, '''Raiz da Serenidade''', 1967 e '''Travessias''', 1953. <br/ >Vicente Capinas "perfilou-se ao lado de romancistas célebres como Alves Redol, Manuel da Fonseca ou Fernando Namora, nos tortuosos caminhos da neo-realismo, sofrendo não raras vezes as perseguições da PIDE e até a ignomínia do cárcere. Pagou caro a sua ousadia de pintar a realidade social nos campos ou nas fábricas com o olhar acusador e perscrutante do socialista, que lutava pela emancipação das classes laboriosas. ". [https://arquivo.pt/wayback/20001025083924/http://www.3arede.pt/ajea/stilus/12.html in antigo site da AJEA via arquivo.pt]
 
  Os seguintes livros de Vicente Campinas foram censurados, '''A Ilha dos Sonhos Malditos''', 1957, '''Fronteiriços''', 1957, '''Raiz da Serenidade''', 1967 e '''Travessias''', 1953. <br/ >Vicente Capinas "perfilou-se ao lado de romancistas célebres como Alves Redol, Manuel da Fonseca ou Fernando Namora, nos tortuosos caminhos da neo-realismo, sofrendo não raras vezes as perseguições da PIDE e até a ignomínia do cárcere. Pagou caro a sua ousadia de pintar a realidade social nos campos ou nas fábricas com o olhar acusador e perscrutante do socialista, que lutava pela emancipação das classes laboriosas. ". [https://arquivo.pt/wayback/20001025083924/http://www.3arede.pt/ajea/stilus/12.html in antigo site da AJEA via arquivo.pt]
 
 
 
* '''Cantar Alentejano'''<br/ >
 
<br/ >
 
Chamava-se Catarina<br/ >
 
O Alentejo a viu nascer<br/ >
 
Serranas viram-na em vida<br/ >
 
Baleizão a viu morrer<br/ >
 
<br/ >
 
Ceifeiras na manhã fria<br/ >
 
Flores na campa lhe vão pôr<br/ >
 
Ficou vermelha a campina<br/ >
 
Do sangue que então brotou<br/ >
 
<br/ >
 
Acalma o furor campina<br/ >
 
Que o teu pranto não findou<br/ >
 
Quem viu morrer Catarina<br/ >
 
Não perdoa a quem matou<br/ >
 
<br/ >
 
Aquela pomba tão branca<br/ >
 
Todos a querem p´ra si<br/ >
 
Ó Alentejo queimado<br/ >
 
Ninguém se lembra de ti<br/ >
 
<br/ >
 
Aquela andorinha negra<br/ >
 
Bate as asas p´ra voar<br/ >
 
Ó Alentejo esquecido<br/ >
 
Inda um dia hás-de cantar<br/ >
 
<br/ >
 
 
   
 
   
 
*'''Manhã de Paz'''<br/ >
 
*'''Manhã de Paz'''<br/ >

Revision as of 20:58, 18 February 2024

Antonio-Vicente-Campinas.jpg

  • António Vicente Campinas (1910 - 1998)
Poeta. Romancista. Cronista. Jornalista. Resistente antifascista. Patrono da Biblioteca Municipal de Vila Real de Santo António.
  • Livros Censurados
Os seguintes livros de Vicente Campinas foram censurados, A Ilha dos Sonhos Malditos, 1957, Fronteiriços, 1957, Raiz da Serenidade, 1967 e Travessias, 1953. 
Vicente Capinas "perfilou-se ao lado de romancistas célebres como Alves Redol, Manuel da Fonseca ou Fernando Namora, nos tortuosos caminhos da neo-realismo, sofrendo não raras vezes as perseguições da PIDE e até a ignomínia do cárcere. Pagou caro a sua ousadia de pintar a realidade social nos campos ou nas fábricas com o olhar acusador e perscrutante do socialista, que lutava pela emancipação das classes laboriosas. ". in antigo site da AJEA via arquivo.pt
  • Manhã de Paz


Ai a manhã de Primavera
calma e sedosa de perfume e flor
— como qualquer primeiro amor
ornamentado de quimera
Haja o que houver e seja quando for
prometo sim! Prometo ter maneira
de semear rosas onde exista a dor!

In Raiz da Serenidade
(Este poema, escrito em 1952, inspirou-se nos crimes e nas dores que pesavam sobre o povo coreano, nesse momento.)