Difference between revisions of "Sena, Jorge de - Livro Proibido"

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Assunto: “Declaração”, abaixo assinado de vários Oposicionistas Portugueses, subscrito, entre outros, por Adolfo Casais Monteiro, Augusto Aragão e Jorge de Sena, declarando o seu apoio à organização no Brasil de um Movimento (de Unidade Democrática Portuguesa) de oposição ao salazarismo e ainda reconhecendo o “direito à auto-determinação e independência dos Povos Coloniais (...)”.
 
Assunto: “Declaração”, abaixo assinado de vários Oposicionistas Portugueses, subscrito, entre outros, por Adolfo Casais Monteiro, Augusto Aragão e Jorge de Sena, declarando o seu apoio à organização no Brasil de um Movimento (de Unidade Democrática Portuguesa) de oposição ao salazarismo e ainda reconhecendo o “direito à auto-determinação e independência dos Povos Coloniais (...)”.
 
Data: Domingo, 22 de Outubro de 1961
 
Data: Domingo, 22 de Outubro de 1961

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Assunto: “Declaração”, abaixo assinado de vários Oposicionistas Portugueses, subscrito, entre outros, por Adolfo Casais Monteiro, Augusto Aragão e Jorge de Sena, declarando o seu apoio à organização no Brasil de um Movimento (de Unidade Democrática Portuguesa) de oposição ao salazarismo e ainda reconhecendo o “direito à auto-determinação e independência dos Povos Coloniais (...)”. Data: Domingo, 22 de Outubro de 1961 Fundo: AMS - Arquivo Mário Soares Tipo Documental: Documentos

  • Jorge de Sena (1919-1978)
Jorge de Sena um dos mais relevantes escritores de língua portuguesa do século XX.
Opositor à ditadura, com obras apreendidas pela Censura por se tratarem de “subversivas” e “pornográficas”, foi um dos protagonistas da Revolta da Sé. “Com ordem de prisão” pela PIDE, em agosto de 1959, exilou-se no Brasil. Fugiu também da ditadura no Brasil e foi para os Estados Unidos, em 1965.
Tentou regressar à Europa, mas foi detido pela PIDE durante 24 horas, quando tentava entrar em Portugal pela fronteira espanhola.
Depois do 25 de Abril de 1974, regressou a Portugal mas ficou apenas dois meses.
Faleceu no dia 4 de Junho de 1978, em Santa Bárbara, na Califórnia.
Livro de poesia publicado em 1955, classificado por David Mourão-Ferreira como uma "obra de categoria excecional", mas que obrigou o autor a sucessivas visitas à  sede da pide, para desbloquear a publicação da obra, por ser acusado de "subversivo" e "pornográfico", como se conta numa cronologia na exposição sobre o espólio de Jorge de Sena da Biblioteca Nacional de Portugal (BNP). 
No Prefácio à obra, o próprio Jorge de Sena afirma que Vinte e um sonetos de um poema só, foram fruto angustiosamente amadurecido de uma outra sinceridade: aquela que devemos a nós próprios e à nossa própria expressão, naqueles momentos, como que revelados, de aceitação transcendente, demasiado áspera para ser lembrada todos os dias, mesmo em presença da poesia, e de objetividade em face do mundo, demasiado incómoda para as vantagens quotidianas de sermos apenas nós próprios.(pág.14)


  • Livro Proibido "AS EVIDÊNCIAS Poema em Vinte e um Sonetos"(1955)
  • Poema 1 XIX(pág.37)
  • Poema 2 XX (Pág. 38)
  • Poema 3 XXI (Pág.39)


  • Outros poemas de Jorge de Sena


  • Poema 4 - A Cor da Liberdade Lido por Turma 3 do PLA

Não hei de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.

Eu não posso senão ser
desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença
e sempre a verdade vença,
qual será ser livre aqui,
não hei de morrer sem saber.

Trocaram tudo em maldade,
é quase um crime viver.
Mas, embora escondam tudo
e me queiram cego e mudo,
não hei de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.


  • Para saber mais:

https://comunidadeculturaearte.com/a-liberdade-na-vida-e-obra-de-jorge-de-sena/

https://xdata.bookmarc.pt/gulbenkian/cl/pdfs/172/PT.FCG.RCL.8904.pdf

https://www.publico.pt/2009/09/11/jornal/o-regresso-de-jorge-de-sena-17772400